Prevalência da tuberculose urogenital em pacientes portadores do vírus HIV
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15965 |
Resumo: | A tuberculose urogenital (TUG) tem um acometimento sequencial do trato urinário. Pelo diagnóstico difícil e tardio, pode resultar em destruição do trato urogenital e até insuficiência renal grave. Apesar de ser uma doença rara, pode acometer até 10% dos pacientes portadores do HIV. O objetivo do estudo foi identificar a prevalência de TUG em pacientes portadores do vírus HIV. Foi realizado um estudo de prevalência de TUG em dois grupos de pacientes portadores do HIV: a) portadores de sintomas sugestivos de TUG; e b) pacientes internados independente de sintomas. Os indivíduos foram submetidos a anamnese com caracterização de sintomas urogenitais e avaliação da situação da infecção pelo HIV. Foram realizados os exames de sedimentoscopia e urocultura tradicional, cultura de urina para bacilos álcool-ácido resistentes em meio de Löwenstein-Jensen (LJ) em 6 amostras de dias diferentes e testes de PCR para tuberculose na urina. Foi considerado positivo para TUG a positividade de cultura ou PCR. Foram avaliados 181 pacientes, sendo 100 pacientes ambulatoriais e 81 internados. Os pacientes internados apresentaram menor controle da infecção pelo HIV com maior porcentagem de pacientes com carga viral detectável e CD4 menor que 200Cel/mm³. Foi diagnosticado apenas um paciente com TUG, por meio de PCR positivo, mas com as seis amostras de urina com cultura negativa. Tratase de paciente do sexo masculino com 40 anos, com CD4 menor que 200Cel/mm³, que foi internado e teve diagnóstico de tuberculose disseminada com tuberculose pulmonar miliar, intestinal e TUG, sem sintomas urológicos, mas presença de hematúria e piúria estéril no exame de urina. A tomografia computadorizada de abdômen mostrou nefromegalia bilateral. Com apenas este caso, a prevalência geral da TUG nos pacientes com infecção pelo HIV foi de 0,55%. Porém, quando avaliamos outros subgrupos, temos prevalência de TUG de 1,9% em pacientes com carga viral detectável, de 2,6% em pacientes com CD4 abaixo de 200Cel/mm³, de 5,3% e 6,7% de prevalência para hematúria e piúria estéril respectivamente. Apenas um outro paciente também apresentou alteração na sedimentoscopia (hematúria ou piúria estéril) e CD4 menor que 200Cel/mm³, o que caraterizaria uma prevalência de 50% para TUG. A prevalência de TUG em pacientes portadores do HIV é baixa. Contudo, podemos ainda encontrar tuberculose dissemina associada a TUG em pacientes com descontrole da infecção pelo HIV. A prevalência de TUG em pacientes com CD4 menor que 200Cel/mm³ e alterações no EAS pode ser alta, mas não pôde ser caracterizada neste estudo, devido ao baixo número de indivíduos com essas características. |
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Figueiredo, André Avarese dehttps://buscatextual.cnpq.br/Bastos, André Nettohttps://buscatextual.cnpq.br/Fernandes, Natália Maria da Silvahttps://buscatextual.cnpq.br/Lucon, Marcoshttps://buscatextual.cnpq.br/https://buscatextual.cnpq.br/Ramos, Bruno Duque2023-09-29T13:25:02Z2023-09-292023-09-29T13:25:02Z2023-09-14https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15965A tuberculose urogenital (TUG) tem um acometimento sequencial do trato urinário. Pelo diagnóstico difícil e tardio, pode resultar em destruição do trato urogenital e até insuficiência renal grave. Apesar de ser uma doença rara, pode acometer até 10% dos pacientes portadores do HIV. O objetivo do estudo foi identificar a prevalência de TUG em pacientes portadores do vírus HIV. Foi realizado um estudo de prevalência de TUG em dois grupos de pacientes portadores do HIV: a) portadores de sintomas sugestivos de TUG; e b) pacientes internados independente de sintomas. Os indivíduos foram submetidos a anamnese com caracterização de sintomas urogenitais e avaliação da situação da infecção pelo HIV. Foram realizados os exames de sedimentoscopia e urocultura tradicional, cultura de urina para bacilos álcool-ácido resistentes em meio de Löwenstein-Jensen (LJ) em 6 amostras de dias diferentes e testes de PCR para tuberculose na urina. Foi considerado positivo para TUG a positividade de cultura ou PCR. Foram avaliados 181 pacientes, sendo 100 pacientes ambulatoriais e 81 internados. Os pacientes internados apresentaram menor controle da infecção pelo HIV com maior porcentagem de pacientes com carga viral detectável e CD4 menor que 200Cel/mm³. Foi diagnosticado apenas um paciente com TUG, por meio de PCR positivo, mas com as seis amostras de urina com cultura negativa. Tratase de paciente do sexo masculino com 40 anos, com CD4 menor que 200Cel/mm³, que foi internado e teve diagnóstico de tuberculose disseminada com tuberculose pulmonar miliar, intestinal e TUG, sem sintomas urológicos, mas presença de hematúria e piúria estéril no exame de urina. A tomografia computadorizada de abdômen mostrou nefromegalia bilateral. Com