O processo histórico de construção do currículo mínimo de educação física do estado do Rio de Janeiro: da elaboração à implementação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Magalhães, Ramon Mendes da Costa
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9322
Resumo: Os currículos educacionais são produtos sociais e culturais dotados de interesses de caráter politico, ideológico e cultural para a formação dos indivíduos dentro das instituições escolares. A visão dos elaboradores e dos docentes envolvidos na materialização do currículo se torna fundamental e relevante para a compreensão do processo histórico de construção e implantação dos currículos. Sendo assim, esta dissertação teve como objetivo resgatar a construção histórica do Currículo Mínimo de Educação Física da rede estadual de educação do estado do Rio de Janeiro, desde os conflitos para sua elaboração à assimilação/resistência dos professores na escola. Para isso, tomamos como método o materialismo histórico-dialético para atingir um conhecimento que permita avançar para além das aparências fenomênicas, dentro do processo desenvolvimento histórico da realidade concreta. A pesquisa utilizou o estudo de campo, sendo realizadas entrevistas semiestruturadas e análises documentais (currículos, publicações no site da secretaria de educação e publicações de jornais eletrônicos, etc.) para a apreensão dos elementos concretos presentes nos documentos e nas visões dos docentes em relação ao currículo mínimo, tanto em relação à sua elaboração, quanto à sua materialização nas escolas. A entrevista semiestruturada ocorreu com 2 grupos de professores de educação física: 5 professores elaboradores do currículo mínimo de educação física e 8 professores da rede estadual de educação do estado do Rio de Janeiro da cidade de Paraíba do Sul. Com as categorias teóricas que embasaram o estudo buscou-se discutir como os modelos de acumulação de capital interferem na formação educacional, tendo como pedagogia orientadora do projeto de formação humana, a pedagogia das competências. Além disso, foi apresentado como o currículo mínimo de educação física está estruturado com base na pedagogia das competências. A partir do resgate histórico realizado, verificamos que o currículo mínimo atua na reprodução das relações sociais capitalistas, estruturado sobre uma perspectiva pós-moderna, pós-critica e multiculturalista. Além disso, o currículo mínimo foi incorporado a prática docente dos professores de Paraíba do Sul sem uma total compreensão da noção de competências e habilidades no qual o currículo mínimo se estrutura, levando-os a contribuir com a reprodução das relações capitalista. O currículo mínimo ainda se tornou um instrumento de controle do trabalho docente, ao vincular a sua realização a um sistema de gratificações. Desta forma, concluímos que o currículo mínimo de educação física não supera as relações sociais capitalistas que perpassam a sociedade, mantendo os sujeitos sociais ali envolvidos, docentes e alunos, numa relação reprodutivista das relações sociais capitalistas, que fragmenta, oprime e nega o conhecimento socialmente produzido pela humanidade a classe trabalhadora.
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Sendo assim, esta dissertação teve como objetivo resgatar a construção histórica do Currículo Mínimo de Educação Física da rede estadual de educação do estado do Rio de Janeiro, desde os conflitos para sua elaboração à assimilação/resistência dos professores na escola. Para isso, tomamos como método o materialismo histórico-dialético para atingir um conhecimento que permita avançar para além das aparências fenomênicas, dentro do processo desenvolvimento histórico da realidade concreta. A pesquisa utilizou o estudo de campo, sendo realizadas entrevistas semiestruturadas e análises documentais (currículos, publicações no site da secretaria de educação e publicações de jornais eletrônicos, etc.) para a apreensão dos elementos concretos presentes nos documentos e nas visões dos docentes em relação ao currículo mínimo, tanto em relação à sua elaboração, quanto à sua materialização nas escolas. A entrevista semiestruturada ocorreu com 2 grupos de professores de educação física: 5 professores elaboradores do currículo mínimo de educação física e 8 professores da rede estadual de educação do estado do Rio de Janeiro da cidade de Paraíba do Sul. Com as categorias teóricas que embasaram o estudo buscou-se discutir como os modelos de acumulação de capital interferem na formação educacional, tendo como pedagogia orientadora do projeto de formação humana, a pedagogia das competências. Além disso, foi apresentado como o currículo mínimo de educação física está estruturado com base na pedagogia das competências. A partir do resgate histórico realizado, verificamos que o currículo mínimo atua na reprodução das relações sociais capitalistas, estruturado sobre uma perspectiva pós-moderna, pós-critica e multiculturalista. Além disso, o currículo mínimo foi incorporado a prática docente dos professores de Paraíba do Sul sem uma total compreensão da noção de competências e habilidades no qual o currículo mínimo se estrutura, levando-os a contribuir com a reprodução das relações capitalista. O currículo mínimo ainda se tornou um instrumento de controle do trabalho docente, ao vincular a sua realização a um sistema de gratificações. Desta