Espaço, identidade e poder: esboço de uma teoria morfogenética e morfostática para a sociologia das organizações

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pimentel, Thiago Duarte
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1741
Resumo: Esta tese se insere, ontológica e epistemologicamente, na perspectiva do realismo crítico. Nela propõe-se a reafirmação da dimensão ontológica da realidade (a qual Bhaskar chamou de intransitiva), bem como seus rebatimentos na dimensão epistemológica (ou transitiva da realidade) que trata da possibilidade do conhecimento e das condições para sua ocorrência. Este enquadramento fornece, no âmbito da teoria social, uma forma de tratar da ontologia social e a natureza das relações entre agência e estrutura, que situa a discussão sobre o processo de estruturação da ação coletiva e seu resultado, em termos de elaboração de uma “entidade” socialmente real. Partindo do estado da arte dos estudos sobre as organizações, bem como a teorização acerca da categoria “coletivos” dentro da literatura da teoria social realista, identificou-se uma dupla lacuna: (1) nos estudos sobre as organizações, verifica-se a ausência de coerência e cumulatividade dos conhecimentos do campo, que é marcado por uma profunda dispersão de teorias e correntes orientadas por distintas tradições de pesquisa, todas, porém, tendo em comum sua filiação ao paradigma filosófico científico do positivismo e (2) nem a teoria social em geral e nem a teoria social realista elaboraram um relato que fosse capaz de dar conta e integrar, coerente e adequadamente, a categoria organização à sua proposta de teorização da realidade, restando por se fazer um relato específico que buscasse atacar o problema da organização (grupos sociais estruturados), como sugere Elder-Vass (2010). Visando endereçar esforços para a melhor compreensão desta questão, o objetivo, então, desta tese foi identificar as estruturas gerativas e suas tendências (poderes causais), bem como as circunstâncias em que elas são ativadas (mecanismos causais), que permitem a existência e a emergência das organizações como entidades coletivas reais. Para a realização deste estudo, recorreu-se, metodologicamente, a uma pesquisa teórica (ECO, 2001, p.11), amparada por procedimentos analíticos de coleta e tratamento dos dados de caráter hermenêutico. Como resultados, identificou-se a existência de três estruturas gerativas – o espaço, a identidade e o poder –, envolvendo diferentes componentes que se manifestam sob diferentes modos de realidade (material, ideal e social, respectivamente), cujos processos de enquadramento e fixação, de identificação e diferenciação, e de delegação e representação (respectivamente) conduzem às interações entre os indivíduos e à aquisição de padrões específicos bem como à mudança estrutural, morfológica e causal, atribuindo diferentes poderes causais a cada um desses estágios: aproximação e agregação, no momento 1 (M1); criação de uma unidade (exterior e irredutível ao indivíduo) e coesão diferentes de outras entidades, no momento 2 (M2) e, por fim, a instauração de uma ordem e capacidade de intervenção deliberada na realidade social, em âmbito institucional, no momento 3 (M3). Os três momentos sintetizados estão relacionados por meio da proposição de um modelo teórico de análise morfogenética da estruturação da ação coletiva. Apesar de este modelo se aplicar especificamente à análise da ação coletiva e de não ter sido validado empiricamente, sua contribuição original reside no fato de fornecer a elaboração de um quadro teórico suficientemente amplo e, ao mesmo tempo, específico para a análise das organizações, em particular, e da ação coletiva, em geral, em especial quando acrescentamos sua interface com a orientação ontológica e epistemológica do realismo crítico. Empiricamente, esta proposta traz um relato preciso de integração dos níveis micro e macro da realidade, por meio da atuação específica das organizações e instituições no nível mesossocial, que poderá ser aplicado para intervenção na realidade.
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Nela propõe-se a reafirmação da dimensão ontológica da realidade (a qual Bhaskar chamou de intransitiva), bem como seus rebatimentos na dimensão epistemológica (ou transitiva da realidade) que trata da possibilidade do conhecimento e das condições para sua ocorrência. Este enquadramento fornece, no âmbito da teoria social, uma forma de tratar da ontologia social e a natureza das relações entre agência e estrutura, que situa a discussão sobre o processo de estruturação da ação coletiva e seu resultado, em termos de elaboração de uma “entidade” socialmente real. Partindo do estado da arte dos estudos sobre as organizações, bem como a teorização acerca da categoria “coletivos” dentro da literatura da teoria social realista, identificou-se uma dupla lacuna: (1) nos estudos sobre as organizações, verifica-se a ausência de coerência e cumulatividade dos conhecimentos do campo, que é marcado por uma profunda dispersão de teorias e correntes orientadas por distintas tradições de pesquisa, todas, porém, tendo em comum sua filiação ao paradigma filosófico científico do positivismo e (2) nem a teoria social em geral e nem a teoria social realista elaboraram um relato que fosse capaz de dar conta e integrar, coerente e adequadamente, a categoria organização à sua proposta de teorização da realidade, restando por se fazer um relato específico que buscasse atacar o problema da organização (grupos sociais estruturados), como sugere Elder-Vass (2010). Visando endereçar esforços para a melhor compreensão desta questão, o objetivo, então, desta tese foi identificar as estruturas gerativas e suas tendências (poderes causais), bem como as circunstâncias em que elas são ativadas (mecanismos causais), que permitem a existência e a emergência das organizações como entidades coletivas reais. Para a realização deste estudo, recorreu-se, metodologicamente, a uma pesquisa teórica (ECO, 2001, p.11), amparada por procedimentos analíticos de coleta e tratamento dos dados de caráter hermenêutico. Como resultados, identificou-se a existência de três estruturas gerativas – o espaço, a identidade e o poder –, envolvendo diferentes componentes que se manifestam sob diferentes modos de realidade (material, ideal e social, respectivamente), cujos processos de enquadramento e fixação, de identificação e diferenciação, e de delegação e representação (respectivamente) conduzem às interações entre os indivíduos e à aquisição de padrões específicos bem como à mudança estrutural, morfológica