Pandemia e mercado de trabalho no Brasil: composição e determinantes

• Autor(a) principal: Manhães, Gabriel Souza
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14937
• topic: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS; Capital humano; COVID-19; Pandemia; Desigualdade; Mercado de trabalho; Human capital; Pandemic; Inequality; Labor market

A pandemia causou diversas consequências tanto no âmbito econômico quanto no social. No Brasil, em especial, ela agravou ainda mais as já existentes e profundas desigualdades sociais, econômicas, de gênero e de raça. Desigualdades essas que se estendem para o mercado de trabalho e que, por consequência, fazem com que os efeitos da pandemia sobre essas minorias sejam também diferentes dentro dele. Um desses efeitos é a perda de capital humano dentro do mercado de trabalho. Em decorrência dessa perda de capital humano relacionada ao falecimento e/ou desligamento de trabalhadores, a COVID-19 mudou de forma importante o mercado de trabalho brasileiro e, dessa forma, suas consequências devem ser analisadas. Portanto, o objetivo dessa monografia é de mostrar quais foram os perfis de trabalhadores mais afetados pela pandemia, ilustrando suas principais características, usando dados do mercado de trabalho, levando em consideração diversas particularidades desse grupo (trabalhadores) como raça, gênero, escolaridade e idade. Com isso, foi possível traçar características padrões para definir, através dos dados de municípios, os trabalhadores que mais foram afetados pela pandemia, com um olhar especial para o mercado de trabalho. Para tal, foi utilizado principalmente o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), que possui dados de desligamentos, admissões, além de suas causas e informações dos trabalhadores envolvidos de forma mensal, com a junção de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Ministério da Saúde (MS). Como resultado, foi encontrado que homens, não brancos, pouco qualificados e mais jovens foram as características que mais se sobressaíram em relação aos mais afetados pela pandemia no mercado de trabalho brasileiro.