Assistência oncológica a mulheres com câncer de mama: avaliação da qualidade de vida e dos tempos de espera para diagnóstico e tratamento
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14676 |
Resumo: | Contexto: o tempo de espera prolongado para diagnóstico e início do tratamento do câncer de mama usualmente resulta no diagnóstico da doença em estádios avançados e assim, requer terapêuticas mais agressivas que afetam diretamente a qualidade de vida das pacientes. Objetivo: Avaliar a assistência oncológica às mulheres diagnosticadas com câncer de mama a partir da análise da qualidade de vida e do tempo de espera para diagnóstico e início do tratamento, bem como analisar os fatores associados em um Centro de Referência em Oncologia da Zona da Mata Mineira. Método: para avaliação do tempo de espera - coorte retrospectiva com 477 mulheres diagnosticadas com câncer de mama entre 2014-2016. As análises foram realizadas pelo método de Kaplan-Meier e pelo modelo de regressão de Cox. Para análise da qualidade de vida e a associação entre o tempo de espera e a qualidade de vida - estudo transversal com 101 mulheres diagnosticadas com câncer de mama entre 2014 e 2016. A qualidade de vida foi avaliada através dos questionários EORTC QLQ-C30 e BR-23. Foram utilizados os testes T de student, U de Mann-Whitney e Kruskal–Wallis com post-hoc de Dunn. Resultados: o tempo mediano para diagnóstico foi de 70 dias, sendo menor para mulheres que descobriram a doença por exames de rastreamento e diagnosticadas em estádios iniciais. O tempo mediano para o tratamento foi de 32 dias, sendo menor para as mulheres assistidas pela rede privada, com alta escolaridade e diagnosticadas em estádios iniciais. Em relação à qualidade de vida, no questionário QLQ – C30, observou-se escore mediano na escala de saúde global de 75,0 (IQ=33,33), escore médio na escala funcional de 75,99 (DP=19,26) e escore médio na escala de sintomas de 19,67 (DP=16,91). No questionário QLQ – BR23, foi verificado escore médio na escala funcional de 61,89 (DP=17,21) e escore médio na escala de sintomas de 21,21 (DP=16,94). Identificou-se melhores escores de qualidade de vida entre as mulheres com idade superior a 50 anos, de raça negra, com mais de 8 anos de estudo completos, que viviam com companheiro, que exerciam atividade remunerada, que foram assistidas pela rede privada, com renda per capita acima de meio salário mínimo, das classes econômicas A, B e C, que residiam no município sede do serviço, que referiram fazer algum tipo de atividade física, que não reportaram uso de tabaco, que tinham maior escore na escala de religiosidade, que dispunham de maior apoio social, que não apresentavam sobrepeso, que não possuíam comorbidades e que foram submetidas à setorectomia. Observaram-se maiores níveis de qualidade de vida entre as mulheres que tiveram o diagnóstico e tratamento da doença em menor tempo. Conclusão: Constatou-se a relação entre os fatores sociodemográficos, comportamentais e clínicos e o tempo de espera e qualidade de vida de mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Intervenções para promover a saúde e reduzir as iniquidades no acesso aos serviços de saúde podem contribuir para reduzir o tempo de espera para assistência oncológica e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida mesmo após três anos do diagnóstico da doença. |
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Objetivo: Avaliar a assistência oncológica às mulheres diagnosticadas com câncer de mama a partir da análise da qualidade de vida e do tempo de espera para diagnóstico e início do tratamento, bem como analisar os fatores associados em um Centro de Referência em Oncologia da Zona da Mata Mineira. Método: para avaliação do tempo de espera - coorte retrospectiva com 477 mulheres diagnosticadas com câncer de mama entre 2014-2016. As análises foram realizadas pelo método de Kaplan-Meier e pelo modelo de regressão de Cox. Para análise da qualidade de vida e a associação entre o tempo de espera e a qualidade de vida - estudo transversal com 101 mulheres diagnosticadas com câncer de mama entre 2014 e 2016. A qualidade de vida foi avaliada através dos questionários EORTC QLQ-C30 e BR-23. Foram utilizados os testes T de student, U de Mann-Whitney e Kruskal–Wallis com post-hoc de Dunn. Resultados: o tempo mediano para diagnóstico foi de 70 dias, sendo menor para mulheres que descobriram a doença por exames de rastreamento e diagnosticadas em estádios iniciais. O tempo mediano para o tratamento foi de 32 dias, sendo menor para as mulheres assistidas pela rede privada, com alta escolaridade e diagnosticadas em estádios iniciais. Em relação à qualidade de vida, no questionário QLQ – C30, observou-se escore mediano na escala de saúde global de 75,0 (IQ=33,33), escore médio na escala funcional de 75,99 (DP=19,26) e escore médio na escala de sintomas de 19,67 (DP=16,91). No questionário QLQ – BR23, foi verificado escore médio na escala funcional de 61,89 (DP=17,21) e escore médio na escala de sintomas de 21,21 (DP=16,94). 