Nos altares do crime: obras sacras em estado de alerta – Minas Gerais (1998-2021)

• Autor(a) principal: Nascimento, Denismara Eugênia de Oliveira
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15426
• topic: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA; Obra sacra; Patrimônio cultural; Minas Gerais; Sacred work; Cultural heritage; Minas Gerais

A dissertação apresentada analisa as agressões e atentados contra o patrimônio cultural, por meio do desaparecimento de obras sacras em edificações religiosas, que já acontecem desde o século XIX, em Minas Gerais – Brasil. O desaparecimento de obras sacras evidencia o desfalque no acervo cultural brasileiro e, principalmente, nos grupos que as vivenciavam. O interesse em pesquisar os desaparecimentos em cidades coloniais mineiras surgiu em função do grande número de bens subtraídos no Estado. Segundo o jornal Estado de Minas, de 24 de março de 2010, a Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico registrou cerca de 689 peças que não estariam mais em seu local de origem. Com isso, esses bens passaram a ser alvo de quadrilhas altamente especializadas, enriquecendo o tráfico de arte e patrimônio. Esse crime está no topo da lista dos maiores tráficos do mundo, sendo recorrente até os nossos dias e não resultando, em sua maioria, na recuperação dos acervos furtados. Há uma mistura de interesses pecuniários, culturais e sociais, que redundam nas diferentes formas de valorização desses objetos. Para a realização desta pesquisa, utilizamos como base notícias e publicações em jornais impressos e eletrônicos sobre furtos de obras sacras, tratando do seu desaparecimento e, por vezes, da recuperação desses objetos. Iremos, também, dar destaque ao crime ocorrido no distrito de Santo Antônio do Rio das Mortes através de entrevistas realizadas com membros da comunidade. Viabilizou-se um estudo importante ao se pensarem esses objetos como segmento de uma identidade, fruto da vivência de grupos, que participam dessa cultura. Pretendemos, portanto, perceber o impacto desses furtos para o patrimônio cultural.