Eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral na enurese primária monossintomática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Liliana Fajardo
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1936
Resumo: A enurese é uma perda intermitente e involuntária de urina durante o sono. É classificada como monossintomática, quando apenas há perda urinária noturna e não-monossintomática, que além de perda noturna, ocorrem sintomas urinários durante o dia. Acredita-se que a eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral (ENTP) tem um efeito de recondiocionamento fisiológico, possibilitando a remodulação de sinapses através da neuroplasticidade, afim de um recondicionamento neural definitivo. Seu uso em crianças com disfunção do trato urinário inferior (DTUI) é bem conhecido, entretanto, nenhum estudo avaliou seus efeitos sobre a enurese monossintomática. O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia da ENTP no tratamento da na enurese primária monossintomática associada à terapia comportamental. O desenho do estudo foi um ensaio clínico controlado prospectivo. 45 pacientes, sendo 29 meninas, acima de 6 anos com enurese monossintomática primária, atendidos no ambulatório de Urologia Pediátrica do HU/CAS-UFJF foram divididos aleatoriamente em 2 grupos, controle (GC), tratado com terapia comportamental, e experimental (GE), tratado com terapia comportamental e ENTP. No GE, os eletrodos foram colocados na região sacral (S2/S3) do paciente. A sessão teve sempre o mesmo formato, com duração de 20 minutos, frequência 10Hz, largura de pulso de 700μS e intensidade determinada pelo limiar de sensibilidade da criança. Foram aplicadas 10 sessões, três vezes por semana e em dias alternados. Os pacientes de ambos os grupos foram acompanhados com intervalos de 2 semanas no primeiro mês e mensalmente por 6 meses consecutivos. O percentual de noites secas no início do tratamento foi de 23% no GC e 22% no GE (p=0,82) e ao final do tratamento passou a 51% e 69% (p=0,02) respectivamente. Na estratificação por faixa etária, o GC apresentou uma melhora significativa após a terapia comportamental, passando de 31,4% nas crianças maiores de 10 anos a 67,6% (p=0,108) e de 17,6% nas crianças com idade menor ou igual a 10 anos a 39,7% (p=0,02) após 180 dias. A avaliação por sexo demonstrou que no GE havia uma diferença estatística significativa apenas antes do tratamento (11,9% nos meninos e 27,4% nas meninas p=0,03), o que se tornou semelhante ao final do acompanhamento (63,3% e 71,9%, respectivamente p=0,39). Ao analisar o incremento de noites secas do GE em relação ao gênero, observa-se que não houve diferença significativa entre os sexos. Analisando a quantidade de noites secas em um intervalo de 30 dias, observou-se que houve um aumento significantemente maior no grupo submetido à ENTP quando comparado ao GC (14,11 ± 6,63 noites secas no GE e 8,28 ± 6,42 noites secas no GC por 30 dias p=0,0054). Quando subdividimos o grupo experimental por faixa etária (maior e menor que 10 anos), observamos que esse incremento no número de noites secas é semelhante (p=0,971), o mesmo acontece quando o GE é subdividido de acordo com sexo (p=0,312). A aplicação de ENTP por 10 sessões associada ao tratamento comportamental, apesar de não ter levado a cura, mostrou-se eficaz no tratamento da enurese monossintomática quando comparada ao tratamento comportamental. Entretanto, nenhum paciente apresentou remissão completa dos sintomas.