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Intervenções para promover a saúde e reduzir as iniquidades no acesso aos serviços de saúde podem contribuir para reduzir o tempo de espera para assistência oncológica e, consequentemente, melhorar a qualidade de vida mesmo após três anos do diagnóstico da doença.Context: The prolonged waiting time for diagnosis and treatment initiation for breast cancer usually results in the diagnosis of the disease in advanced stages. Thus requires aggressive therapies that affect the patients’ quality of life. Objective: To evaluate breast cancer care based on the analysis of quality of life and waiting time for diagnosis and treatment initiation, as well as analyze the factors associated in an Oncology Reference Center in Minas Gerais, Brazil. Method: to assess waiting time - retrospective cohort with 477 women diagnosed with breast cancer between 2014 and 2016. Analyzes were performed using the Kaplan-Meier method and the Cox regression model. For the analysis of quality of life and the association between waiting time and quality of life - cross-sectional study with 101 women diagnosed with breast cancer between 2014 and 2016. Quality of life was assessed using the EORTC QLQ-C30 and BR-23 questionnaires. Analyzes were performed using the Student's T test, the Mann-Whitney test, the Kruskal–Wallis test and Dunn's post-hoc test. Results: the median time to diagnosis was 70 days, being shorter for those who discovered the disease by screening tests and diagnosed in early stages. The median time for treatment was 32 days, being shorter for women assisted by the private network, with high schooling and diagnosed in early stages. Regarding quality of life, in the QLQ – C30 questionnaire, there was a median score on the global health scale of 75.0 (IQ=33.33), a mean score on the functional scale of 75.99 (SD=19, 26) and a mean score on the symptom scale of 19.67 (SD=16.91). In the QLQ – BR23 questionnaire, there was a mean score on the functional scale of 61.89 (SD=17.21), and a mean score on the symptoms scale of 21.21 (SD=16.94). Better quality of life scores were identified among women over 50 years old, black race, with more than 8 years of schooling completed, who lived with a partner, who had a paid job, who were assisted by the private care, with per capita income above half the minimum wage, from economic classes A, B and C, who resided in the municipality where the service was provided, who did some type of physical activity, who did not use tobacco, with a higher score on the scale of religiosity, who had greater social support, who were not overweight, who did not have comorbidities and who underwent sectorectomy. Higher levels of quality of life were observed among women who had the diagnosis and treatment of the disease in a shorter time. Conclusions: there is a great influence of sociodemographic, behavioral and clinical factors on the waiting time and quality of life of women diagnosed with breast cancer. Interventions to promote health, reduce inequities in access to health services can contribute to reducing the waiting time for cancer care, and consequently, improve quality of life even three years after diagnosis.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Saúde ColetivaUFJFBrasilFaculdade de MedicinaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVANeoplasias da mamaDiagnóstico tardioTempo para o tratamentoAssistência públicaQualidadeAcesso e avaliação da assistência à saúdeQualidade de vidaFatores sociodemográficoEstilo de vidaBreast cancerLate diagnosisTime for treatmentPublic assistanceQualityAccess and evaluation of health careQuality of lifeSociodemographic factorsLifestyleAssistência oncológica a mulheres com câncer de mama: avaliação da qualidade de vida e dos tempos de espera para diagnóstico e tratamentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14676/1/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14676/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALangelicaatalalombelocampos.pdfangelicaatalalombelocampos.pdfapplication/pdf8534022https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14676/3/angelicaatalalombelocampos.pdfb1042d296569ca211039acdfea4e233fMD53TEXTangelicaatalalombelocampos.pdf.txtangelicaatalalombelocampos.pdf.txtExtracted texttext/plain433159https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14676/4/angelicaatalalombelocampos.pdf.txte29cdce02fc147cb241003f4ba9ed87cMD54THUMBNAILangelicaatalalombelocampos.pdf.jpgangelicaatalalombelocampos.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1142https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/14676/5/angelicaatalalombelocampos.pdf.jpg8ba25097c27d3cb5e1bb1fade91338b8MD55ufjf/146762024-01-30 04:04:30.928oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/14676Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2024-01-30T06:04:30Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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