Viver honradamente de ofícios: trabalhadores manuais livres, garantias e rendeiros em Mariana (1709-1750)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Fabiano Gomes da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5931
Resumo: O trabalho e os trabalhadores foram recorrentemente entendidos e explicados pela ótica da desvalorização e da desclassificação social no período colonial. Não se nega completamente esse quadro analítico, mas se deve matizá-lo, e foi nessa direção que a pesquisa caminhou. Partiu-se da premissa de que a experiência nascida do trabalho honesto e justo também concorria para a classificação social na época Moderna. O ambiente mineiro do termo de Mariana (1709-1750) foi tomado como lócus de análise para se compreender o viver do trabalho a jornal, à soldada e à empreita como recurso disponível e válido de classificação social. Para isso, foi necessário: i) reconstituir parcela do mercado de trabalho livre numa sociedade escravista colonial; ii) entender os mecanismos de acesso e atuação no mercado de trabalho, bem como as redes de garantias e créditos locais; iii) narrar os fragmentos das trajetórias, dos comportamentos e das estratégias dos mestres e oficiais de ofícios manuais da localidade. O resultado foi o dimensionamento do trabalhador manual livre como parte decisiva da dinâmica econômica e social na cidade de Mariana, pois nem tudo se resolveu com os carregamentos de mercadorias de outras regiões coloniais ou do Atlântico. Assim, tem-se um trabalhador livre que exercia seu ofício útil e de forma honrada na comunidade. As trajetórias dos mestres Antônio Coelho da Fonseca, Pedro Rodrigues da Costa e João Marques Pimenta mostram, por exemplo, que o ofício manual aprendido ou herdado era sustento e fonte do procedimento decente e honrado, que, inclusive, podia trazer a distinção e a fazenda necessária ao viver como se nobre fosse. Se passageira a alguns, a experiência no mundo do trabalho não foi uma aba esquecida na história de muitos trabalhadores livres, libertos e escravos. Antes, foi página importante nas narrativas morais de muitos.
id UFJF_cee00cc7fc39a80c0101b78e0c7ed6a1
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/5931
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Almeida, Carla Maria Carvalho dehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784527Z6Carrara, Ângelo Alveshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4720516J5Libby, Douglas Colehttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783157Z6Chaves, Cláudia Maria das Graçashttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723808U2Guimarães, Carlos Gabrielhttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782935P7http://lattes.cnpq.brSilva, Fabiano Gomes da2017-11-09T14:19:44Z2017-11-012017-11-09T14:19:44Z2017-08-31https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5931O trabalho e os trabalhadores foram recorrentemente entendidos e explicados pela ótica da desvalorização e da desclassificação social no período colonial. Não se nega completamente esse quadro analítico, mas se deve matizá-lo, e foi nessa direção que a pesquisa caminhou. Partiu-se da premissa de que a experiência nascida do trabalho honesto e justo também concorria para a classificação social na época Moderna. O ambiente mineiro do termo de Mariana (1709-1750) foi tomado como lócus de análise para se compreender o viver do trabalho a jornal, à soldada e à empreita como recurso disponível e válido de classificação social. Para isso, foi necessário: i) reconstituir parcela do mercado de trabalho livre numa sociedade escravista colonial; ii) entender os mecanismos de acesso e atuação no mercado de trabalho, bem como as redes de garantias e créditos locais; iii) narrar os fragmentos das trajetórias, dos comportamentos e das estratégias dos mestres e oficiais de ofícios manuais da localidade. O resultado foi o dimensionamento do trabalhador manual livre como parte decisiva da dinâmica econômica e social na cidade de Mariana, pois nem tudo se resolveu com os carregamentos de mercadorias de outras regiões coloniais ou do Atlântico. Assim, tem-se um trabalhador livre que exercia seu ofício útil e de forma honrada na comunidade. As trajetórias dos mestres Antônio Coelho da Fonseca, Pedro Rodrigues da Costa e João Marques Pimenta mostram, por exemplo, que o ofício manual aprendido ou herdado era sustento e fonte do procedimento decente e honrado, que, inclusive, podia trazer a distinção e a fazenda necessária ao viver como se nobre fosse. Se passageira a alguns, a experiência no mundo do trabalho não foi uma aba esquecida na história de muitos trabalhadores livres, libertos e escravos. Antes, foi página importante nas narrativas morais de muitos.Scholars of Brazilian colonial history have long examined labor and workers as categories that were marked by degradation and social declassification. While this argument is not totally incorrect, such attitudes were not absolute and both categories need to be re-examined. That is the objective of this text. The basic idea here is that during the Modern Age life experiences acquired through honest and just labor could contribute positively to social classification. The town of Mariana (1709-1750) in Minas Gerais, Brazil, was chosen as the locus