Avaliação longitudinal do processo de mudança produtiva nos BRIC’s: 1995-2009

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Juliana Carreiro de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1293
Resumo: Um tema discutido desde a década de 1960, e que ganhou maior folego a partir de 1990, refere-se a hipótese de desindustrialização pela qual grande parte das economias estaria passando. A chamada desindustrialização ou pós-industrialização iniciou-se nos anos 1970 nos países desenvolvidos e nos anos 1980 e 1990 nos países em desenvolvimento. A literatura comumente caracteriza a desindustrialização pela perda de participação contínua do emprego no setor industrial, assim como, pela perda de participação do emprego e do produto industrial em relação ao produto total. Este processo é considerado natural à medida que o desenvolvimento atravessa distintas fases, chegando a um nível onde a importância relativa da indústria declina em detrimento do ganho de importância do setor de serviços. Nos países em desenvolvimento, este processo é considerado prematuro por diversos autores, dado que a desindustrialização está ocorrendo em um nível de renda muito baixo, e nesse caso, a indústria ainda é fundamental para o dinamismo da economia. Nesse sentido, esse trabalho busca avaliar o setor industrial sob uma ótica distinta da que tem sido utilizada quando se trata de industrialização/desindustrialização. O objetivo é analisar o caráter sistêmico do setor industrial a partir do método de insumo-produto por meio de indicadores de intensidade direta e intensidade direta mais indireta da indústria. Esses indicadores mostram a intensidade do setor industrial na produção de diferentes setores da economia verificando de que forma o setor industrial é usado como insumo intermediário por outros setores produtivos, assim como, pela demanda final. Os setores são agrupados segundo intensidade tecnológica (menor e maior intensidade tecnológica) com o objetivo de verificar as mudanças de padrões tecnológicos que vem ocorrendo ao longo dos anos. Utilizam-se as matrizes da WIOD (World Input-Output Database) no período de 1995 a 2009 para o conjunto de países que compõem os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Nesse período, essas economias apresentaram altas taxas de crescimento, passando a serem vistas como uma importante força na economia global. O período também foi marcado por reformas liberalizantes que as tornaram mais abertas em relação ao comercio internacional. Apesar das características semelhantes, o grupo é heterogêneo, sendo a China líder em termos de crescimento e um país que mantém uma industrialização crescente, ao contrário do que se observa com o restante dos países que perdem participação da indústria no produto. Percebeu-se pelos resultados que a China e Rússia possuem um setor industrial mais integrado ao restante da economia que Brasil e Índia, que possuem queda da intensidade da indústria em diversos setores corroborando com a hipótese de desindustrialização.
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A literatura comumente caracteriza a desindustrialização pela perda de participação contínua do emprego no setor industrial, assim como, pela perda de participação do emprego e do produto industrial em relação ao produto total. Este processo é considerado natural à medida que o desenvolvimento atravessa distintas fases, chegando a um nível onde a importância relativa da indústria declina em detrimento do ganho de importância do setor de serviços. Nos países em desenvolvimento, este processo é considerado prematuro por diversos autores, dado que a desindustrialização está ocorrendo em um nível de renda muito baixo, e nesse caso, a indústria ainda é fundamental para o dinamismo da economia. Nesse sentido, esse trabalho busca avaliar o setor industrial sob uma ótica distinta da que tem sido utilizada quando se trata de industrialização/desindustrialização. O objetivo é analisar o caráter sistêmico do setor industrial a partir do método de insumo-produto por meio de indicadores de intensidade direta e intensidade direta mais indireta da indústria. Esses indicadores mostram a intensidade do setor industrial na produção de diferentes setores da economia verificando de que forma o setor industrial é usado como insumo intermediário por outros setores produtivos, assim como, pela demanda final. Os setores são agrupados segundo intensidade tecnológica (menor e maior intensidade tecnológica) com o objetivo de verificar as mudanças de padrões tecnológicos que vem ocorrendo ao longo dos anos. Utilizam-se as matrizes da WIOD (World Input-Output Database) no período de 1995 a 2009 para o conjunto de países que compõem os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Nesse período, essas economias apresentaram altas taxas de crescimento, passando a serem vistas como uma importante força na economia global. O período também foi marcado por reformas liberalizantes que as tornaram mais abertas em relação ao comercio internacional. Apesar das características semelhantes, o grupo é heterogêneo, sendo a China líder em termos de crescimento e um país que mantém uma industrialização crescente, ao contrário do que se observa com o restante dos países que perdem participação da indústria no produto. Percebeu-se pelos resultados que a China e Rússia possuem um setor industrial mais integrado ao restante da economia que Brasil e Índia, que possuem queda da intensidade da indústria em diversos setores corroborando com a hipótese de desindustrialização.A topic discussed since the 1960s, and gained more prominence from 1990 refers to the possibility of deindustrialization in which much of the economies would be passing. The so-called deindustrialization or post-industrialization began in the 1970s in developed countries and in the years 1980 and 1990 in developing countries. The literature commonly characterize the deindustrialization by loss of continuous employment participation in the industrial sector, as well as the loss of participation in employment and industrial production in relation to total output. This process is considered natural as the development goes through distinct phases, reaching a level where the industry relative importance declines over the gain importance of the service sector. In developing countries, this process is considered premature by several authors, since the deindustrialization is taking place at a very low level of income, in which case, the industry is still fundamental to the dynamism of the economy. Thus, this study sought to determine the industrial sector in a different perspective of that has been used when it comes to industrialization / deindustrialisation. The objective is to analyze the systemic character of the industrial sector from the input-output method using indicators of direct intensity and more indirect direct intensive industry. These indicators show the strength of the industrial sector in the production of different sectors of the economy by checking how the industry is used as intermediate input for other productive sectors, as well as by the final demand. The sectors are grouped according to technological intensity (lower and higher technology) in order to verify the changes of technology standards that have occurred over the years. We used the input-output matrices constructed by WIOD (Input-Output World Database) from 1995 to 2009 for the group of countries that make up the BRIC (Brazil, Russia, India and China). During this period, these economies showed high growth rates, starting to be seen as a major force in the global economy. The period was also marked by liberalizing reforms that become more open about international trade. Despite similar characteristics, the group is heterogeneous, with China leading in terms of growth and a country that maintains a growing industrialization, contrary to what is observed with the rest of the countries that lose industry participation in the product. It was noticed by the results that China and Russia have a more integrated industrial sector to the rest of the economy that Brazil and India, which have fall industry intensity in various sectors thus supporting the hypothesis of deindustrialization.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em EconomiaUFJFBrasilFaculdade de EconomiaCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA::ECONOMIA REGIONAL E URBANADesindustrializaçãoInsumo-produtoIntegração produtivaDeindustrializationInput-outputProduction integrationAvaliação longitudinal do processo de mudança produtiva nos BRIC’s: 1995-2009info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTjulianacarreirodeoliveira.pdf.txtjulianacarreirodeoliveira.pdf.txtExtracted texttext/plain174767https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1293/3/julianacarreirodeoliveira.pdf.txt683d7a73a23d1c97065ce40dadb6a2dfMD53THUMBNAILjulianacarreirodeoliveira.pdf.jpgjulianacarreirodeoliveira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1131https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1293/4/julianacarreirodeoliveira.pdf.jpg720a87657c327b0b96f175b9ab7c7acfMD54ORIGINALjulianacarreirodeoliveira.pdfjulianacarreirodeoliveira.pdfapplication/pdf1683613https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1293/1/julianacarreirodeoliveira.pdf738c24d334fcfdc56d5e99db22663b99MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1293/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/12932019-11-07 11:04:50.199oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/1293TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:04:50Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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