Assimetrias de gêneros na Gestão do Esporte no Brasil: uma análise da estrutura da Confederação Brasileira de Futebol

• Autor(a) principal: Souza, Rafaela Machado de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
• Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13390
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICA; Perfil; Gestores; Esporte; Confederações; Futebol; Profile; Managers; Sport; Confederations; Football

Entre os estudos que compõem o arcabouço de produções no âmbito da gestão esportiva, as investigações que tratam sobre os perfis dos profissionais que atuam nessa área têm prestado relevantes contribuições ao campo. Tendo em vista o ambiente de liderança, ocupado majoritariamente por pessoas do sexo masculino, bem como a premência da realização de pesquisas que buscam trazer elementos para discutir as disparidades de gênero no mercado de trabalho, o objetivo do estudo é responder os seguintes questionamentos: como é a estruturação da CBF em termos de instâncias de poder estatutárias? Qual a proporção entre homens e mulheres em posições de liderança dentro da estrutura de poder da CBF? Quais são as atribuições pertinentes aos diferentes setores da organização? Como se dá a investidura dos sujeitos que ocupam os cargos mencionados? Para responder as indagações anteriores foi necessário realizar uma investigação descritiva documental de natureza qualitativa, resultado da combinação entre pesquisa bibliográfica e pesquisa documental, tendo como fontes principais o Estatuto e o Portal de Governança da CBF. Em termos de estrutura de poder estatutário foram encontrados 9 instâncias. Ao que diz respeitos ao panorama da distribuição de homens e mulheres foi consultado o site oficial da instituição e encontrados 29 cargos, todos eles ocupados por integrantes do sexo masculino. A investidura dos cargos de presidentes, vice- presidentes e conselho fiscal se dá por meio de eleição durante a Assembleia Eleitoral, e os demais cargos das instâncias são preenchidos por meio de indicação do Presidente. Portanto, corroborando outros estudos, a entidade máxima de futebol, também possui seus cargos ocupados em sua maioria por homens. Além disso, a sua estrutura estatutária reforça teorias de que esse modelo dificulta a ascensão de sujeitos que não são socialmente reconhecidos como integrantes daquele universo. Visto isso, vale destacar que as diferenças de gênero na atuação com a gestão esportiva, parecem carregar consigo um forte fator social, passível de ser visualizado pela tradição do patriarcado de nossa sociedade.