for analysis in attempting to understand different forms of labor* as readily available and valid sources of social classification. To do so it was necessary to: i) reconstitute a portion of the free labor market in a colonial slaveholding society; ii) understand access to and operational mechanisms specific to that labor market, as well as local credit networks; iii) narrate fragments of the trajectories, behavior, and strategies of local masters and journeymen. The results indicate the dimensions of free manual labor as a decisive part of economic and social dynamics in Mariana, especially because local production proved essential to regional economic survival. What emerged from the narratives were free workers who carried out their work in honorable fashion within the community. The trajectories of the master artisans Antônio Coelho da Fonseca, Pedro Rodrigues da Costa, and João Marques Pimenta, for instance, show that manual labor, whether learned or inherited, was a source of livelihood and was regarded as decent and honorable, giving workers the possibility of living like nobles. The experience in the world of labor may have been brief for some, but for many freeborn and freed workers and slaves it would never be forgotten. It was a page of the utmost importance in the moral narratives of many.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorCNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em HistóriaUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIATrabalhadoresOficiais manuaisMercado de trabalhoMariana (1709-1750)WorkersMaster artisansLabor marketMariana (1709-1750)Viver honradamente de ofícios: trabalhadores manuais livres, garantias e rendeiros em Mariana (1709-1750)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTfabianogomesdasilva.pdf.txtfabianogomesdasilva.pdf.txtExtracted texttext/plain989812https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/5931/3/fabianogomesdasilva.pdf.txt16d2021227cae1da247f5539f18232c2MD53THUMBNAILfabianogomesdasilva.pdf.jpgfabianogomesdasilva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1190https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/5931/4/fabianogomesdasilva.pdf.jpg208473008fda42321ba1c6de114f3affMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82197https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/5931/2/license.txt000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37bMD52ORIGINALfabianogomesdasilva.pdffabianogomesdasilva.pdfapplication/pdf3359754https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/5931/1/fabianogomesdasilva.pdf94a68575ba085a91632f4f784d56bb45MD51ufjf/59312019-06-16 06:47:07.829oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/5931TElDRU7vv71BIERFIERJU1RSSUJVSe+/ve+/vU8gTu+/vU8tRVhDTFVTSVZBCgpDb20gYSBhcHJlc2VudGHvv73vv71vIGRlc3RhIGxpY2Vu77+9YSwgdm9j77+9IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l077+9cmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbu+/vW8tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLvv71uaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIO+/vXVkaW8gb3Ugdu+/vWRlby4KClZvY++/vSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXvv71kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZh77+977+9by4gVm9j77+9IHRhbWLvv71tIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBKdWl6IGRlIEZvcmEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY++/vXBpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7vv71hLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHvv73vv71vLiBWb2Pvv70gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYe+/ve+/vW8g77+9IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY++/vSB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuIFZvY++/vSB0YW1i77+9bSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcO+/vXNpdG8gZGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG7vv71vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBpbmZyaW5nZSBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBuaW5nde+/vW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2Pvv70gbu+/vW8gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9j77+9IGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3Pvv71vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7vv71hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Tvv70gY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250Ze+/vWRvIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0Hvv73vv71PIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ++/vU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfvv71OQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0Pvv70gREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklT77+9TyBDT01PIFRBTULvv71NIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0Hvv73vv71FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKTyBSZXBvc2l077+9cmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHB1YmxpY2Hvv73vv71vLCBlIG7vv71vIGZhcu+/vSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHvv73vv71vLCBhbO+/vW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbu+/vWEuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T09:47:07Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Viver honradamente de ofícios: trabalhadores manuais livres, garantias e rendeiros em Mariana (1709-1750)
