O vivenciar da gestação em mulheres jovens convivendo com o HIV: uma contribuição para a prática assistencial em saúde
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/394 |
Resumo: | Resumo da Dissertação de Mestrado ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Juiz de Fora como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Enfermagem. O objeto desta investigação foi o ser mulher jovem gestante convivendo com o HIV. O objetivo foi desvelar os sentidos advindos desta condição durante a gestação de mulheres jovens que convivem com o HIV. Elegeu-se a fenomenologia, fundada no referencial teórico filosófico de Martin Heidegger como método de investigação. Estudo desenvolvido no Serviço de Assistência Especializada em um município da Zona da Mata Mineira com seis jovens gestantes portadoras do HIV. Utilizou-se a entrevista fenomenológica, através da técnica da entrevista aberta e um questionário. A compreensão vaga e mediana permitiu elaborar o fio condutor num movimento da compreensão do vivido da gestação sendo soropositiva e a interpretação do sentido do que é ser mulher jovem convivendo com o HIV.A vivência da gestação sendo soropositiva se inicia com a lembrança da notícia da gestação como sendo um momento marcante, para algumas, de não aceitação, porém, às vezes, desejada e até mesmo planejada; convivem com a possibilidade de transmitir o vírus para os filhos, o que causa medo e insegurança, porém sabem que o uso correto do medicamento e a crença em Deus fortalecem a esperança da criança nascer saudável e até mesmo da cura. Na compreensão interpretativa desvelou-se o sentido do ser-aí no mundo em sua existencialidade, mostrando seu movimento no cotidiano, com experiências e sentimentos diversificados do seu ser no mundo com os outros, assumindo o lugar de protagonista de suas vivências, mostrando-se na dupla facticidade: ser jovem gestante e portadora do vírus. Demonstra que, às vezes, não queria estar grávida, mas aceita bem essa atual situação vivenciando alternância de sentimentos. No movimento de existir-sendo, vivenciam seu passado e sabem que não tem outro caminho a não ser, seguir ir em frente, se relacionam com seus pares, sua família, escola e comunidade, assumem a identidade impessoal, mostram-se como todas as gestantes e não divulga que tem o vírus. Vivem com-os-outros, o temor de ser rejeitada por ser soropositiva, mantendo o anonimato de sua sorologia. Projeta seu futuro, mostrando-se aberta às possibilidades da vida, como de qualquer outra jovem não soropositiva, porém com particularidades que a soropositividade lhe traz. Tem conhecimento sobre a doença e sabe dos benefícios do tratamento, não se sentem doentes, apesar de relatar os efeitos desagradáveis dos antiretrovirais. |
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O objetivo foi desvelar os sentidos advindos desta condição durante a gestação de mulheres jovens que convivem com o HIV. Elegeu-se a fenomenologia, fundada no referencial teórico filosófico de Martin Heidegger como método de investigação. Estudo desenvolvido no Serviço de Assistência Especializada em um município da Zona da Mata Mineira com seis jovens gestantes portadoras do HIV. Utilizou-se a entrevista fenomenológica, através da técnica da entrevista aberta e um questionário. A compreensão vaga e mediana permitiu elaborar o fio condutor num movimento da compreensão do vivido da gestação sendo soropositiva e a interpretação do sentido do que é ser mulher jovem convivendo com o HIV.A vivência da gestação sendo soropositiva se inicia com a lembrança da notícia da gestação como sendo um momento marcante, para algumas, de não aceitação, porém, às vezes, desejada e até mesmo planejada; convivem com a possibilidade de transmitir o vírus para os filhos, o que causa medo e insegurança, porém sabem que o uso correto do medicamento e a crença em Deus fortalecem a esperança da criança nascer saudável e até mesmo da cura. Na compreensão interpretativa desvelou-se o sentido do ser-aí no mundo em sua existencialidade, mostrando seu movimento no cotidiano, com experiências e sentimentos diversificados do seu ser no mundo com os outros, assumindo o lugar de protagonista de suas vivências, mostrando-se na dupla facticidade: ser jovem gestante e portadora do vírus. Demonstra que, às vezes, não queria estar grávida, mas aceita bem essa atual situação vivenciando alternância de sentimentos. No movimento de existir-sendo, vivenciam seu passado e sabem que não tem outro caminho a não ser, seguir ir em frente, se relacionam com seus pares, sua família, escola e comunidade, assumem a identidade impessoal, mostram-se como todas as gestantes e não divulga que tem o vírus. Vivem