A construção superlativa de expressão corporal: uma abordagem construcionista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Igor de Oliveira
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4643
Resumo: Este trabalho tem como objeto a Construção Superlativa de Expressão Corporal (Construção SEC) (“solteirona e toda virgem, ignorava machezas, quase morreu de vergonha numa tarde de conversas”; “Padre Dito quase estourou de rir”; “O Lúcio rolou de rir com a explicação, e como consequência acabou virando a vítima e a cobaia do seminário”), um elo da grande rede de construções do Português denominadas por Miranda (2008a) como Construções Superlativas. Tendo como enfoque teórico a Linguística Cognitiva (FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER E TURNER, 2002; FILLMORE, 1977, 1982; FILLMORE E ATKINS, 1992; JOHNSON, 1987; LAKOFF, 1987, 1993; LAKOFF E JOHNSON, 1980, 1999; MIRANDA, 2002, 2008a, 2008b; SALOMÃO, 2002, 2008; dentre outros) e, mais especificamente, o seu Modelo Baseado no Uso da Gramática das Construções (CROFT AND CRUSE, 2004; GOLDBERG, 1995; LAKOFF, 1987; PERINI, 2001, 2008; TOMASELLO, 2003[1999]), propõe-se a descrição dos padrões formais e do valor semânticopragmático emergentes nas ocorrências dessa construção. Dado o relevo do uso no modelo teórico-analítico adotado, opta-se metodologicamente pela Linguística de Corpus (ALUÍSIO E ALMEIDA, 2006; SARDINHA, 2000, 2004), devido à possibilidade de se trabalhar com uma grande massa de dados naturais e de se verificar o grau de convencionalização/gramaticalização e produtividade da construção em foco (GOLDBERG, 1995). O corpus utilizado para pesquisa é o Corpus do Português (DAVIES E FERREIRA, 2006), composto por quarenta e cinco milhões de palavras, distribuídas em textos que perpassam os séculos XIV-XX. Partindo do trabalho de Sampaio (2007) em que parte da Construção SEC foi analisada dentro dos limites do campo metafórico da “morte” (morrer de rir, morrer de medo), nossas análises ampliam tal estudo, investigando a produtividade dessa rede (frequência de types) e a natureza do desencontro ou discrepância semântico e sintático (o fenômeno do mismatch) que institui, sincronicamente, seu padrão. Tal padrão – [Xv de YN/V] – tem em X um verbo (chorar de, rolar de, morrer de, se acabar de, se arrebentar de...) que representa o impacto físico ou fisiológico desencadeado pelo excesso de Y, um SN (de medo, de tristeza) ou um SV (de rir, de estudar). Nossas análises apontam ainda para: (1) a convencionalização da Construção SEC, que instancia, nos corpora investigados, 19 diferentes types; (2) a articulação do esquema imagético da Imposição de Forças (JOHNSON, 1987) – que, por sua vez, impõe uma Dinâmica de Forças (TALMY, 2000) –, a noção de Causalidade (LAKOFF E JOHNSON, 2002[1980]; TOMASELLO, 2003[1999]) e as metáforas primárias “Causa É Força Física” e “Intensidade É Escala” (LAKOFF E JOHNSON, 1999) como bases conceptuais do padrão construcional discutido; (3) a reanálise semântica do elemento X (verbos que suscitam os frames de impacto físico ou fisiológico) como um Operador Escalar, alinhando-se com outras construções canônicas existentes no Português, no frame de Escala Superlativa; (4) o uso pragmático da construção como estratégia argumentativa pertinente a contextos discursivos em que o falante/escritor possui maior liberdade de expressão subjetiva; e (5) a centralidade de processos figurativos na instituição de padrões gramaticais.
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Tendo como enfoque teórico a Linguística Cognitiva (FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER E TURNER, 2002; FILLMORE, 1977, 1982; FILLMORE E ATKINS, 1992; JOHNSON, 1987; LAKOFF, 1987, 1993; LAKOFF E JOHNSON, 1980, 1999; MIRANDA, 2002, 2008a, 2008b; SALOMÃO, 2002, 2008; dentre outros) e, mais especificamente, o seu Modelo Baseado no Uso da Gramática das Construções (CROFT AND CRUSE, 2004; GOLDBERG, 1995; LAKOFF, 1987; PERINI, 2001, 2008; TOMASELLO, 2003[1999]), propõe-se a descrição dos padrões formais e do valor semânticopragmático emergentes nas ocorrências dessa construção. Dado o relevo do uso no modelo teórico-analítico adotado, opta-se metodologicamente pela Linguística de Corpus (ALUÍSIO E ALMEIDA, 2006; SARDINHA, 2000, 2004), devido à possibilidade de se trabalhar com uma grande massa de dados naturais e de se verificar o grau de convencionalização/gramaticalização e produtividade da construção em foco (GOLDBERG, 1995). O corpus utilizado para pesquisa é o Corpus do Português (DAVIES E FERREIRA, 2006), composto por quarenta e cinco milhões de palavras, distribuídas em textos que perpassam os séculos XIV-XX. Partindo do trabalho de Sampaio (2007) em que parte da Construção SEC foi analisada dentro dos limites do campo metafórico da “morte” (morrer de rir, morrer de medo), nossas análises ampliam tal estudo, investigando a produtividade dessa rede (frequência de types) e a natureza do desencontro ou discrepância semântico e sintático (o fenômeno do mismatch) que institui, sincronicamente, seu padrão. Tal padrão – [Xv de YN/V] – tem em X um verbo (chorar de, rolar de, morrer de, se acabar de, se arrebentar de...) que representa o impacto físico ou fisiológico desencadeado pelo excesso de Y, um SN (de medo, de tristeza) ou um SV (de rir, de estudar). Nossas