O racismo como gatilho do genocídio da juventude negra periférica e a construção de resistências
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15513 |
Resumo: | A presente pesquisa buscou realizar, inicialmente, por meio de uma revisão bibliográfica e documental, um estudo sobre o genocídio da juventude negra de periferia urbana, partindo da hipótese de que este fenômeno está associado ao histórico processo de violência racial que atravessa a colonização e formação do sistema capitalista. Tal processo, alinhado à estrutura capitalista e uma necropolítica, intensifica a visibilidade negativa da juventude negra na contemporaneidade, posto que entende e perpetua a ideia do negro como raça inferior, sendo assim, passível de eliminação. No percurso procuramos entender as bases das relações de violência que se estabeleceram desde o início entre o colonizador e o colonizado, que passa pela construção de uma racionalidade de superioridade eurocêntrica e que contribuiu de forma significativa para estruturação racista do modo capitalista de produção. Posteriormente, realizamos reflexões sobre o modo como o racismo aprofunda as desigualdades sociais e econômicas, assim como contribui para o aumento dos territórios periféricos criminalizados e como o sistema utiliza técnicas da Necropolítica e do Estado de Exceção como dispositivo para eliminação dos corpos considerados descartáveis. No último momento do trabalho revisamos alguns estudos sobre genocídio da população negra, especificamente da juventude negra de periferia urbana. Empreendemos uma breve retomada histórica do movimento negro no Brasil e seu papel essencial na luta contra o genocídio, exemplificando o movimento internacional Vidas Negras Importam (Black Lives Matter) e sua influência no país. Finalizamos a presente dissertação apresentando uma pesquisa exploratória de alguns movimentos, grupos e coletivos antirracistas atuantes na cidade de Juiz de Fora - MG, os quais atuam em diferentes frentes de luta contra o racismo. Concluímos que o racismo é estrutural, de modo que ele estrutura o sistema capitalista de produção, influenciando assim, todas as nossas relações em sociedade. Ele é parte intrínseca da nossa formação sócio-histórica desde o processo colonizatório, levando à cabo, no decorrer da história e na atualidade, o processo de genocídio da população não branca, principalmente, da juventude negra periférica. Porém, destacamos que existem formas de resistência e luta que buscam superar políticas de morte perpetradas pelo Estado capitalista, afirmando a busca por outro projeto de sociedade que não tenha por base nenhum tipo de exploração, discriminação, inferiorização e eliminação de vidas. |
id |
UFJF_91302d22064b0f7b1746b6bed5c01714 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/15513 |
network_acronym_str |
UFJF |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFJF |
repository_id_str |
|
spelling |
Menegat, Elizete Mariahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.doRodrigues, Mônica Aparecida Grossihttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.doAlmeida, Magali da Silvahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.dohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.doResende, Joyce Queiroga2023-06-28T12:03:52Z2023-06-272023-06-28T12:03:52Z2023-03-15https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15513A presente pesquisa buscou realizar, inicialmente, por meio de uma revisão bibliográfica e documental, um estudo sobre o genocídio da juventude negra de periferia urbana, partindo da hipótese de que este fenômeno está associado ao histórico processo de violência racial que atravessa a colonização e formação do sistema capitalista. Tal processo, alinhado à estrutura capitalista e uma necropolítica, intensifica a visibilidade negativa da juventude negra na contemporaneidade, posto que entende e perpetua a ideia do negro como raça inferior, sendo assim, passível de eliminação. No percurso procuramos entender as bases das relações de violência que se estabeleceram desde o início entre o colonizador e o colonizado, que passa pela construção de uma racionalidade de superioridade eurocêntrica e que contribuiu de forma significativa para estruturação racista do modo capitalista de produção. Posteriormente, realizamos reflexões sobre o modo como o racismo aprofunda as desigualdades sociais e econômicas, assim como contribui para o aumento dos territórios periféricos criminalizados e como o sistema utiliza técnicas da Necropolítica e do Estado de Exceção como dispositivo para eliminação dos corpos considerados descartáveis. No último momento do trabalho revisamos alguns estudos sobre genocídio da população negra, especificamente da juventude negra de periferia urbana. Empreendemos uma breve retomada histórica do movimento negro no Brasil e seu papel essencial na luta contra o genocídio, exemplificando o movimento internacional Vidas Negras Importam (Black Lives Matter) e sua influência no país. Finalizamos a presente dissertação apresentando uma pesquisa exploratória de alguns movimentos, grupos e coletivos antirracistas atuantes na cidade de Juiz de Fora - MG, os quais atuam em diferentes frentes de luta contra o racismo. Concluímos que o racismo é estrutural, de modo que ele estrutura o sistema capitalista de produção, influenciando