e causal, atribuindo diferentes poderes causais a cada um desses estágios: aproximação e agregação, no momento 1 (M1); criação de uma unidade (exterior e irredutível ao indivíduo) e coesão diferentes de outras entidades, no momento 2 (M2) e, por fim, a instauração de uma ordem e capacidade de intervenção deliberada na realidade social, em âmbito institucional, no momento 3 (M3). Os três momentos sintetizados estão relacionados por meio da proposição de um modelo teórico de análise morfogenética da estruturação da ação coletiva. Apesar de este modelo se aplicar especificamente à análise da ação coletiva e de não ter sido validado empiricamente, sua contribuição original reside no fato de fornecer a elaboração de um quadro teórico suficientemente amplo e, ao mesmo tempo, específico para a análise das organizações, em particular, e da ação coletiva, em geral, em especial quando acrescentamos sua interface com a orientação ontológica e epistemológica do realismo crítico. Empiricamente, esta proposta traz um relato preciso de integração dos níveis micro e macro da realidade, por meio da atuação específica das organizações e instituições no nível mesossocial, que poderá ser aplicado para intervenção na realidade.This thesis falls, ontologically and epistemologically, in the perspective of critical realism. The later proposes the reclaiming of (the ontological dimension of) reality (which Bhaskar called intransitive one) and its repercussions on the epistemological dimension (or transitive one) of reality, which deals with the possibility of knowledge and the conditions for its occurrence. This framework provides, in social theory, one way to address the social ontology and the nature of the relationship between agency and structure, which places the discussion of the structuring process of collective action and its outcome in terms of developing an "entity" socially real. Based on the state of the art of studies on organizations as well as theories about the category "collectives" in the literature of social theory, and in particular in the realist social theory, we identified a double gap: (1) studies on organizations there is a lack of coherence and cumulative knowledge of the field, which is marked by a deep scattering theories and currents driven by distinct research traditions. Nevertheless, all these traditions have in common their affiliation to the philosophical paradigm of scientific positivism; (2) neither social theory in general nor realist social theory produced an integrative and coherent report to the organization category. Thus, it remains to be done a specific report that called for attacking the problem of organization (structured social groups), as suggested by Elder-Vass (2010). Aiming to address efforts to better understand this issue, then, the objective this thesis was to identify the generative structures and its trends (causal powers), as well as the circumstances under which they are activated (causal mechanisms) that enable the existence and emergence of organizations as real collective entities. Methodologically this study was conducted in a form of a theoretical research (ECO, 2001, p.11), which was supported by analytical procedures for the collection and processing of data hermeneutic character. As a result, we identified the existence of three generative structures: space, identity and power. These structures involves different components that are manifested in specific modes of reality (material, social and ideal, respectively), whose the process of framing and mounting, identification and differentiation, and delegation and representation (respectively) lead to interactions among individuals purchasing patterns and structural change, morphological and causal, assigning different causal powers of each of these stages: approximation and aggregation, which was called “moment 1” (M1); the creating an unit (exterior and irreducible to the individual) and cohesion of different entities, called “moment 2” (M2); and, finally, the establishment of a command and ability to deliberate intervention in social reality, at institutional, called “moment 3” (M3). The three summarized moments are related each one by proposing a theoretical framework of the structure of collective action in a morphogenetic way. Although this model applies specifically to the analysis of collective action and has not been empirically validated, its original contribution lies in the fact provide the development of a theoretical framework sufficiently broad and simultaneously specific for the analysis of organizations, in particular, and collective action, in general. This is true especially when we add its interface with the ontological and epistemological orientation of critical realism. Empirically, this proposal provides an accurate account of the integration of micro and macro levels of reality, through the realization of specific organizations and institutions in mesossocial level. The correct knowledge of this level can be applied to intervention in reality.porUniversidade Federal de Juiz de ForaPrograma de Pós-graduação em Ciências SociaisUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANASFilosofia da ciênciaRealismo críticoTeoria socialSociologia das organizaçõesAção coletivaMorfogênesePhilosophy of scienceCritical realismSocial theorySociology of organizationsCollective actionMorphogenesisEspaço, identidade e poder: esboço de uma teoria morfogenética e morfostática para a sociologia das organizaçõesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTthiagoduartepimentel.pdf.txtthiagoduartepimentel.pdf.txtExtracted texttext/plain1304811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1741/3/thiagoduartepimentel.pdf.txt941b2669bf49efb2eac0713b6ed3ecf0MD53THUMBNAILthiagoduartepimentel.pdf.jpgthiagoduartepimentel.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1309https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1741/4/thiagoduartepimentel.pdf.jpg07bd6be01b7dd5a8c5cc7b9b5251d334MD54ORIGINALthiagoduartepimentel.pdfthiagoduartepimentel.pdfapplication/pdf2965915https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1741/1/thiagoduartepimentel.pdfd808d5a25c89ee6e7ed300ca03480290MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/1741/2/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD52ufjf/17412019-11-07 11:13:23.768oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/1741TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-11-07T13:13:23Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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