Selamento dentinário imediato: uma revisão da literatura

• Autor(a) principal: Andrade, Luís Felipe Eugenio
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17190
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIA; Selamento dentinário imediato; Revestimento de resina; Immediate dentin sealing; Resin coating

Durante o preparo dentário para restaurações indiretas, é comum ocorrerem exposições significativas da dentina, tornando essencial o selamento da superfície dentinária recémcortada. Ao longo de muitos anos, o Selamento Dentinário Tardio (DDS) é tradicionalmente praticado no tratamento de restaurações indiretas. Por meio dessa técnica, o selamento da superfície dentinária ocorre após a fase provisória, durante a consulta de cimentação da restauração definitiva. Contudo, estudos indicam que essa sequência temporal não proporciona condições ideais para procedimentos de adesão, uma vez que os materiais de selamento temporário, como os cimentos provisórios, frequentemente apresentam baixa capacidade de selamento, podendo infiltrar ou deslocar-se antes da consulta seguinte. Como resultado, pode haver comprometimento da adesão, exposição da dentina a contaminação externa e, consequentemente, podendo ocasionar sensibilidade ao paciente. Diante dessa realidade, uma nova abordagem conhecida como Selamento Dentinário Imediato (IDS) foi desenvolvida, na qual a dentina é selada por um agente adesivo imediatamente após o preparo dentário. O objetivo deste trabalho foi revisar a literatura científica a respeito dos benefícios da técnica IDS, suas indicações, sistemas adesivos utilizados e a associação entre IDS e Resin Coating (RC). Foi realizada uma revisão da literatura científica utilizando artigos em inglês disponíveis na base de dados PubMed, publicados entre 2003 e 2023. Como conclusão, a revisão destaca que a técnica IDS é uma prática clínica confiável e bem estabelecida na odontologia. Suas principais vantagens incluem o aprimoramento na resistência de união entre a dentina e material adesivo, proteção contra contaminações externas, redução da sensibilidade dentinária e aumento da durabilidade das restaurações indiretas adesivas. No entanto, devido a falta de padronização da técnica, mais estudos são necessários com a finalidade de esclarecimento sobre o protocolo ideal a ser seguido, como, por exemplo, os métodos de limpeza antes da cimentação. Essas investigações são essenciais não apenas para esclarecer dúvidas, mas também para proporcionar uma compreensão mais aprofundada a respeito do desempenho da técnica IDS no sucesso clínico de restaurações indiretas em substrato dentinário, tanto a curto quanto a longo prazo.