A política monetária não convencional: o quantitative easing (QE) nos EUA, Reino Unido e Japão e o involuntary easing (IE) no Brasil

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Autor(a) principal: Lima Junior, Luiz Antônio de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1373
Resumo: Esta tese objetivou o estudo empírico da política monetária não convencional adotada pelos nos EUA, Japão e Reino Unido após a crise subprime e a expansão monetária brasileira no contexto da nova matriz macroeconômica. A política monetária adotada pelos três países desenvolvidos supracitados, conhecida como Quantitative Easing (QE), é baseada na explicação do economista Milton Friedman acerca da Grande Depressão que ocorreu nos EUA na década de 1930, que tem a teoria quantitativa da moeda como base. Segundo Friedman a causa da depressão foi a não ação do FED (Federal Reserve Board), que permitiu que o estoque de moeda dos EUA caísse em torno de 30%. Os bancos centrais norte-americano, britânico e nipônico, que no auge da crise em 2008 estavam com a taxa de juros próxima a zero, iniciaram uma expansão sem precedentes da base monetária, no momento que o estoque de moeda começou a dar sinais de queda. No caso brasileiro ocorreu uma expansão monetária diferente dos países que praticaram o QE. Mesmo com taxas de juros elevadas, o Brasil teve uma forte expansão de crédito, que passou de 24% do PIB em 2003 para 50% em 2014. Esta política que a priori foi chamada de Involuntary Easing (IE), ocorreu no contexto que a autoridade monetária brasileira trabalhava em uma conjuntura econômica favorável e o governo dava incentivo ao aumento da oferta de crédito por meio de medidas econômicas alternativas. Em termos comparativos com o QE, no IE mesmo sem aumentos da base monetária, o estoque de moeda aumenta. Os dados apontam para a relação positiva entre a evolução dos agregados monetários e a recuperação da economia dos EUA, Reino Unido e Japão no contexto do QE. De forma análoga outros indicadores apontam essa relação para o Brasil até 2008, no contexto do IE. Com a finalidade de testar essas relações, que dado a sua contemporaneidade a literatura é incipiente, esse trabalho adotou a abordagem ARDL de Pesaran, Shin e Smith (2001). O primeiro capítulo analisou o impacto do QE no produto dos três países que o adotaram entre 2008-2014 enquanto o segundo capítulo investiga os transbordamentos do QE no mercado de ações desses países. No terceiro capítulo foi estudado o impacto do IE no produto brasileiro entre 2003-2014. A conclusão que este trabalho chegou foi que o uso de agregados monetários como instrumento de política monetária teve impacto positivo no PIB e no mercado de ações dos EUA, Reino Unido e Japão. No caso do Brasil, os resultados mostram que a partir de 2010 a relação entre agregados monetários e o produto não é significante.