análises apontam ainda para: (1) a convencionalização da Construção SEC, que instancia, nos corpora investigados, 19 diferentes types; (2) a articulação do esquema imagético da Imposição de Forças (JOHNSON, 1987) – que, por sua vez, impõe uma Dinâmica de Forças (TALMY, 2000) –, a noção de Causalidade (LAKOFF E JOHNSON, 2002[1980]; TOMASELLO, 2003[1999]) e as metáforas primárias “Causa É Força Física” e “Intensidade É Escala” (LAKOFF E JOHNSON, 1999) como bases conceptuais do padrão construcional discutido; (3) a reanálise semântica do elemento X (verbos que suscitam os frames de impacto físico ou fisiológico) como um Operador Escalar, alinhando-se com outras construções canônicas existentes no Português, no frame de Escala Superlativa; (4) o uso pragmático da construção como estratégia argumentativa pertinente a contextos discursivos em que o falante/escritor possui maior liberdade de expressão subjetiva; e (5) a centralidade de processos figurativos na instituição de padrões gramaticais.This paper focuses at the Superlative Construction of Body Expression (SEC Construction) (“solteirona e toda virgem, ignorava machezas, quase morreu de vergonha numa tarde de conversas”; “Padre Dito quase estourou de rir”; “O Lúcio rolou de rir com a explicação, e como consequência acabou virando a vítima e a cobaia do seminário”), a major link in the network of constructions of Portuguese named by Miranda (2008a) as Superlative Constructions. Having as theoretical basis the Cognitive Linguistics (FAUCONNIER, 1997; FAUCONNIER AND TURNER, 2002; FILLMORE, 1977, 1982; FILLMORE AND ATKINS, 1992; JOHNSON, 1987; LAKOFF, 1987, 1993; LAKOFF AND JOHNSON, 1980, 1999; MIRANDA, 2002, 2008a, 2008b; SALOMÃO, 2002, 2008; among others) and, more specifically, its Usage-based Model of Construction Grammar (CROFT AND CRUSE, 2004; GOLDBERG, 1995; LAKOFF, 1987; PERINI, 2001, 2008; TOMASELLO, 2003[1999]), it aims at the description of formal standards and the semanticpragmatic value emerging from the occurrences of this construction. Given the amount of use in the theoretical and analytical model adopted, the Corpus Linguistics (ALUÍSIO E ALMEIDA, 2006; SARDINHA, 2000, 2004) was the methodological approach chosen due to the possibility of working with a large mass of natural data and verification of the degree of conventionalization/grammaticalization and productivity of the construction focused (GOLDBERG, 1995). The corpus used for this research is the Corpus do Português (DAVIES AND FERREIRA, 2006), composed of forty-five million words, allocated in texts that pervade the XIV-XX centuries. Based on the work of Sampaio (2007), in which part of the SEC Construction was analyzed within the limits of the metaphorical field of "death" (morrer de rir, morrer de medo), our analysis extend such study, investigating the productivity of this network (frequency of types) and the nature of the semantic and syntactic disagreement or discrepancy (the phenomenon of mismatch) that establishes, synchronously, its pattern. This pattern – [Xv de YN/V] – has a verb as the X (chorar de, rolar de, morrer de, se acabar de, se arrebentar de...) that stands for the physical or physiological impact triggered by the excess of Y, a NP (de medo, de tristeza) or a VP (de rir, de estudar). Yet, our analysis points to: (1) a conventionalization of the SEC Construction, which instantiates 19 different types in the corpora investigated, (2) the articulation of the image schema of the Compulsion (JOHNSON, 1987) – which, in turn, requires the Force Dynamics (TALMY, 2000) –, the notion of Causality (LAKOFF AND JOHNSON, 2002[1980]; TOMASELLO, 2003[1999]) and the primary metaphors Causes Are Physical Forces and Intensity Is Scale (LAKOFF E JOHNSON, 1999) as conceptual basis of the constructional standard discussed; (3) the semantic reanalysis of X (verbs that raise the frames of physical or physiological impact) as a Scalar Operator, aligning itself with other canonical structures present in Portuguese, in the frame of Superlative Scale; (4) the pragmatic use of the construction as an argumentative strategy relevant to discursive contexts in which the speaker/writer has more freedom of subjective expression; and (5) the centrality of figurative processes in the institution of grammatical patterns.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisporUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em Letras: LinguísticaUFJFBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICALinguística cognitivaGramática das construçõesIntensidadeConstruções superlativasCognitive linguisticsConstruction grammarIntensitySuperlative constructionsA construção superlativa de expressão corporal: uma abordagem construcionistainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFTHUMBNAILigordeoliveiracosta.pdf.jpgigordeoliveiracosta.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1167https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4643/4/igordeoliveiracosta.pdf.jpge7ccdd8ecc5294d1b1843c3d9f325ec0MD54ORIGINALigordeoliveiracosta.pdfigordeoliveiracosta.pdfapplication/pdf584668https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/4643/1/igordeoliveiracosta.pdf38d7187252785bd541b9fc96ddfacb3bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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