O clima urbano como risco climático: os impactos das chuvas em Juiz de Fora- no período de 1980-2018
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00046 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12653 |
Resumo: | As discussões acerca do clima urbano no Brasil avançaram, a partir dos anos de 1970, quando o país registrava um intenso processo de urbanização, levando a indagações dentre os estudiosos acerca desse novo quadro ambiental que se observava nas cidades. Dentro das investigações do clima urbano, a abordagem de Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro com o Sistema Clima Urbano- SCU (1976) se consolidou como referencial teórico-metodológico dos estudos, no entanto, atualmente outras abordagens são possíveis e complementares a esta, dentre elas a discussão do clima urbano a partir da proposta da Geografia do Clima proposta por Sant’Anna Neto (2001, 2007), no qual o Clima urbano passa a ser analisado a partir do Risco Climático, de acordo com Nascimento Júnior (2018) e Goudard (2019). Dessa forma apreender o clima urbano a partir do risco é entender o impacto das chuvas a partir de uma visada que leve em conta a precipitação como elemento fundamental, mas também a forma como o espaço urbano é ocupado e produzido, em relação a suas susceptibilidades ambientais, à vulnerabilidade social visando perceber os impactos, a partir de uma perspectiva também social. Do ponto de vista metodológico este trabalho valerá do levantamento e aplicação de técnicas estatísticas nos dados diários de precipitação; levantamento de informações acerca da suscetibilidade ambiental a ocorrência de movimentos de massa e inundações; aplicação de um índice de vulnerabilidade social e de um levantamento documental acerca dos impactos das chuvas na cidade, valendose de informações obtidas através dos jornais de mídia impressa da cidade. Por fim, foi utilizada uma integração nos dados, utilizando a técnica de AHP (Analytic. Hierarchy Process), o mapeamento do risco climático a partir das informações de vulnerabilidade, suscetibilidade e histórico de ocorrências associados à precipitação (perigo). Os resultados demonstraram tendência significativa de aumento das chuvas no mês de Novembro nos eventos superiores ao percentil 90. Nos outros meses as tendências não foram significativas. O mapeamento dos impactos revelou que as Regiões de Planejamento mais impactadas são as RP Centro e Leste, sendo que no Centro predominam os impactos hidrológicos (enchentes, inundações, alagamentos, enxurradas). A partir da técnica AHP foi mapeado o risco climático a impactos geomorfológicos (deslizamentos e desabamentos), sendo que as regiões com maior percentagem de área com as classes de altíssimo e alto risco foram a Leste e Sudeste, além disso, as áreas de alto e altíssimo risco foram as mais impactadas pela ocorrência dos deslizamentos e desabamentos na cidade. Com base na discussão do risco climático concluiuse que a ocorrência dos impactos, sejam eles hidrológicos (enchentes, inundações, alagamentos, enxurradas) ou geomorfológicos (deslizamentos e desabamentos), ocorre de maneira desigual na cidade, na medida em que se relacionam com os elementos vulnerabilidade e suscetibilidade, sendo que os episódios extremos de precipitação repercutem de maneira diferenciada nos bairros da cidade. |
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Dentro das investigações do clima urbano, a abordagem de Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro com o Sistema Clima Urbano- SCU (1976) se consolidou como referencial teórico-metodológico dos estudos, no entanto, atualmente outras abordagens são possíveis e complementares a esta, dentre elas a discussão do clima urbano a partir da proposta da Geografia do Clima proposta por Sant’Anna Neto (2001, 2007), no qual o Clima urbano passa a ser analisado a partir do Risco Climático, de acordo com Nascimento Júnior (2018) e Goudard (2019). Dessa forma apreender o clima urbano a partir do risco é entender o impacto das chuvas a partir de uma visada que leve em conta a precipitação como elemento fundamental, mas também a forma como o espaço urbano é ocupado e produzido, em relação a suas susceptibilidades ambientais, à vulnerabilidade social visando perceber os impactos, a partir de uma perspectiva também social. Do ponto de vista metodológico este trabalho valerá do levantamento e aplicação de técnicas estatísticas nos dados diários de precipitação; levantamento de informações acerca da suscetibilidade ambiental a ocorrência de movimentos de massa e inundações; aplicação de um índice de vulnerabilidade social e de um levantamento documental acerca dos impactos das chuvas na cidade, valendose de informações obtidas através dos jornais de mídia impressa da cidade. Por fim, foi utilizada uma integração nos dados, utilizando a técnica de AHP (Analytic. Hierarchy Process), o mapeamento do risco climático a partir das informações de vulnerabilidade, suscetibilidade e histórico de ocorrências associados à precipitação (perigo). Os resultados demonstraram tendência significativa de aumento das chuvas no mês de Novembro nos eventos superiores ao percentil 90. Nos outros meses as tendências não foram significativas. O mapeamento dos impactos revelou que as Regiões de Planejamento mais impactadas são as RP Centro e Leste, sendo que no Centro predominam os impactos hidrológicos (enchentes, inundações, alagamentos, enxurradas). A partir da técnica AHP foi mapeado o risco climático a impactos geomorfológicos (deslizamentos e desabamentos), sendo que as regiões com maior percentagem de área com as classes de altíssimo e alto risco foram a Leste e Sudeste, além disso, as áreas de alto e altíssimo risco foram as mais impactadas pela ocorrência dos deslizamentos e desabamentos na cidade. Com base na discussão do risco climático concluiuse que a ocorrência dos impactos, sejam eles hidrológicos (enchentes, inundações, alagamentos, enxurradas) ou geomorfológicos (deslizamentos e desabamentos), ocorre de maneira desigual na cidade, na medida em que se relacionam com os elementos vulnerabilidade e suscetibilidade, sendo que os episódios extremos de precipitação repercutem de maneira diferenciada nos bairros da cidade.Discussions about the urban climate in Brazil have advanced since the 1970s, when the country registered an intense process of urbanization, leading to inquiries among scholars about this new environmental picture that was observed in cities. Within the investigations of the urban climate, Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro's approach with the Urban Climate SystemSCU (1976) has consolidated itself as a theoretical-methodological reference of the studies, however, currently other approaches are possible and complementary to this, among them the discussion of urban climate based on the proposal of Geography of Climate proposed by Sant'Anna Neto (2001, 2007), in which urban climate starts to be analyzed based on Climate Risk, according to Nascimento Júnior (2018) and Goudard (2019). Thus, to apprehend the urban climate from the risk is to understand the impact of the rains from a view that takes into account precipitation as a fundamental element, but also the way in which the urban space is occupied and produced, in relation to its environmental susceptibilities , to social vulnerability with a view to perceiving impacts, from a social perspective as well. From a methodological point of view, this work will rely on the survey and application of statistical techniques in the daily precipitation data; gathering information about environmental susceptibility to the occurrence of mass movements and floods; application of a social vulnerability index and a documentary survey about the impacts of rainfall in the city, using information obtained from the city's printed media newspapers, finally an integration was used in the data, using the AHP technique ( Analytic Hierarchy Process), the mapping of climatic risk based on information on vulnerability, susceptibility and history of occurrences associated with precipitation (hazards). The results showed a significant trend of increasing rainfall in November in events above the 90th percentile. In other months, the trends were not significant. The mapping of the impacts revealed that the Planning Regions most impacted are the Central and Eastern RP, with the hydrological impacts predominating in the Center (floods,). Using the AHP technique, the climatic risk was mapped to geomorphological impacts (landslides and landslides), and the regions with the highest percentage of areas with the very high and high risk classes were in the East and Southeast, in addition, the areas of high and extremely high risk were the most impacted by the occurrence of landslides and landslides in the city. Based on the discussion of climate risk, it was concluded that the occurrence of impacts, whether hydrological (floods) or geomorphological (landslides), occurs unevenly in the city, as they relate to the elements of vulnerability and susceptibility, with the extreme episodes of precipitation having a different impact on neighborhoods in the city.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em GeografiaUFJFBrasilICH – Instituto de Ciências HumanasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIARisco climáticoEventos extremosImpactos pluviométricosClima urbanoClimatic riskExtreme eventsRainfall impactsUrban climateO clima urbano como risco climático: os impactos das chuvas em Juiz de Fora- no período de 1980-2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALthiagoalvesdeoliveira.pdfthiagoalvesdeoliveira.pdfapplication/pdf15633115https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12653/1/thiagoalvesdeoliveira.pdf2e6167bb88c61c68e3fd4af0cf97d2b3MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12653/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52TEXTthiagoalvesdeoliveira.pdf.txtthiagoalvesdeoliveira.pdf.txtExtracted texttext/plain464183https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12653/4/thiagoalvesdeoliveira.pdf.txtb3003d7480af2f1a55ce090931a2e1d7MD54THUMBNAILthiagoalvesdeoliveira.pdf.jpgthiagoalvesdeoliveira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1140https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12653/5/thiagoalvesdeoliveira.pdf.jpgc1abc4143ffff29793a9e305ab91689fMD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/12653/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53ufjf/126532021-07-05 22:37:22.836oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/12653Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2021-07-06T01:37:22Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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