“Amamos Sabota’ e Milton Santos”: o Rap Geográfico e outras linguagens no ensino de geografia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barroso, Vinícius Santos
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFJF
Texto Completo: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16563
Resumo: O movimento Hip Hop, originado nas periferias urbanas, surge da fusão entre entretenimento e a denúncia das injustiças sociais, incluindo o racismo estrutural, desemprego e desigualdade social. A estratificação e desigualdade racial presentes nas Américas, combustíveis para a estruturação do movimento cultural estudado nesta pesquisa, são parte da herança colonial, afetando cada país de maneira distinta. O surgimento do Hip Hop em Nova York está relacionado à reestruturação urbana após a desindustrialização da região. A diminuição da indústria resultou em menos recursos para políticas sociais, afetando a população carente, composta por trabalhadores de diversas origens étnicas, mas, sobretudo, afro-americanos e latino-americanos. O Rap, quando não cooptado pela ideologia burguesa e neoliberal, pode promover o pensamento decolonial necessário na América Latina, desafiando a episteme eurocêntrica que marginaliza as culturas do terceiro mundo. Isso requer autonomia para cada povo contar sua própria história. O Hip Hop, como movimento artístico, adapta-se regionalmente onde incorpora ritmos locais, como no Brasil com o samba, legitimando as experiências das periferias. O Hip Hop promove a paz, mesmo reconhecendo que a paz pode exigir conflito. No ensino de Geografia, o Rap pode ser empregado como linguagem, contribuindo para uma leitura da realidade social, permitindo aos alunos explorar práticas sociais por meio de oficinas e projetos culturais, incorporando os artistas à sala de aula, utilizando videoclipes, músicas e letras para abordar temas variados relacionados ao Hip Hop. Além disso, desenvolve habilidades de leitura espacial, promovendo a alfabetização crítica em Geografia. Nesse contexto, o Rap não é apenas um produto final avaliável, mas sim um meio para construir conhecimento geográfico. Esta dissertação apresenta como o “Rap Geográfico” pode ser utilizado no ensino, detalhando como os versos podem conter temas e conceitos geradores de diálogos, construções coletivas e possibilidades de aprendizado interdisciplinar. Para utilizar o Hip Hop na sala de aula de maneira eficaz, os professores devem pesquisar profundamente sua cultura e potencial emocional, evitando a apropriação cultural e respeitando suas raízes
id UFJF_f9230cc06be8874fb70290dcd8044fe2
oai_identifier_str oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/16563
network_acronym_str UFJF
network_name_str Repositório Institucional da UFJF
repository_id_str
spelling Amorim, Cassiano Caonhttp://lattes.cnpq.br/6238497607826554Lopes, Jader Janer Moreirahttp://lattes.cnpq.br/4297078672618566Castelo Branco, Uyguaciara Velosohttp://lattes.cnpq.br/7940523057526487http://lattes.cnpq.br/4107274334455687Barroso, Vinícius Santos2024-01-26T14:57:37Z2024-01-262024-01-26T14:57:37Z2023-11-22https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16563O movimento Hip Hop, originado nas periferias urbanas, surge da fusão entre entretenimento e a denúncia das injustiças sociais, incluindo o racismo estrutural, desemprego e desigualdade social. A estratificação e desigualdade racial presentes nas Américas, combustíveis para a estruturação do movimento cultural estudado nesta pesquisa, são parte da herança colonial, afetando cada país de maneira distinta. O surgimento do Hip Hop em Nova York está relacionado à reestruturação urbana após a desindustrialização da região. A diminuição da indústria resultou em menos recursos para políticas sociais, afetando a população carente, composta por trabalhadores de diversas origens étnicas, mas, sobretudo, afro-americanos e latino-americanos. O Rap, quando não cooptado pela ideologia burguesa e neoliberal, pode promover o pensamento decolonial necessário na América Latina, desafiando a episteme eurocêntrica que marginaliza as culturas do terceiro mundo. Isso requer autonomia para cada povo contar sua própria história. O Hip Hop, como movimento artístico, adapta-se regionalmente onde incorpora ritmos locais, como no Brasil com o samba, legitimando as experiências das periferias. O Hip Hop promove a paz, mesmo reconhecendo que a paz pode exigir conflito. No ensino de Geografia, o Rap pode ser empregado como linguagem, contribuindo para uma leitura da realidade social, permitindo aos alunos explorar práticas sociais por meio de oficinas e projetos culturais, incorporando os artistas à sala de aula, utilizando videoclipes, músicas e letras para abordar temas variados relacionados ao Hip Hop. Além disso, desenvolve habilidades de leitura espacial, promovendo a alfabetização crítica em Geografia. Nesse contexto, o Rap não é apenas um produto final avaliável, mas sim um meio para construir conhecimento geográfico. Esta dissertação apresenta como o “Rap Geográfico” pode ser utilizado no ensino, detalhando como os versos podem conter temas e