assim, todas as nossas relações em sociedade. Ele é parte intrínseca da nossa formação sócio-histórica desde o processo colonizatório, levando à cabo, no decorrer da história e na atualidade, o processo de genocídio da população não branca, principalmente, da juventude negra periférica. Porém, destacamos que existem formas de resistência e luta que buscam superar políticas de morte perpetradas pelo Estado capitalista, afirmando a busca por outro projeto de sociedade que não tenha por base nenhum tipo de exploração, discriminação, inferiorização e eliminação de vidas.The present research sought to perform, initially, through a bibliographical and documentary review, a study on the genocide of black youth in the urban periphery, hypothesis that this phenomenon is associated with the historical process of racial violence that crosses the colonization and formation of the capitalist system. This process, aligned with the capitalist structure and a necropolitics, intensifies the negative visibility of black youth in contemporary times, since it understands and perpetuates the idea of the black as an inferior race, thus being capable of elimination. Along the way we try to understand the bases of the relations of violence that were established from the beginning between the colonizer and the colonized, that goes through the construction of a rationality of Eurocentric superiority and that contributed significantly to the racist structuring of the capitalist mode of production. Subsequently, we made reflections on how racism deepens social and economic inequalities, as well as contributing to the increase of criminalized peripheral territories and as the system uses techniques of Necropolitics and the State of Exception as a device for disposal of bodies considered disposable. At the last moment of the work we reviewed some studies on genocide of the black population, specifically the black youth of urban periphery. We undertook a brief historical resumption of the black movement in Brazil and its essential role in the fight against genocide, exemplifying the international movement Black Lives Matter (Black Lives Matter) and its influence in the country. We conclude this dissertation by presenting an exploratory research of some movements, groups and anti-racist collectives active in the city of Juiz de Fora - MG, which act on different fronts of the fight against racism. We conclude that racism is structural, so that it structures the capitalist system of production, thus influencing all our relations in society. It is an intrinsic part of our socio-historical formation since the colonization process, carrying out, throughout history and today, the genocide process of the non-white population, especially the peripheral black youth. However, we highlight that there are forms of resistance and struggle that seek to overcome policies of death perpetrated by the capitalist state, affirming the search for another project of society that is not based on any kind of exploitation, discrimination, inferiorization and elimination of lives.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Serviço SocialUFJFBrasilFaculdade de Serviço SocialAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIALViolênciaRacismoGenocídioJuventude negraResistênciaViolenceRacismGenocideBlack youthResistanceO racismo como gatilho do genocídio da juventude negra periférica e a construção de resistênciasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALjoycequeirogaresende.pdfjoycequeirogaresende.pdfapplication/pdf1580010https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15513/1/joycequeirogaresende.pdfc262551444502b004bda61ccf7edaecbMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15513/2/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15513/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTjoycequeirogaresende.pdf.txtjoycequeirogaresende.pdf.txtExtracted texttext/plain363058https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15513/4/joycequeirogaresende.pdf.txtb14e26ff0ddecd7e2c1a8608d5674a73MD54THUMBNAILjoycequeirogaresende.pdf.jpgjoycequeirogaresende.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1176https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15513/5/joycequeirogaresende.pdf.jpg3e8219aa53f4712daf5b8caf025dd57eMD55ufjf/155132023-06-29 03:13:51.507oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/15513Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2023-06-29T06:13:51Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O racismo como gatilho do genocídio da juventude negra periférica e a construção de resistências |
title |
O racismo como gatilho do genocídio da juventude negra periférica e a construção de resistências |
spellingShingle |
O racismo como gatilho do genocídio da juventude negra periférica e a construção de resistências Resende, Joyce Queiroga CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL Violência Racismo Genocídio Juventude negra Resistência Violence Racism Genocide Black youth Resistance |
title_short |
O racismo como gatilho do genocídio da juventude negra periférica e a construção de resistências |
title_full |
O racismo como gatilho do genocídio da juventude negra periférica e a construção de resistências |
title_fullStr |
O racismo como gatilho do genocídio da juventude negra periférica e a construção de resistências |
