Estigma internalizado e suporte social entre dependentes de crack em situação de vulnerabilidade social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Gabriela Correia Lubambo
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/984
Resumo: Existe atualmente no Brasil uma preocupação em se estudar a população usuária de crack, uma vez que o uso dessa substância trouxe maior complexidade para o planejamento de estratégias de enfrentamento ao consumo. A dependência de substâncias psicoativas é uma condição altamente estigmatizada, tendo como principal consequência a internalização do estigma, que ocorre quando o indivíduo se torna consciente dos estereótipos negativos associados à sua condição e aplica-os a si próprio. O suporte social tem sido descrito como uma importante ferramenta para o enfrentamento do estigma e para o restabelecimento dos laços sociais. Diante disso, o presente estudo apresentou dois objetivos: (1) Revisar a literatura científica acerca da relação entre estigma internalizado e suporte social; (2) Avaliar a relação entre estigma internalizado e suporte social entre dependentes de crack em situação de vulnerabilidade social. Para responder ao primeiro objetivo, foram analisados 13 estudos cujos resultados indicaram uma associação negativa entre estigma internalizado e suporte social, sendo o suporte social uma estratégia de enfrentamento ao estigma. Quanto ao segundo objetivo, foram entrevistados 114 dependentes de crack, utilizando os instrumentos: Questionário Sociodemográfico, MINI, Versão Brasileira da ISMI adaptada para Dependentes de Substâncias e Escala de Suporte Social para Pessoas Vivendo com HIV/AIDS adaptada para dependentes de substâncias. Noventa e cinco por cento dos participantes eram do sexo masculino com média de idade de 36,5 anos (DP=8,2), 70% não estavam trabalhando, 58,2% estudaram até o Ensino Fundamental, e 85% relataram não viver com algum companheiro. Cerca de 74% eram pessoas em situação de rua. As associações entre estigma internalizado e suporte social foram examinadas através da análise de correlação. As análises revelaram que a correlação entre as variáveis de suporte social e estigma internalizado não foi estatisticamente significativa. Entretanto, ao se avaliar esta relação a partir das fontes de suporte relatadas pelos participantes encontrou-se que ter apoio de profissionais de saúde e de familiares não parece ser suficiente para diminuir o estigma internalizado. Os resultados ressaltam a importância da realização de estudos que aprofundem no conhecimento das relações sociais dos dependentes de crack, a fim de que propostas de enfrentamento ao estigma internalizado possam ser elaboradas de forma ajustada às suas necessidades.
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A dependência de substâncias psicoativas é uma condição altamente estigmatizada, tendo como principal consequência a internalização do estigma, que ocorre quando o indivíduo se torna consciente dos estereótipos negativos associados à sua condição e aplica-os a si próprio. O suporte social tem sido descrito como uma importante ferramenta para o enfrentamento do estigma e para o restabelecimento dos laços sociais. Diante disso, o presente estudo apresentou dois objetivos: (1) Revisar a literatura científica acerca da relação entre estigma internalizado e suporte social; (2) Avaliar a relação entre estigma internalizado e suporte social entre dependentes de crack em situação de vulnerabilidade social. Para responder ao primeiro objetivo, foram analisados 13 estudos cujos resultados indicaram uma associação negativa entre estigma internalizado e suporte social, sendo o suporte social uma estratégia de enfrentamento ao estigma. Quanto ao segundo objetivo, foram entrevistados 114 dependentes de crack, utilizando os instrumentos: Questionário Sociodemográfico, MINI, Versão Brasileira da ISMI adaptada para Dependentes de Substâncias e Escala de Suporte Social para Pessoas Vivendo com HIV/AIDS adaptada para dependentes de substâncias. Noventa e cinco por cento dos participantes eram do sexo masculino com média de idade de 36,5 anos (DP=8,2), 70% não estavam trabalhando, 58,2% estudaram até o Ensino Fundamental, e 85% relataram não viver com algum companheiro. Cerca de 74% eram pessoas em situação de rua. As associações entre estigma internalizado e suporte social foram examinadas através da análise de correlação. As análises revelaram que a correlação entre as variáveis de suporte social e estigma internalizado não foi estatisticamente significativa. Entretanto, ao se avaliar esta relação a partir das fontes de suporte relatadas pelos participantes encontrou-se que ter apoio de profissionais de saúde e de familiares não parece ser suficiente para diminuir o estigma internalizado. Os resultados ressaltam a importância da realização de estudos que aprofundem no conhecimento das relações sociais dos dependentes de crack, a fim de que propostas de enfrentamento ao estigma internalizado possam ser elaboradas de forma ajustada às suas necessidades.In Brazil, there is now a concern in studying crack dependents, since the use of this substance brought greater complexity to the planning of coping strategies for consumption. Substance dependence is a highly stigmatized condition, having internalized stigma as the main effect, which occurs when the individual becomes aware of the negative stereotypes associated with his condition and applies them to himself. Social support has been described as an important tool for fighting stigma and repairing social ties. Thus, the aims of this study were: (1) to review the literature regarding the relationship between internalized stigma and social support, (2) to evaluate the relationship between internalized stigma and social support among crack dependents in social vulnerability . For the first aim, 13 studies were analyzed whose results indicated a negative association between internalized stigma and social support, with social support as acoping strategy to stigma. Regarding the second aim, 114 crack dependentes were interviewed, using the instruments: Sociodemographic Questionnaire, MINI International Neuropsychiatric Interview, Brazilian version of ISMI scale adapted for Substance Dependent and Social Support for People Living with HIV/AIDS adapted for substance dependence. Ninety-five percent of participants were male with a mean age of 36.5 years (SD=8.2) , 70% were unemployed , 58.2% studied up to elementary school , and 85% reported not living with a partner. About 74 % were homeless. The associations between internalized stigma and social support were examined by correlation analysis. The analysis showed that the correlation between the support and social stigma internalized was not statistically significant. However, when evaluating this relationship from the sources of support reported by the participants, we found that having support from health professionals and family members do not seem to be enough to reduce internalized stigma. The results highlight the importance of studies that deepen the understanding of social relations of crack dependents, so that coping strategies for internalized stigma can be developed according to their needs.porUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em PsicologiaUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIAEstigma InternalizadoSuporte SocialDependentes de CrackVulnerabilidade SocialInternalized StigmaSocial SupportCrack DependentesSocial VulnerabilityEstigma internalizado e suporte social entre dependentes de crack em situação de vulnerabilidade socialinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTgabrielacorreialubamboferreira.pdf.txtgabrielacorreialubamboferreira.pdf.txtExtracted texttext/plain244587https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/984/3/gabrielacorreialubamboferreira.pdf.txt6e379215e838c60ca33c4d7d782094f1MD53THUMBNAILgabrielacorreialubamboferreira.pdf.jpggabrielacorreialubamboferreira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1255https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/984/4/gabrielacorreialubamboferreira.pdf.jpg627bc60346a4601d446280c2b27d1e0fMD54ORIGINALgabrielacorreialubamboferreira.pdfgabrielacorreialubamboferreira.pdfapplication/pdf1797589https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/984/1/gabrielacorreialubamboferreira.pdf6f7a48189b07c886def0eba6c9622a6fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/984/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/9842019-11-07 11:13:40.886oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/984TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:13:40Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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