Ecologia trófica das principais espécies de peixes do Rio Paraíba do Sul na área de influência do Aproveitamento Hidrelétrico Simplício durante o período pré-represamento
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2386 |
Resumo: | O presente trabalho traz uma descrição da ecologia trófica das principais espécies de peixes do Rio Paraíba do Sul, na região do Aproveitamento Hidrelétrico (AHE) Simplício Queda Única no período anterior à formação do reservatório e levando-se em conta possíveis alterações sazonais. Foram selecionadas 13 espécies principais que, embora representem apenas 20,6% da riqueza de espécies, em termos de biomassa e abundância de indivíduos, constituem 84,2 e 74,1%, respectivamente. As coletas foram realizadas de novembro de 2009 a novembro de 2011. As guildas tróficas foram identificadas através de uma Análise de Correspondência e a sobreposição de nicho calculada entre os pares de espécies. Para as espécies separadamente, a ecologia alimentar foi descrita através da importância proporcional dos itens consumidos (método volumétrico), amplitude de nicho e estratégias alimentares. Para avaliação de possíveis variações sazonais na dieta, foram comparados os períodos seco (abril a outubro) e chuvoso (novembro a março). Foi possível diferenciar o agrupamento das espécies, no espaço da dieta, em cinco guildas alimentares: detritívora, herbívora, invertívora, onívora e piscívora; no entanto, nem todas diferiram significativamente entre si. Os peixes consumiram mais itens alóctones durante a estação de chuvas, mas diferenças sazonais significativas nas dietas foram encontradas somente para as espécies Astyanax gr A. bimaculatus, O. hepsetus e P. fur. O grande consumo de insetos, inclusive por espécies reconhecidamente piscívoras (O. hepsetus e P. squamosissimus) pode ser um indicativo de que altas densidades deste item estejam disponíveis no ambiente. Para as espécies com mais de 10 indivíduos coletados na mesma localidade e campanha (considerada como uma população), foi calculado o grau de especialização individual (EI). A EI ficou entre média e alta, o que indica variação intrapopulacional da dieta. A maioria das espécies mostrou oportunismo no consumo de recursos. O Rio Paraíba do Sul já é bastante impactado no trecho estudado, por estar localizado em área urbana, o que foi refletido na dieta de diversas espécies através do consumo de materiais de origem antrópica (e.g. plásticos). O oportunismo pode favorecer seu ajuste e permanência no local após a formação do reservatório. No entanto, somente projetos continuados de monitoramento poderão descrever as respostas reais destas espécies, bem como as alterações que ocorrerão na estrutura trófica do reservatório, conforme descrito em outros estudos em diversas bacias brasileiras. |
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As coletas foram realizadas de novembro de 2009 a novembro de 2011. As guildas tróficas foram identificadas através de uma Análise de Correspondência e a sobreposição de nicho calculada entre os pares de espécies. Para as espécies separadamente, a ecologia alimentar foi descrita através da importância proporcional dos itens consumidos (método volumétrico), amplitude de nicho e estratégias alimentares. Para avaliação de possíveis variações sazonais na dieta, foram comparados os períodos seco (abril a outubro) e chuvoso (novembro a março). Foi possível diferenciar o agrupamento das espécies, no espaço da dieta, em cinco guildas alimentares: detritívora, herbívora, invertívora, onívora e piscívora; no entanto, nem todas diferiram significativamente entre si. Os peixes consumiram mais itens alóctones durante a estação de chuvas, mas diferenças sazonais significativas nas dietas foram encontradas somente para as espécies Astyanax gr A. bimaculatus, O. hepsetus e P. fur. 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No entanto, somente projetos continuados de monitoramento poderão descrever as respostas reais destas espécies, bem como as alterações que ocorrerão na estrutura trófica do reservatório, conforme descrito em outros estudos em diversas bacias brasileiras.We herein describe the feeding ecology of the main fish species of the Paraíba do Sul River, during the dry and rainy seasons, previously to its impoundment by the Simplício Hydroelectric Dam. A total of 13 species were selected. Although representing only 20.6% of species richness in the area, they correspond to 84.2% and 74,1% of all individuals in terms of biomass and abundance, respectively. Sampling was conducted between November 2009 and November 2011. Trophic guilds were assigned through a Correspondence Analysis. Pairwise feeding overlap was calculated. The feeding ecology of each species was described through the proportional importance of condumed items (volumetric method), niche width and feeding strategies. Seasonal variations were evaluated through comparisons between the dry (April to October) ad rainy (November to March) seasons. Species were grouped into five guilds in the diet space: detritivores, herbivores, invertivores, omnivores and piscivores; however, most groups did not differ significantly. Overall, fishes consumed more allochthonous material during the rainy season, but seasonal differences in diet were statistically significant only for Astyanax gr A. bimaculatus, O. hepsetus e P. fur. The consumption of large amounts of insects, also by species recognized as piscivores, (O. hepsetus e P. squamosissimus) might indicate high availability in the river. For species with more than 10 individuals collected at the same site and field trip (considered herein as a population), we calculated the degree of individual specialization (IS). Is achieved intermediate and high values, indicating intrapopulational variation. Most species showed opportunism. The River Paraíba do Sul is highly impacted in the studied area, mainly because of urbanization, which was reflected in the diet of several species through the consumption of materials of anthropic origin (e.g. plastic). The overall opportunism of fish species might favor their adjustment and permanence after reservoir formation. Nevertheless, the actual responses of these species as well as alterations in the trophic structure caused by the impoundment will only be detected through long-term projects for monitoring, as described in several studies in other impounded Brazilian basins.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em EcologiaUFJFBrasilICB – Instituto de Ciências BiológicasCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIADietaIctiofaunaRepresamentoRio Paraíba do SulDietaIctiofaunaRepresamentoRio Paraíba do SulEcologia trófica das principais espécies de peixes do Rio Paraíba do Sul na área de influência do Aproveitamento Hidrelétrico Simplício durante o período pré-represamentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTdanielarodrigues.pdf.txtdanielarodrigues.pdf.txtExtracted texttext/plain160470https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2386/3/danielarodrigues.pdf.txtdaf11ceb85733f4194cee731669306d3MD53THUMBNAILdanielarodrigues.pdf.jpgdanielarodrigues.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1200https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2386/4/danielarodrigues.pdf.jpg899eab79b45d14d2b6d0fb329d593420MD54ORIGINALdanielarodrigues.pdfdanielarodrigues.pdfapplication/pdf2011372https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2386/1/danielarodrigues.pdf5d6e7fd740f12ba0e65a06a68be21941MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/2386/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ufjf/23862019-11-07 12:43:36.851oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/2386TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T14:43:36Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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