com-os-outros, o temor de ser rejeitada por ser soropositiva, mantendo o anonimato de sua sorologia. Projeta seu futuro, mostrando-se aberta às possibilidades da vida, como de qualquer outra jovem não soropositiva, porém com particularidades que a soropositividade lhe traz. Tem conhecimento sobre a doença e sabe dos benefícios do tratamento, não se sentem doentes, apesar de relatar os efeitos desagradáveis dos antiretrovirais.Abstract from the Dissertation to the Graduate Program in Nursing at the Juiz de Fora Federal University as part of the requirements for obtaining the title of Master in Nursing. The purpose of this investigation was to being young pregnant women living with HIV. The objective was to reveal the aspects coming from this condition during pregnancy of young women living with HIV. It was elected the phenomenology, based on philosophical theoretical reference by Martin Heidegger as a research method. The study was developed in the Specialized Assistance Service- Serviço de Assistência Especializada- in a city in Zona da Mata Mineira with six young pregnant women with HIV. It was used the phenomenological interview, using the technique of open interview and a questionnaire. The vague understanding enabled to prepare the progressive movement to understanding the lives of pregnant women being HIV positive and the interpretation of the meaning of being a young woman living with HIV.The experience of being HIV positive pregnancy begins with the memory of the pregnancy news to be a defining moment for some women, not acceptance but sometimes desired and even planned; They live with the possibility of transmitting the virus to their children, which causes fear and insecurity, but they know that the correct use of medication and their faith and belief in God strengthen the hope that child will born healthy and even healed. The interpretive understanding unveiled the sense of being present in the world in its existentiality, showing their movement in daily life, experiences and diverse feelings of being in the world with others, taking over from protagonist role of their lives, showing up the double factuality: being young and pregnant women carrying the HIV virus. It shows that sometimes did not want to be pregnant but well accept this current situation experiencing alternating feelings. In the movement their existance, they experience their past and they know no other way go, so they go ahead, relating to their partners, family, school and community, taking the impersonal identity, it shows how all pregnant and they do not reveal they have the virus. Living with-others, the fear of being rejected for being HIV positive, maintaining the anonymity of their HIV status. Design your future, that it was open to the possibilities of life like any other young woman did not have HIV positive, but with peculiarities that having HIV brings. Once having knowledge about the disease and knowig the benefits of treatment, do not feel sick, despite reporting the unpleasant effects of antiretrovirals.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em EnfermagemUFJFBrasilFaculdade de EnfermagemCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEMSíndrome da imunodeficiência adquiridaHIVSaúde da mulherFenomenologiaAcquired immune deficiency syndromeHIVWomen's healthPhenomenologyO vivenciar da gestação em mulheres jovens convivendo com o HIV: uma contribuição para a prática assistencial em saúdeThe experience of pregnant in young women living with HIV: a contribution to the health care practiceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTrenatacristinajustodearaujo.pdf.txtrenatacristinajustodearaujo.pdf.txtExtracted texttext/plain181553https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/394/3/renatacristinajustodearaujo.pdf.txt5221ef5d5f0746e559b76cc0401641cdMD53THUMBNAILrenatacristinajustodearaujo.pdf.jpgrenatacristinajustodearaujo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1284https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/394/4/renatacristinajustodearaujo.pdf.jpg8b7ee570d2d936e0beab4ba8518a0b25MD54ORIGINALrenatacristinajustodearaujo.pdfrenatacristinajustodearaujo.pdfapplication/pdf661309https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/394/1/renatacristinajustodearaujo.pdf6b4552261e526a4ac2b47d6e88621eb4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/394/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/3942019-11-07 11:47:36.067oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/394TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:47:36Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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