id UFJF_7c73968476996f6d3ee79b4beb8a35ee
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/1936
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Bastos Netto, José Murillohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773587P7Garboggini, Patrícia Virgínia Silva Lordêlohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4711119A4Fonseca, Eliane Maria Garcez Oliveira dahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707477U1Lopes, Humberto Eliashttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793084Z6http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4256535H5Oliveira, Liliana Fajardo2016-07-13T16:01:12Z2016-07-012016-07-13T16:01:12Z2012-03-16https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1936A enurese é uma perda intermitente e involuntária de urina durante o sono. É classificada como monossintomática, quando apenas há perda urinária noturna e não-monossintomática, que além de perda noturna, ocorrem sintomas urinários durante o dia. Acredita-se que a eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral (ENTP) tem um efeito de recondiocionamento fisiológico, possibilitando a remodulação de sinapses através da neuroplasticidade, afim de um recondicionamento neural definitivo. Seu uso em crianças com disfunção do trato urinário inferior (DTUI) é bem conhecido, entretanto, nenhum estudo avaliou seus efeitos sobre a enurese monossintomática. O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia da ENTP no tratamento da na enurese primária monossintomática associada à terapia comportamental. O desenho do estudo foi um ensaio clínico controlado prospectivo. 45 pacientes, sendo 29 meninas, acima de 6 anos com enurese monossintomática primária, atendidos no ambulatório de Urologia Pediátrica do HU/CAS-UFJF foram divididos aleatoriamente em 2 grupos, controle (GC), tratado com terapia comportamental, e experimental (GE), tratado com terapia comportamental e ENTP. No GE, os eletrodos foram colocados na região sacral (S2/S3) do paciente. A sessão teve sempre o mesmo formato, com duração de 20 minutos, frequência 10Hz, largura de pulso de 700μS e intensidade determinada pelo limiar de sensibilidade da criança. Foram aplicadas 10 sessões, três vezes por semana e em dias alternados. Os pacientes de ambos os grupos foram acompanhados com intervalos de 2 semanas no primeiro mês e mensalmente por 6 meses consecutivos. O percentual de noites secas no início do tratamento foi de 23% no GC e 22% no GE (p=0,82) e ao final do tratamento passou a 51% e 69% (p=0,02) respectivamente. Na estratificação por faixa etária, o GC apresentou uma melhora significativa após a terapia comportamental, passando de 31,4% nas crianças maiores de 10 anos a 67,6% (p=0,108) e de 17,6% nas crianças com idade menor ou igual a 10 anos a 39,7% (p=0,02) após 180 dias. A avaliação por sexo demonstrou que no GE havia uma diferença estatística significativa apenas antes do tratamento (11,9% nos meninos e 27,4% nas meninas p=0,03), o que se tornou semelhante ao final do acompanhamento (63,3% e 71,9%, respectivamente p=0,39). Ao analisar o incremento de noites secas do GE em relação ao gênero, observa-se que não houve diferença significativa entre os sexos. Analisando a quantidade de noites secas em um intervalo de 30 dias, observou-se que houve um aumento significantemente maior no grupo submetido à ENTP quando comparado ao GC (14,11 ± 6,63 noites secas no GE e 8,28 ± 6,42 noites secas no GC por 30 dias p=0,0054). Quando subdividimos o grupo experimental por faixa etária (maior e menor que 10 anos), observamos que esse incremento no número de noites secas é semelhante (p=0,971), o mesmo acontece quando o GE é subdividido de acordo com sexo (p=0,312). A aplicação de ENTP por 10 sessões associada ao tratamento comportamental, apesar de não ter levado a cura, mostrou-se eficaz no tratamento da enurese monossintomática quando comparada ao tratamento comportamental. Entretanto, nenhum paciente apresentou remissão completa dos sintomas.Nocturnal enuresis (NE) is an intermittent and involuntary loss of urine during sleep. It is classified as monosymptomatic, when only nocturnal loss of urine is present and non-monosymptomatic nocturnal, besides nocturnal loss of urine daytime lower urinary tract symptoms occur. It is believed that transcutaneous parasacral electrical stimulation (TCPSE) has a physiological recondition effect redesigning synapses by neuronal plasticity. Its use in children with lower urinary tract dysfunction is well known, however, no study has evaluated its effects on monosymptomatic nocturnal enuresis. To assess the effectiveness of TCPSE in the treatment of primary monosymptomatic enuresis. This prospective controlled clinical trial enrolled 45 children (29 girls) over 6 years of age with primary enuresis treated in the Pediatric Urology Clinic of HU/CAS-UFJF. The children were divided at random into 2 groups, control (GC), treated with behavioral therapy and experimental (GE), treated with behavioral therapy and 10 session of