A presença religiosa nas instituições asilares de Juiz de Fora - MG: pluralismo religioso e mercantilização da velhice

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Autor(a) principal: Santos Neto, Ernani Francisco dos
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16992
Resumo: As transformações oriundas da modernidade causaram uma intensa mudança em várias esferas da vida social, trazendo consigo a necessidade de entendimento de novas realidades. Dentre essas mudanças, dois fenômenos se destacam: o primeiro é a transição demográfica e com ela o aumento da população de pessoas idosas. Nessa conjuntura, ganha visibilidade a velhice e, consequentemente, os antigos asilos hoje denominados ILPIs – Instituições de Longa Permanência para Idosos. No passado, estas instituições tinham em si um caráter religioso bem delineado. Com o avanço da ciência, da tecnologia e da expectativa de vida houve a necessidade de repensar os cuidados com a população idosa, principalmente no campo institucional asilar. O avanço do capitalismo e a emergência de novas formas de cuidado ao idoso deram a esta instituição secular uma nova roupagem. Uma variedade de técnicos, especialistas e serviços em saúde transformaram o antigo asilo em um novo lugar (casa, lar, pousada, hospital-dia, hotel, pensionato, clínicas) mais condizente com a modernidade. As ILPIs, além de serem vistas como espaços de assistência, tornaram-se, também, espaços de promoção à saúde e, portanto, híbridos. Frente ao aumento da população idosa, mediada pela quantidade de idosos a procura de instituições na modalidade asilar, as ILPIs abrem suas portas, permitindo e/ou patrocinando também a vivência do religioso em seu interior. Ao adotar novas formas de cuidados, elas buscam superar o então e ainda predominante estigma asilar e, como estratégia, disponibilizam um variado leque de serviços e profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, odontólogos, geriatras, gerontólogos, psicólogos entre outros. A prática religiosa é também uma dessas atividades oferecidas pela instituição e, como resultado, espera-se que haja uma presença de vertentes religiosas no espaço asilar. Acreditamos que esse novo panorama seja um reflexo do fenômeno pluralista, uma situação marcada pela coexistência de pessoas de diferentes etnias, cosmovisões e moralidades, coexistindo de forma amigável e pacífica numa mesma sociedade, e maior visibilidade de uma variedade de antigas e novas expressões religiosas. Outra possibilidade de entendimento é que essa oferta religiosa seja uma estratégia diante do crescente mercado das ILPIs em curso, configurando-se numa verdadeira mercantilização da velhice. A dimensão religiosa passou a ser considerada também como uma dimensão de saúde e, portanto, pode ser utilizada como mais um dos serviços oferecidos pelas ILPIs. Dessa forma, é significativo compreender que relações estabelecem. Esta tese é uma interpretação das circunstâncias em que esses fenômenos ocorrem.
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No passado, estas instituições tinham em si um caráter religioso bem delineado. Com o avanço da ciência, da tecnologia e da expectativa de vida houve a necessidade de repensar os cuidados com a população idosa, principalmente no campo institucional asilar. O avanço do capitalismo e a emergência de novas formas de cuidado ao idoso deram a esta instituição secular uma nova roupagem. Uma variedade de técnicos, especialistas e serviços em saúde transformaram o antigo asilo em um novo lugar (casa, lar, pousada, hospital-dia, hotel, pensionato, clínicas) mais condizente com a modernidade. As ILPIs, além de serem vistas como espaços de assistência, tornaram-se, também, espaços de promoção à saúde e, portanto, híbridos. Frente ao aumento da população idosa, mediada pela quantidade de idosos a procura de instituições na modalidade asilar, as ILPIs abrem suas portas, permitindo e/ou patrocinando também a vivência do religioso em seu interior. Ao adotar novas formas de cuidados, elas buscam superar o então e ainda predominante estigma asilar e, como estratégia, disponibilizam um variado leque de serviços e profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, odontólogos, geriatras, gerontólogos, psicólogos entre outros. A prática religiosa é também uma dessas atividades oferecidas pela instituição e, como resultado, espera-se que haja uma presença de vertentes religiosas no espaço asilar. Acreditamos que esse novo panorama seja um reflexo do fenômeno pluralista, uma situação marcada pela coexistência de pessoas de diferentes etnias, cosmovisões e moralidades, coexistindo de forma amigável e pacífica numa mesma sociedade, e maior visibilidade de uma variedade de antigas e novas expressões