Vivências de mães de crianças com transtorno de espectro autista: implicações para a enfermagem
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4052 |
Resumo: | Transtorno do Espectro Autista (TEA) é o persistente déficit da comunicação social e da interação social em múltiplos contextos, incluindo déficits na reciprocidade social, em comportamentos não verbais de comunicação usados para interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamento no referencial teórico-filosófico e metodológico de Martin Heidegger, realizado em um município da zona da mata de Minas Gerais, com 14 mães de crianças diagnosticadas, que nos meses de janeiro a março de 2016 fizeram seus depoimentos em encontros mediados pela empatia, após deferimento do Comitê de Ética da Universidade Federal de Juiz de Fora. Da compreensão vaga e mediana emergiram as Unidades de Significado: difícil aceitar o diagnóstico e não ter um filho perfeito; O problema maior é a (não)aceitação da família e da sociedade por falta de informação e A convivência tem me feito aprender coisas que eu nunca imaginei aprender, aprendi a ser humana. A elaboração do fio condutor conduziu ao segundo momento metódico, a compreensão interpretativa ou hermenêutica. O ser-aí-mãede-autista parte da facticidade do diagnóstico, passa pela impropriedade ao negar ou não aceitar o transtorno e mostra-se inautêntica, pois deixa de ser um indivíduo e transforma-se “ ã ” N çã , ambiguidade. Desvela também a ocupação ao lidar com o autismo, preocupando-se com o filho e com o ser-aí-com-os-outros que passa a ser deficiente. Nesse momento emerge a angústia. Por se tratar de um movimento circular, volta a decair velando a autenticidade alcançada como modo de ser-aí-com o filho. A pesquisa desenvolvida permitiu o desvelamento de alguns importantes sentidos assinalados pelo filósofo e pensador Martin Heidegger. Relacionando-os com os achados de pesquisas anteriores, pode-se perceber semelhanças em sentimentos experimentados pelas mulheres mães de pessoas com TEA. Sugere-se com essa pesquisa a realização de novos estudos com enfoque direcionado aos enfermeiros e aos profissionais de saúde de modo a conhecer a visão destes sobre esta situação, questões e discussões quanto ao modo de atuar e participar lado a lado com essas mães e famílias. Também é preciso repensar as políticas públicas para que alcancem essa parcela da população de maneira mais eficiente e inclusiva. |
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Da compreensão vaga e mediana emergiram as Unidades de Significado: difícil aceitar o diagnóstico e não ter um filho perfeito; O problema maior é a (não)aceitação da família e da sociedade por falta de informação e A convivência tem me feito aprender coisas que eu nunca imaginei aprender, aprendi a ser humana. A elaboração do fio condutor conduziu ao segundo momento metódico, a compreensão interpretativa ou hermenêutica. O ser-aí-mãede-autista parte da facticidade do diagnóstico, passa pela impropriedade ao negar ou não aceitar o transtorno e mostra-se inautêntica, pois deixa de ser um indivíduo e transforma-se “ ã ” N çã , ambiguidade. Desvela também a ocupação ao lidar com o autismo, preocupando-se com o filho e com o ser-aí-com-os-outros que passa a ser deficiente. Nesse momento emerge a angústia. Por se tratar de um movimento circular, volta a decair velando a autenticidade alcançada como modo de ser-aí-com o filho. A pesquisa desenvolvida permitiu o desvelamento de alguns importantes sentidos assinalados pelo filósofo e pensador Martin Heidegger. Relacionando-os com os achados de pesquisas anteriores, pode-se perceber semelhanças em sentimentos experimentados pelas mulheres mães de pessoas com TEA. Sugere-se com essa pesquisa a realização de novos estudos com enfoque direcionado aos enfermeiros e aos profissionais de saúde de modo a conhecer a visão destes sobre esta situação, questões e discussões quanto ao modo de atuar e participar lado a lado com essas mães e famílias. Também é preciso repensar as políticas públicas para que alcancem essa parcela da população de maneira mais eficiente e inclusiva.Autistic Spectrum Disorder (ASD) is the persistent lack in social communication and social interaction in multiple contexts, including deficits in social mutuality, nonverbal communication behaviors used for social interaction, and ability to develop, maintain, and understand appropriate relationship with other persons around. Present work is a qualitative study with phenomenological approach based on Martin Heidegger's theoreticalphilosophical and methodological framework, carried out in a city placed in Minas Gerais’ Zona da Mata region, with 14 mothers of diagnosed children, who from January to March of 2016 made their statements in meetings mediated by empathy, after the approval of the Ethics Committee of Federal University of Juiz de Fora. From the vague and median comprehension emerged the Units of Meaning: hard to accept the diagnosis and not having the perfect child; The biggest problem is family and society non-acceptance due to lack of information and The coexistence made me learn things that I never imagined to learn, I learned to be human. The elaboration of this thread led to the second methodical moment, the interpretive or hermeneutic understanding. The autistic-mother-been-there starts from the diagnosis facticity, goes through the impropriety on denying or not accepting the disorder and becomes inauthentic, since she ceases of been an individual and becomes the "autistic mother". In everyday care it reveals the talk, the curiosity and the ambiguity. It also uncovers the occupation in dealing with autism, worrying about the child and been-there-with-theothers that becomes deficient. In this moment the anguish emerges. Because is a circular movement, falls again veiling the authenticity achieved as a way of being-there-with the child. The developed research allowed the unveiling of some important meanings pointed out by the philosopher and thinker Martin Heidegger. Relating them to findings of previous research, it is possible to perceive similarities in feelings suffered by mothers of persons with ASD. This research suggests accomplishing new studies with approach directed to nurses and health professionals in order to know their vision about this situation, questions and discussions about how to act and participate side by side with these mothers and families. It is also necessary to rethink public policies to reach this part of population in a more efficient and inclusive way.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em EnfermagemUFJFBrasilFaculdade de EnfermagemCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEMTranstorno autísticoCuidado de enfermagemRelações mãe-filhoAutistic disorderNursing careMother-child relationshipVivências de mães de crianças com transtorno de espectro autista: implicações para a enfermageminfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTdanieladecassiasabararendon.pdf.txtdanieladecassiasabararendon.pdf.txtExtracted texttext/plain153477https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4052/3/danieladecassiasabararendon.pdf.txte235512f1c201488640a0ce2a96e95b4MD53THUMBNAILdanieladecassiasabararendon.pdf.jpgdanieladecassiasabararendon.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1267https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4052/4/danieladecassiasabararendon.pdf.jpg98a498c12bf5ee8a07d84355a1b03e3bMD54ORIGINALdanieladecassiasabararendon.pdfdanieladecassiasabararendon.pdfapplication/pdf1463261https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4052/1/danieladecassiasabararendon.pdf1b415f8941d754878e3c711571ca988bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4052/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/40522019-11-07 11:47:38.415oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/4052TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:47:38Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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