title Viver honradamente de ofícios: trabalhadores manuais livres, garantias e rendeiros em Mariana (1709-1750)
spellingShingle Viver honradamente de ofícios: trabalhadores manuais livres, garantias e rendeiros em Mariana (1709-1750)
Silva, Fabiano Gomes da
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
Trabalhadores
Oficiais manuais
Mercado de trabalho
Mariana (1709-1750)
Workers
Master artisans
Labor market
Mariana (1709-1750)
title_short Viver honradamente de ofícios: trabalhadores manuais livres, garantias e rendeiros em Mariana (1709-1750)
title_full Viver honradamente de ofícios: trabalhadores manuais livres, garantias e rendeiros em Mariana (1709-1750)
title_fullStr Viver honradamente de ofícios: trabalhadores manuais livres, garantias e rendeiros em Mariana (1709-1750)
title_full_unstemmed Viver honradamente de ofícios: trabalhadores manuais livres, garantias e rendeiros em Mariana (1709-1750)
title_sort Viver honradamente de ofícios: trabalhadores manuais livres, garantias e rendeiros em Mariana (1709-1750)
author Silva, Fabiano Gomes da
author_facet Silva, Fabiano Gomes da
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Almeida, Carla Maria Carvalho de
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4784527Z6
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Carrara, Ângelo Alves
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4720516J5
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Libby, Douglas Cole
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783157Z6
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Chaves, Cláudia Maria das Graças
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4723808U2
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Guimarães, Carlos Gabriel
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4782935P7
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Fabiano Gomes da
contributor_str_mv Almeida, Carla Maria Carvalho de
Carrara, Ângelo Alves
Libby, Douglas Cole
Chaves, Cláudia Maria das Graças
Guimarães, Carlos Gabriel
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
Trabalhadores
Oficiais manuais
Mercado de trabalho
Mariana (1709-1750)
Workers
Master artisans
Labor market
Mariana (1709-1750)
dc.subject.por.fl_str_mv Trabalhadores
Oficiais manuais
Mercado de trabalho
Mariana (1709-1750)
Workers
Master artisans
Labor market
Mariana (1709-1750)
description O trabalho e os trabalhadores foram recorrentemente entendidos e explicados pela ótica da desvalorização e da desclassificação social no período colonial. Não se nega completamente esse quadro analítico, mas se deve matizá-lo, e foi nessa direção que a pesquisa caminhou. Partiu-se da premissa de que a experiência nascida do trabalho honesto e justo também concorria para a classificação social na época Moderna. O ambiente mineiro do termo de Mariana (1709-1750) foi tomado como lócus de análise para se compreender o viver do trabalho a jornal, à soldada e à empreita como recurso disponível e válido de classificação social. Para isso, foi necessário: i) reconstituir parcela do mercado de trabalho livre numa sociedade escravista colonial; ii) entender os mecanismos de acesso e atuação no mercado de trabalho, bem como as redes de garantias e créditos locais; iii) narrar os fragmentos das trajetórias, dos comportamentos e das estratégias dos mestres e oficiais de ofícios manuais da localidade. O resultado foi o dimensionamento do trabalhador manual livre como parte decisiva da dinâmica econômica e social na cidade de Mariana, pois nem tudo se resolveu com os carregamentos de mercadorias de outras regiões coloniais ou do Atlântico. Assim, tem-se um trabalhador livre que exercia seu ofício útil e de forma honrada na comunidade. As trajetórias dos mestres Antônio Coelho da Fonseca, Pedro Rodrigues da Costa e João Marques Pimenta mostram, por exemplo, que o ofício manual aprendido ou herdado era sustento e fonte do procedimento decente e honrado, que, inclusive, podia trazer a distinção e a fazenda necessária ao viver como se nobre fosse. Se passageira a alguns, a experiência no mundo do trabalho não foi uma aba esquecida na história de muitos trabalhadores livres, libertos e escravos. Antes, foi página importante nas narrativas morais de muitos.
publishDate 2017
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2017-11-09T14:19:44Z
dc.date.available.fl_str_mv 2017-11-01
2017-11-09T14:19:44Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-08-31
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5931
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5931
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em História
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICH – Instituto de Ciências Humanas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/5931/3/fabianogomesdasilva.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/5931/4/fabianogomesdasilva.pdf.jpg
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/5931/2/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/5931/1/fabianogomesdasilva.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 16d2021227cae1da247f5539f18232c2
208473008fda42321ba1c6de114f3aff
000e18a5aee6ca21bb5811ddf55fc37b
94a68575ba085a91632f4f784d56bb45
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801661363692503040