title_full_unstemmed |
O racismo como gatilho do genocídio da juventude negra periférica e a construção de resistências |
title_sort |
O racismo como gatilho do genocídio da juventude negra periférica e a construção de resistências |
author |
Resende, Joyce Queiroga |
author_facet |
Resende, Joyce Queiroga |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Menegat, Elizete Maria |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Rodrigues, Mônica Aparecida Grossi |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Almeida, Magali da Silva |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Resende, Joyce Queiroga |
contributor_str_mv |
Menegat, Elizete Maria Rodrigues, Mônica Aparecida Grossi Almeida, Magali da Silva |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL |
topic |
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL Violência Racismo Genocídio Juventude negra Resistência Violence Racism Genocide Black youth Resistance |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Violência Racismo Genocídio Juventude negra Resistência Violence Racism Genocide Black youth Resistance |
description |
A presente pesquisa buscou realizar, inicialmente, por meio de uma revisão bibliográfica e documental, um estudo sobre o genocídio da juventude negra de periferia urbana, partindo da hipótese de que este fenômeno está associado ao histórico processo de violência racial que atravessa a colonização e formação do sistema capitalista. Tal processo, alinhado à estrutura capitalista e uma necropolítica, intensifica a visibilidade negativa da juventude negra na contemporaneidade, posto que entende e perpetua a ideia do negro como raça inferior, sendo assim, passível de eliminação. No percurso procuramos entender as bases das relações de violência que se estabeleceram desde o início entre o colonizador e o colonizado, que passa pela construção de uma racionalidade de superioridade eurocêntrica e que contribuiu de forma significativa para estruturação racista do modo capitalista de produção. Posteriormente, realizamos reflexões sobre o modo como o racismo aprofunda as desigualdades sociais e econômicas, assim como contribui para o aumento dos territórios periféricos criminalizados e como o sistema utiliza técnicas da Necropolítica e do Estado de Exceção como dispositivo para eliminação dos corpos considerados descartáveis. No último momento do trabalho revisamos alguns estudos sobre genocídio da população negra, especificamente da juventude negra de periferia urbana. Empreendemos uma breve retomada histórica do movimento negro no Brasil e seu papel essencial na luta contra o genocídio, exemplificando o movimento internacional Vidas Negras Importam (Black Lives Matter) e sua influência no país. Finalizamos a presente dissertação apresentando uma pesquisa exploratória de alguns movimentos, grupos e coletivos antirracistas atuantes na cidade de Juiz de Fora - MG, os quais atuam em diferentes frentes de luta contra o racismo. Concluímos que o racismo é estrutural, de modo que ele estrutura o sistema capitalista de produção, influenciando assim, todas as nossas relações em sociedade. Ele é parte intrínseca da nossa formação sócio-histórica desde o processo colonizatório, levando à cabo, no decorrer da história e na atualidade, o processo de genocídio da população não branca, principalmente, da juventude negra periférica. Porém, destacamos que existem formas de resistência e luta que buscam superar políticas de morte perpetradas pelo Estado capitalista, afirmando a busca por outro projeto de sociedade que não tenha por base nenhum tipo de exploração, discriminação, inferiorização e eliminação de vidas. |
publishDate |
2023 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-06-28T12:03:52Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-06-27 2023-06-28T12:03:52Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2023-03-15 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15513 |
url |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15513 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-graduação em Serviço Social |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFJF |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Serviço Social |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFJF instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) instacron:UFJF |
instname_str |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
instacron_str |
UFJF |
institution |
UFJF |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFJF |
collection |
Repositório Institucional da UFJF |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15513/1/joycequeirogaresende.pdf https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15513/2/license_rdf https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15513/3/license.txt https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15513/4/joycequeirogaresende.pdf.txt https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15513/5/joycequeirogaresende.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
c262551444502b004bda61ccf7edaecb c4c98de35c20c53220c07884f4def27c 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 b14e26ff0ddecd7e2c1a8608d5674a73 3e8219aa53f4712daf5b8caf025dd57e |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801661304862146560 |