apenas este caso, a prevalência geral da TUG nos pacientes com infecção pelo HIV foi de 0,55%. Porém, quando avaliamos outros subgrupos, temos prevalência de TUG de 1,9% em pacientes com carga viral detectável, de 2,6% em pacientes com CD4 abaixo de 200Cel/mm³, de 5,3% e 6,7% de prevalência para hematúria e piúria estéril respectivamente. Apenas um outro paciente também apresentou alteração na sedimentoscopia (hematúria ou piúria estéril) e CD4 menor que 200Cel/mm³, o que caraterizaria uma prevalência de 50% para TUG. A prevalência de TUG em pacientes portadores do HIV é baixa. Contudo, podemos ainda encontrar tuberculose dissemina associada a TUG em pacientes com descontrole da infecção pelo HIV. A prevalência de TUG em pacientes com CD4 menor que 200Cel/mm³ e alterações no EAS pode ser alta, mas não pôde ser caracterizada neste estudo, devido ao baixo número de indivíduos com essas características.Urogenital tuberculosis (UGT) affects the urinary tract in a sequential manner. Due to its difficult and delayed diagnosis, it can lead to the destruction of the urogenital tract and even terminal renal failure. Although it is a rare disease, it can affect up to 10% of HIV-infected patients. The study aimed to identify the prevalence of UGT in HIV-infected patients. A prevalence study of UGT was conducted in two groups of HIVinfected patients: a) those with suggestive symptoms of UGT; and b) hospitalized patients regardless of symptoms. The individuals underwent anamnesis to characterize urogenital symptoms and evaluate the status of HIV infection. Sedimentoscopia and traditional urine culture, urine culture for acid-fast bacilli on Löwenstein-Jensen (LJ) medium on 6 samples from different days, and PCR tests for tuberculosis in urine were performed. UGT was considered positive if culture or PCR results were positive. A total of 181 patients were evaluated, including 100 outpatients and 81 inpatients. Hospitalized patients showed more uncontrolled HIV infection, with a higher percentage of patients with detectable viral load and CD4 count below 200 cells/mm³. Only one patient with UGT was diagnosed, with a positive PCR result but negative urine culture in all six samples. This patient was a 40-year-old male with CD4 count below 200 cells/mm³, who was hospitalized and diagnosed with disseminated tuberculosis, including miliary pulmonary tuberculosis, intestinal tuberculosis, and UGT, without urological symptoms but with the presence of hematuria and sterile pyuria in the urine examination. Abdominal computed tomography showed bilateral nephromegaly. With only this case, the overall prevalence of UGT in HIV-infected patients was 0.55%. However, when considering other subgroups, the prevalence of UGT was 1.9% in patients with detectable viral load, 2.6% in patients with CD4 count below 200 cells/mm³, and 5.3% and 6.7% for hematuria and sterile pyuria, respectively. Only one other patient also had abnormalities in sedimentoscopia (hematuria or sterile pyuria) and CD4 count below 200 cells/mm³, which would characterize a prevalence of 50% for UGT. The prevalence of UGT in HIV-infected patients is low. However, disseminated tuberculosis associated with UGT can still be found in patients with uncontrolled HIV infection. The prevalence of UGT in patients with CD4 count below 200 cells/mm³ and abnormalities in urine analysis may be high, but it could not be characterized in this study due to the small number of individuals with these characteristicsporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Saúde BrasileiraUFJFBrasilFaculdade de MedicinaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDETuberculose urogenitalTuberculose extrapulmonarHIVImunossupressãoAIDSUrogenital tuberculosisExtrapulmonary tuberculosisImmunodeficiencyPrevalência da tuberculose urogenital em pacientes portadores do vírus HIVinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALbrunoduqueramos.pdfbrunoduqueramos.pdfapplication/pdf736730https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15965/1/brunoduqueramos.pdf591fd4698fe2542aa75ad2f86eec7a48MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15965/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15965/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTbrunoduqueramos.pdf.txtbrunoduqueramos.pdf.txtExtracted texttext/plain79214https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15965/4/brunoduqueramos.pdf.txt6dc2d9eb8bac3e0286c23e03cfb308e1MD54THUMBNAILbrunoduqueramos.pdf.jpgbrunoduqueramos.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1178https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/15965/5/brunoduqueramos.pdf.jpg86294cdf93df5aa2d44384f5f259e9acMD55ufjf/159652023-09-30 03:04:27.501oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/15965Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2023-09-30T06:04:27Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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