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A política monetária adotada pelos três países desenvolvidos supracitados, conhecida como Quantitative Easing (QE), é baseada na explicação do economista Milton Friedman acerca da Grande Depressão que ocorreu nos EUA na década de 1930, que tem a teoria quantitativa da moeda como base. Segundo Friedman a causa da depressão foi a não ação do FED (Federal Reserve Board), que permitiu que o estoque de moeda dos EUA caísse em torno de 30%. Os bancos centrais norte-americano, britânico e nipônico, que no auge da crise em 2008 estavam com a taxa de juros próxima a zero, iniciaram uma expansão sem precedentes da base monetária, no momento que o estoque de moeda começou a dar sinais de queda. No caso brasileiro ocorreu uma expansão monetária diferente dos países que praticaram o QE. Mesmo com taxas de juros elevadas, o Brasil teve uma forte expansão de crédito, que passou de 24% do PIB em 2003 para 50% em 2014. Esta política que a priori foi chamada de Involuntary Easing (IE), ocorreu no contexto que a autoridade monetária brasileira trabalhava em uma conjuntura econômica favorável e o governo dava incentivo ao aumento da oferta de crédito por meio de medidas econômicas alternativas. Em termos comparativos com o QE, no IE mesmo sem aumentos da base monetária, o estoque de moeda aumenta. Os dados apontam para a relação positiva entre a evolução dos agregados monetários e a recuperação da economia dos EUA, Reino Unido e Japão no contexto do QE. De forma análoga outros indicadores apontam essa relação para o Brasil até 2008, no contexto do IE. Com a finalidade de testar essas relações, que dado a sua contemporaneidade a literatura é incipiente, esse trabalho adotou a abordagem ARDL de Pesaran, Shin e Smith (2001). O primeiro capítulo analisou o impacto do QE no produto dos três países que o adotaram entre 2008-2014 enquanto o segundo capítulo investiga os transbordamentos do QE no mercado de ações desses países. No terceiro capítulo foi estudado o impacto do IE no produto brasileiro entre 2003-2014. A conclusão que este trabalho chegou foi que o uso de agregados monetários como instrumento de política monetária teve impacto positivo no PIB e no mercado de ações dos EUA, Reino Unido e Japão. No caso do Brasil, os resultados mostram que a partir de 2010 a relação entre agregados monetários e o produto não é significante.This study investigated the unconventional monetary policy adopted by central banks in the US, Japan and the United Kingdom after the subprime crisis. This policy, known as quantitative easing (QE), is based on the economist Milton Friedman's explanation of the Great Depression that occurred in the US in the 1930s. According to Friedman the fault for the depression was the FED, which allowed the stock of US currency fall around 30% in less than one year. Based on the interpretation of Friedman, central banks of the above countries, at the height of the crisis in 2008 initiated an unprecedented expansion of the monetary base at the time that the money stock began to signs that was falling. This increase of the monetary base avoided the mistake of the 1930s and averted a new Great Depression in the economy. The Brazil experienced an unconventional monetary policy different from countries that have done QE. Even at high interest rates, Brazil had a strong expansion of credit, which went from 24% of GDP in 2003 to 50% in 2014. This policy this work called Involuntary Easing (IE) occurs since the central bank still has a tight monetary policy, but there is a favorable economic environment, the credit increases. In comparison with the QE in IE even without increases in the monetary base, the money stock increases. In order to study the QE and IE we used monetary aggregates as the main monetary policy instrument through the ARDL approach. The first article analyzes the impact of QE on the product of the three countries that have adopted it between 2008-2014. The second article investigates the spillover of QE in the stock market of these countries. The third article examines the impact of IE in Brazilian product between 2003 to 2014. The conclusion we reached was that there are evidences that the QE had a positive impact on GDP and the stock market of the countries that have adopted it. In the case of IE in Brazil, there are few indications that it had an impact on the Brazilian economy between 2003-2014, this could have occurred mainly by macroeconomic shift in Brazilian economic policy after the subprime crisis.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em EconomiaUFJFBrasilFaculdade de EconomiaCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIAPolítica MonetáriaMacroeconomiaARDLA política monetária não convencional: o quantitative easing (QE) nos EUA, Reino Unido e Japão e o involuntary easing (IE) no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTluizantoniodelimajunior.pdf.txtluizantoniodelimajunior.pdf.txtExtracted texttext/plain179974https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1373/3/luizantoniodelimajunior.pdf.txta48e81c92c0b96d9c8ac0c12109974a6MD53THUMBNAILluizantoniodelimajunior.pdf.jpgluizantoniodelimajunior.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1137https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1373/4/luizantoniodelimajunior.pdf.jpg8dba4ab180c33c073b24ddbb623dd589MD54ORIGINALluizantoniodelimajunior.pdfluizantoniodelimajunior.pdfapplication/pdf1344615https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1373/1/luizantoniodelimajunior.pdf919b5c28418985f06dacdab48d4fc50bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1373/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/13732019-11-07 11:04:42.672oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/1373TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:04:42Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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