Batucando a existência

• Autor(a) principal: Arcanjo, Fabrícia do Valle
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00044; https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14368
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO; Batucada; Saberes; Mestrias; Performance; Knowledge; Masters; Performance

A presente tese destina-se a desenvolver a batucada como noção, em uma perspectiva expandida. Nessa direção, a batucada enquanto forma de expressão e percurso investigativo do âmbito dos Estudos Literários. Portanto, a batucada, de maneira ampliada, como campo de vivências e movimentações do âmbito das mestrias, relacionada a mestres e mestras. Enfim, a mesma a ser compreendida como tecnologia e saber atrelado a aspectos históricos, sociais, econômicos e políticos. Interessa-nos, pois, reafirmar traços relativos à dimensão humana que tende a compor suas tramas e fios, a marcar e demarcar seus processos de adequações e readequações tecnológicas, principalmente, a partir do início do século XX. Entre a rigidez e o rigor, interessa compreender a batucada como linguagem cultural, ou seja, prática criativa, investigativa, pedagógica e lugar no qual se produz a escuta, ao mesmo tempo em que é produzida. Assim, a batucada, mais do que como sistema de comunicação de ideias ou sentimentos, mas como espécie de dialeto a disponibilizar sensações e expressividade. Desta forma, esta tese traz como objetivos gerais a possibilidade de contribuir para a democratização, a circulação e a difusão do acesso a bens culturais imateriais como a batucada, bem como intenciona poder interferir, de modo efetivo e equânime, na mediação de cada vez mais presenças de mestres e mestras genuínas de saberes e tecnologias autênticas, nos mais diferentes espaços da sociedade. Em termos específicos, este estudo busca ir ao encontro de articular pontos relativos ao que pode ser importante e necessário à revisão da própria batucada enquanto concepção em si mesma, a se encaminhar por mais possibilidades de apresentações do que propriamente representações ao entendimento de batucar. Dessa maneira, o caminho percorrido se deu no âmbito interdisciplinar, intertextual e a partir de revisão bibliográfica com recortes que se relacionam com textos conceituais e teóricos como filmes, músicas, danças, pinturas, poemas e histórias lidas, ouvidas e vistas, entre outras narrativas que contribuíram teoricamente ao trabalho. Nessa direção, por fim, visualizamos o pensamento na iminência de poder ser tecido como batucada e vice-versa, como meio de expressar e proceder.