religiosas. Outra possibilidade de entendimento é que essa oferta religiosa seja uma estratégia diante do crescente mercado das ILPIs em curso, configurando-se numa verdadeira mercantilização da velhice. A dimensão religiosa passou a ser considerada também como uma dimensão de saúde e, portanto, pode ser utilizada como mais um dos serviços oferecidos pelas ILPIs. Dessa forma, é significativo compreender que relações estabelecem. Esta tese é uma interpretação das circunstâncias em que esses fenômenos ocorrem.The transformations arising from modernity have caused an intense change in various spheres of social life, bringing with them the need to understand new realities. Among these changes, two phenomena stand out: the first is the demographic transition and with it the increase in the population of elderly people. At this juncture, old age gains visibility and, consequently, the old nursing homes, today called ILPIs – Long-stay Institutions for the Elderly. In the past, these institutions had a clearly defined religious character. With the advancement of science, technology and life expectancy, there was a need to rethink care for the elderly population, especially in the nursing home institutional field. The advance of capitalism and the emergence of new forms of care for the elderly gave this centuries-old institution a new look. A variety of technicians, specialists and health services transformed the old asylum into a new place (house, home, inn, day hospital, hotel, boarding house, clinics) more in keeping with modernity. ILPIs, in addition to being seen as care spaces, have also become spaces for health promotion, and, therefore, hybrids. Faced with the increase in the elderly population, mediated by the number of elderly people looking for institutions in the nursing home modality, the ILPIs open their doors, also allowing and/or sponsoring the religious experience within them. By adopting new forms of care, they seek to overcome the then and still prevalent stigma of nursing homes and, as a strategy, provide a wide range of services and health professionals: doctors, nurses, physiotherapists, nutritionists, dentists, geriatricians, gerontologists, psychologists, among others. Religious practice is also one of these activities offered by the institution and, as a result, it is expected that there will be a presence of religious aspects in the asylum space. We believe that this new panorama reflects the pluralist phenomenon, a situation marked by the coexistence of people of different ethnicities, worldviews and moralities, coexisting in a friendly and peaceful way in the same society, and greater visibility of a variety of old and new religious expressions. Another possibility of understanding is that this religious offer is a strategy in the face of the growing market of LTCFs in progress, configuring a true commodification of old age. The religious dimension also came to be considered as a health dimension and, therefore, can be used as another of the services offered by ILPIs. Therefore, it is important to understand what relationships they establish. This thesis is an interpretation of the circumstances in which these phenomena occur.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Ciência da ReligiãoUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANASReligiãoILPIsSaúdePluralismo religiosoMercantilização da velhiceReligionHealthReligious pluralismCommodification of old ageA presença religiosa nas instituições asilares de Juiz de Fora - MG: pluralismo religioso e mercantilização da velhiceinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16992/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16992/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53ORIGINALernanifranciscodossantosneto.pdfernanifranciscodossantosneto.pdfapplication/pdf4716004https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16992/1/ernanifranciscodossantosneto.pdf1a43e150091eb89709b46841b9642e4aMD51TEXTernanifranciscodossantosneto.pdf.txternanifranciscodossantosneto.pdf.txtExtracted texttext/plain458958https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16992/4/ernanifranciscodossantosneto.pdf.txt4e2c4e3f0f1e40fd14c50cfb11a6f784MD54THUMBNAILernanifranciscodossantosneto.pdf.jpgernanifranciscodossantosneto.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1183https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16992/5/ernanifranciscodossantosneto.pdf.jpgbc9c6a68a9d40013bbe8fb19ef8cc682MD55ufjf/169922024-08-02 03:04:24.37oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/16992Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2024-08-02T06:04:24Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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