TCPSE. TCPSE were performed with the electrodes placed in the sacral region (S2/S3) of the patient. Sessions had always the same pattern, with 20 minutes duration, frequency of 10 Hz with a generated pulse of 700μs and intensity determined by the child's sensitivity threshold. Sessions were done three times a week on alternate days. Patients of both groups were accompanied with intervals of 2 weeks in the first month and monthly for 6 consecutive months. The percentage of dry nights at the onset of treatment was 23% in GC and 22% in GE (p = 0,82) and 51% and 69% at the end of the treatment, respectively (p = 0,02). Separating the groups in children younger and older than 10 years of age, it was observed a significant improvement in dry nights in children younger than 10 in GC (17,6 to 39.7% p=0,02) and no improvement in the group older than 10 years of age (32,4 to 67,6% - p=0,108) after 6 months follow-up. When we evaluated each gender individually we found a statistical difference in GE just before treatment (11,9% in boys and 27,4% in girls p=0,03), which became similar at the end of follow-up (63.3% and 71,9%, respectively p=0,39). Analyzing the amount of dry nights in an interval of 30 days, it was observed that there was a significantly greater increase in the group undergoing TCPSE when compared to CG (14,11 ± 6,63 dry nights in GE and 8,28 ± 6,42 dry nights in GC for 30 days p = 0.0054). Subdividing the experimental group by age (greater and less than 10 years), we observed that this increase in the number of dry nights was similar (p=0,971), and the same similarity occurred when GE was subdivided according to sex (p=0,312). Treatment of monosymptomatic enuresis with 10 sessions of TCPSE associated with behavioral treatment proved to be effective although no patient was cured after 6 months follow-up. However, no patient had complete remission of symptoms.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em Saúde BrasileiraUFJFBrasilFaculdade de MedicinaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINAEnureseEstimulação elétricaEstimulação elétrica nervosa transcutâneaTerapia comportamentalEnuresisElectrical stimulationTranscutaneous electric nerve stimulationBehavior therapyEletroestimulação nervosa transcutânea parassacral na enurese primária monossintomáticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTlilianafajardooliveira.pdf.txtlilianafajardooliveira.pdf.txtExtracted texttext/plain75666https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1936/3/lilianafajardooliveira.pdf.txtcc22e4252a7dcc04cb7445f0a0b1b7caMD53THUMBNAILlilianafajardooliveira.pdf.jpglilianafajardooliveira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1155https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1936/4/lilianafajardooliveira.pdf.jpg587d9cd604aad622f93878f04ba5ed0dMD54ORIGINALlilianafajardooliveira.pdflilianafajardooliveira.pdfapplication/pdf1464132https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1936/1/lilianafajardooliveira.pdfcb16276286fab625982097f92dc374dfMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1936/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/19362019-11-07 12:04:13.32oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/1936TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T14:04:13Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral na enurese primária monossintomática
title Eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral na enurese primária monossintomática
spellingShingle Eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral na enurese primária monossintomática
Oliveira, Liliana Fajardo
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Enurese
Estimulação elétrica
Estimulação elétrica nervosa transcutânea
Terapia comportamental
Enuresis
Electrical stimulation
Transcutaneous electric nerve stimulation
Behavior therapy
title_short Eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral na enurese primária monossintomática
title_full Eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral na enurese primária monossintomática
title_fullStr Eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral na enurese primária monossintomática
title_full_unstemmed Eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral na enurese primária monossintomática
title_sort Eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral na enurese primária monossintomática
author Oliveira, Liliana Fajardo
author_facet Oliveira, Liliana Fajardo
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Bastos Netto, José Murillo
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4773587P7
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Garboggini, Patrícia Virgínia Silva Lordêlo
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4711119A4
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Fonseca, Eliane Maria Garcez Oliveira da
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4707477U1
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Lopes, Humberto Elias