forma, concluímos que o currículo mínimo de educação física não supera as relações sociais capitalistas que perpassam a sociedade, mantendo os sujeitos sociais ali envolvidos, docentes e alunos, numa relação reprodutivista das relações sociais capitalistas, que fragmenta, oprime e nega o conhecimento socialmente produzido pela humanidade a classe trabalhadora.Educational curricula are social and cultural products endowed with political, ideological and cultural interests for the formation of individuals within school institutions. The view of the processors and the teachers involved in the materialization of the curriculum becomes fundamental and relevant to the understanding of the historical process of construction and implementation of curricula. Thus, this dissertation aimed to rescue the historical construction of the Minimum Curriculum of Physical Education of the state education network of the state of Rio de Janeiro, from the conflicts for its elaboration to the assimilation / resistance of the teachers in the school. For this, we take as historical-dialectical materialism method to reach a knowledge that allows to advance beyond the phenomenal appearances, within the process historical development of the concrete reality. The research used the field study, with semi-structured interviews and documentary analyzes (curricula, publications on the site of the secretary of education and publications of electronic newspapers, etc.) for the apprehension of the concrete elements present in the documents and in the visions of the teachers in relation to the minimum curriculum, both in relation to its elaboration and its materialization in schools. The semi-structured interview took place with 2 groups of physical education teachers: 5 teachers of the minimum physical education curriculum and 8 teachers of the state education network of the state of Paraíba do Sul. With the theoretical categories that This study aimed to discuss how the models of capital accumulation interfere in the educational formation, having as pedagogy guiding the human training project, the pedagogy of the competences. In addition, it was presented how the minimum curriculum of physical education is structured based on the pedagogy of skills. From the historical rescue carried out, we verify that the minimal curriculum acts in the reproduction of capitalist social relations, structured on a postmodern, post-critical and multiculturalist perspective. In addition, the minimum curriculum was incorporated into the teaching practice of teachers from Paraíba do Sul without a full understanding of the notion of skills and abilities in which the minimal curriculum is structured, leading them to contribute to the reproduction of capitalist relations. The minimal curriculum has still become an instrument of control of the teaching work, when linking its accomplishment to a system of gratuities. In this way, we conclude that the minimum curriculum of physical education does not overcome the capitalist social relations that permeate society, keeping the social subjects involved, teachers and students, in a reproductive relationship of capitalist social relations, that fragments, oppresses and denies social knowledge produced by humanity the working class.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em EducaçãoUFJFBrasilFaculdade de EducaçãoCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOEducação físicaCurrículoCompetênciasParaíba do SulPhysical educationCurriculumSkillsParaíba do SulO processo histórico de construção do currículo mínimo de educação física do estado do Rio de Janeiro: da elaboração à implementaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTEXTramonmendesdacostamagalhaes.pdf.txtramonmendesdacostamagalhaes.pdf.txtExtracted texttext/plain472973https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9322/3/ramonmendesdacostamagalhaes.pdf.txt66daae7f10f5cd2d929aa5774f31c10fMD53THUMBNAILramonmendesdacostamagalhaes.pdf.jpgramonmendesdacostamagalhaes.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1206https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9322/4/ramonmendesdacostamagalhaes.pdf.jpg24c08ebe0a98a33c47121054e823b02dMD54ORIGINALramonmendesdacostamagalhaes.pdframonmendesdacostamagalhaes.pdfapplication/pdf1679999https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9322/1/ramonmendesdacostamagalhaes.pdf97382d373b1395637b3dfba9911dc507MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82136https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/9322/2/license.txtffbb04eaab5e689eb178ff1cf915d0d1MD52ufjf/93222019-06-16 13:01:19.063oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/9322TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkENCg0KQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gDQpJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uDQoNClZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uIFZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLg0KDQpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLg0KDQpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPICBPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLg0KDQpPIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSAgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2019-06-16T16:01:19Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
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