Corpo e peregrinação: diálogos entre técnica e emoção. um estudo na Zona da Mata Mineira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Croce, Joanna Darc de Mello
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/221
Resumo: A peregrinação tem sido apontada por diversos autores como uma jornada do indivíduo moderno em busca do contato com o sagrado ou ainda de um sujeito que parte imbuído de um sentimento de encontro com o sagrado. No entanto, ao longo da peregrinação podemos observar também isso que desde Mauss (1925) chamamos da dimensão das técnicas corporais e cujo aprendizado, transmissão e aperfeiçoamento ocorre antes, durante e depois do caminho. Ação tradicional eficaz, como define Mauss (1925) e que depende de um aprendizado, as técnicas corporais ganham na obra de Bourdieu (1994) a propriedade de serem incorporadas sob a forma de disposições duráveis. A peregrinação vista desse ângulo pode ser pensada como um espaço de troca, de aprendizado e de transmissão do habitus corporal, chamada por Bourdieu de razão prática, que nada deve ao intelecto ou à razão discursiva. Transmitidas ou introjetadas sem que passem necessariamente pela dimensão da linguagem, mas sim da prática, o habitus corporal envolvido na peregrinação constitui meu objeto de investigação. Metodologicamente essa é uma pesquisa de natureza qualitativa que se orienta pelos pressupostos da antropologia relacional. Através do uso do trabalho de campo, da observação participante e de entrevistas abertas, próprias da pesquisa qualitativa, busco compreender o processo de transmissão e aprendizagem de técnicas corporais (MAUSS, 1925) ou da incorporação do habitus (BOURDIEU, 1994) em uma rota de peregrinação denominada “Caminhos da Piedade”. A rota que busco investigar perfaz um total de 21 quilômetros, que ligam a cidade de Cataguases-MG à cidade de Piacatuba-MG. Minha questão é saber de que forma a experiência religiosa da romaria é vivenciada por um grupo de pessoas cuja preparação física e emocional implica no aprendizado de técnicas corporais capazes de ajudá-los nessa jornada e como se comporta o corpo e as emoções do peregrino dentro de seu campo de atuação, a peregrinação/romaria. Assim, o objetivo principal desta pesquisa é observar como é feita a construção do corpo e das emoções do peregrino em determinados contextos rituais, sob a hipótese de que, após passar por essa transformação social e pelo momento de communitas, tem o corpo modificado e as emoções acentuadas para chegar à Piacatuba, à Nossa Senhora da Piedade. Analisar o corpo, perceber como o corpo do peregrino é construído, e como ele se comporta atrelado às suas emoções, sentidas ou expressadas, no campo constitui meu objetivo de pesquisa.
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Ação tradicional eficaz, como define Mauss (1925) e que depende de um aprendizado, as técnicas corporais ganham na obra de Bourdieu (1994) a propriedade de serem incorporadas sob a forma de disposições duráveis. A peregrinação vista desse ângulo pode ser pensada como um espaço de troca, de aprendizado e de transmissão do habitus corporal, chamada por Bourdieu de razão prática, que nada deve ao intelecto ou à razão discursiva. Transmitidas ou introjetadas sem que passem necessariamente pela dimensão da linguagem, mas sim da prática, o habitus corporal envolvido na peregrinação constitui meu objeto de investigação. Metodologicamente essa é uma pesquisa de natureza qualitativa que se orienta pelos pressupostos da antropologia relacional. Através do uso do trabalho de campo, da observação participante e de entrevistas abertas, próprias da pesquisa qualitativa, busco compreender o processo de transmissão e aprendizagem de técnicas corporais (MAUSS, 1925) ou da incorporação do habitus (BOURDIEU, 1994) em uma rota de peregrinação denominada “Caminhos da Piedade”. A rota que busco investigar perfaz um total de 21 quilômetros, que ligam a cidade de Cataguases-MG à cidade de Piacatuba-MG. Minha questão é saber de que forma a experiência religiosa da romaria é vivenciada por um grupo de pessoas cuja preparação física e emocional implica no aprendizado de técnicas corporais capazes de ajudá-los nessa jornada e como se comporta o corpo e as emoções do peregrino dentro de seu campo de atuação, a peregrinação/romaria. Assim, o objetivo principal desta pesquisa é observar como é feita a construção do corpo e das emoções do peregrino em determinados contextos rituais, sob a hipótese de que, após passar por essa transformação social e pelo momento de communitas, tem o corpo modificado e as emoções acentuadas para chegar à Piacatuba, à Nossa Senhora da Piedade. Analisar o corpo, perceber como o corpo do peregrino é construído, e como ele se comporta atrelado às suas emoções, sentidas ou expressadas, no campo constitui meu objetivo de pesquisa.Pilgrimage has been showed by several authors as a journey of a modern person in search connection to a sacred or yet, a human with a feeling of a sacred connection. However, during this pilgrimage we can see that since Mauss (1925) we call body technics dimension in which learning, transmission and perfectioning happen before, during and after travel. Efficient traditional action, as Mauss (1925) defines, and it depends of learning, the body technics take in the Bourdieu (1994) works the properties of been incorporated. In this point of view, the pilgrimage can be thinking as an interchange space of learning and body habits, called by Bourdieu of practical reason, that nothing owe to the intellect or a debate reason. Transmitted or introduced without pass by language dimension, but practical, the body habits involved in pilgrimage is my investigation object. Methodologically this is a research of qualitative way that gets anthropology relationship. Through the field work, observation and open interviews, qualified research, I look for understand the transmission and learnig process of body technics ( Mauss, 1925) or habits incorporation (Bourdieu, 1994) in a pilgrimage path named “Caminhos da Piedade”. The path that I am looking for is 21 kilometers long, in between Cataguases, MG and Piacatuba, MG cities. My question is to know how the religion experience pilgrimage lived deeply for a group of people that the physical and emotional get to the body technics learning to help them in this journey and how the body and emotion support in the field performance, the pilgrimage. In this way, the main object of this research is to see how is built the pilgrimage body and emotions in some ritual context, in the way that, after this social transformation and by communitas moment, has the body modified and high emotions to get from Piacatuba into Nossa Senhora da Piedade. Analyze the body, see how the pilgrimage body is build and how its holds together with its emotions, felt and expressed, in the field is my research object.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em Ciências SociaisUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANASPeregrinaçãoCorpoEmoçãoCommunitasCaminhos da PiedadePilgrimageBodyEmotionCommunitasCaminhos da PiedadeCorpo e peregrinação: diálogos entre técnica e emoção. um estudo na Zona da Mata Mineirainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTjoannadarcdemellocroce.pdf.txtjoannadarcdemellocroce.pdf.txtExtracted texttext/plain345375https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/221/3/joannadarcdemellocroce.pdf.txt285d4e80d8a7b7a8da5db052f7bc2ee7MD53THUMBNAILjoannadarcdemellocroce.pdf.jpgjoannadarcdemellocroce.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1212https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/221/4/joannadarcdemellocroce.pdf.jpg3cbee911271de0d5a9d36ad08f0bb73bMD54ORIGINALjoannadarcdemellocroce.pdfjoannadarcdemellocroce.pdfapplication/pdf3083075https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/221/1/joannadarcdemellocroce.pdf4a1b8d7b0133e71f5405dfb03d23aefeMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/221/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/2212019-11-07 11:13:26.146oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/221TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:13:26Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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