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4793084Z6
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4256535H5
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Liliana Fajardo
contributor_str_mv Bastos Netto, José Murillo
Garboggini, Patrícia Virgínia Silva Lordêlo
Fonseca, Eliane Maria Garcez Oliveira da
Lopes, Humberto Elias
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
topic CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Enurese
Estimulação elétrica
Estimulação elétrica nervosa transcutânea
Terapia comportamental
Enuresis
Electrical stimulation
Transcutaneous electric nerve stimulation
Behavior therapy
dc.subject.por.fl_str_mv Enurese
Estimulação elétrica
Estimulação elétrica nervosa transcutânea
Terapia comportamental
Enuresis
Electrical stimulation
Transcutaneous electric nerve stimulation
Behavior therapy
description A enurese é uma perda intermitente e involuntária de urina durante o sono. É classificada como monossintomática, quando apenas há perda urinária noturna e não-monossintomática, que além de perda noturna, ocorrem sintomas urinários durante o dia. Acredita-se que a eletroestimulação nervosa transcutânea parassacral (ENTP) tem um efeito de recondiocionamento fisiológico, possibilitando a remodulação de sinapses através da neuroplasticidade, afim de um recondicionamento neural definitivo. Seu uso em crianças com disfunção do trato urinário inferior (DTUI) é bem conhecido, entretanto, nenhum estudo avaliou seus efeitos sobre a enurese monossintomática. O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia da ENTP no tratamento da na enurese primária monossintomática associada à terapia comportamental. O desenho do estudo foi um ensaio clínico controlado prospectivo. 45 pacientes, sendo 29 meninas, acima de 6 anos com enurese monossintomática primária, atendidos no ambulatório de Urologia Pediátrica do HU/CAS-UFJF foram divididos aleatoriamente em 2 grupos, controle (GC), tratado com terapia comportamental, e experimental (GE), tratado com terapia comportamental e ENTP. No GE, os eletrodos foram colocados na região sacral (S2/S3) do paciente. A sessão teve sempre o mesmo formato, com duração de 20 minutos, frequência 10Hz, largura de pulso de 700μS e intensidade determinada pelo limiar de sensibilidade da criança. Foram aplicadas 10 sessões, três vezes por semana e em dias alternados. Os pacientes de ambos os grupos foram acompanhados com intervalos de 2 semanas no primeiro mês e mensalmente por 6 meses consecutivos. O percentual de noites secas no início do tratamento foi de 23% no GC e 22% no GE (p=0,82) e ao final do tratamento passou a 51% e 69% (p=0,02) respectivamente. Na estratificação por faixa etária, o GC apresentou uma melhora significativa após a terapia comportamental, passando de 31,4% nas crianças maiores de 10 anos a 67,6% (p=0,108) e de 17,6% nas crianças com idade menor ou igual a 10 anos a 39,7% (p=0,02) após 180 dias. A avaliação por sexo demonstrou que no GE havia uma diferença estatística significativa apenas antes do tratamento (11,9% nos meninos e 27,4% nas meninas p=0,03), o que se tornou semelhante ao final do acompanhamento (63,3% e 71,9%, respectivamente p=0,39). Ao analisar o incremento de noites secas do GE em relação ao gênero, observa-se que não houve diferença significativa entre os sexos. Analisando a quantidade de noites secas em um intervalo de 30 dias, observou-se que houve um aumento significantemente maior no grupo submetido à ENTP quando comparado ao GC (14,11 ± 6,63 noites secas no GE e 8,28 ± 6,42 noites secas no GC por 30 dias p=0,0054). Quando subdividimos o grupo experimental por faixa etária (maior e menor que 10 anos), observamos que esse incremento no número de noites secas é semelhante (p=0,971), o mesmo acontece quando o GE é subdividido de acordo com sexo (p=0,312). A aplicação de ENTP por 10 sessões associada ao tratamento comportamental, apesar de não ter levado a cura, mostrou-se eficaz no tratamento da enurese monossintomática quando comparada ao tratamento comportamental. Entretanto, nenhum paciente apresentou remissão completa dos sintomas.
publishDate 2012
dc.date.issued.fl_str_mv 2012-03-16
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-07-13T16:01:12Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-07-01
2016-07-13T16:01:12Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1936
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1936
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Medicina
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1936/3/lilianafajardooliveira.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1936/4/lilianafajardooliveira.pdf.jpg
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1936/1/lilianafajardooliveira.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1936/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv cc22e4252a7dcc04cb7445f0a0b1b7ca
587d9cd604aad622f93878f04ba5ed0d
cb16276286fab625982097f92dc374df
43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801661321558622208