conceitos geradores de diálogos, construções coletivas e possibilidades de aprendizado interdisciplinar. Para utilizar o Hip Hop na sala de aula de maneira eficaz, os professores devem pesquisar profundamente sua cultura e potencial emocional, evitando a apropriação cultural e respeitando suas raízesThe Hip Hop movement, originating in urban peripheries, emerges from the fusion of entertainment and the denunciation of social injustices, including structural racism, unemployment, and social inequality. The racial stratification and inequality present in the Americas, fueling the structure of the cultural movement studied in this research, are part of the colonial heritage, affecting each country in distinct ways. The emergence of Hip Hop in New York is related to urban restructuring after the deindustrialization of the region. The decline in industry resulted in fewer resources for social policies, affecting the underprivileged population, composed of workers from various ethnic backgrounds, but primarily African Americans and Latino Americans. Rap, when not co-opted by bourgeois and neoliberal ideology, can promote the necessary decolonial thinking in Latin America, challenging the Eurocentric episteme that marginalizes third-world cultures. This requires autonomy for each people to tell their own story. Hip Hop, as an artistic movement, adapts regionally by incorporating local rhythms, as seen in Brazil with samba, legitimizing the experiences of the peripheries. Hip Hop promotes peace, even recognizing that peace may require conflict. In Geography education, Rap can be employed as a language, contributing to a reading of social reality, allowing students to explore social practices through workshops and cultural projects, incorporating artists into the classroom, using music videos, songs, and lyrics to address various Hip Hop-related themes. Furthermore, it develops spatial reading skills, promoting critical literacy in Geography. In this context, Rap is not just an assessable end product but a means to build geographic knowledge. This dissertation presents how "Geographic Rap" can be used in education, detailing how verses can contain themes and concepts that generate dialogue, collective constructions, and possibilities for interdisciplinary learning. To effectively use Hip Hop in the classroom, teachers must deeply research its culture and emotional potential, avoiding cultural appropriation and respecting its roots.porUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)Programa de Pós-graduação em EducaçãoUFJFBrasilFaculdade de EducaçãoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAOHip hopGeografia escolarLinguagensEnsinoRap geográficoSchool geographyLanguagesTeachingGeographic rap“Amamos Sabota’ e Milton Santos”: o Rap Geográfico e outras linguagens no ensino de geografiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALviniciussantosbarroso.pdfviniciussantosbarroso.pdfPDF/Aapplication/pdf1801993https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16563/1/viniciussantosbarroso.pdf834643dc45f8db0a00058f8e41aed5b0MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16563/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82136https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16563/3/license.txtffbb04eaab5e689eb178ff1cf915d0d1MD53TEXTviniciussantosbarroso.pdf.txtviniciussantosbarroso.pdf.txtExtracted texttext/plain370578https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16563/4/viniciussantosbarroso.pdf.txt7893bc0debbb2eb26fb42e9b152ab62cMD54THUMBNAILviniciussantosbarroso.pdf.jpgviniciussantosbarroso.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1195https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16563/5/viniciussantosbarroso.pdf.jpg5fc6205ab49e250e7596a5f3a9a4dcc7MD55ufjf/165632024-01-27 04:04:30.317oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/16563TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkENCg0KQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gDQpJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgIHRyYWR1emlyIChjb25mb3JtZSBkZWZpbmlkbyBhYmFpeG8pLCBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uDQoNClZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uIFZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLg0KDQpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgSnVpeiBkZSBGb3JhIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLg0KDQpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPICBPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLg0KDQpPIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIEp1aXogZGUgRm9yYSAgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGRldGVudG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGEgcHVibGljYcOnw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIGFsw6ltIGRhcXVlbGFzIGNvbmNlZGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2024-01-27T06:04:30Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv “Amamos Sabota’ e Milton Santos”: o Rap Geográfico e outras linguagens no ensino de geografia
title “Amamos Sabota’ e Milton Santos”: o Rap Geográfico e outras linguagens no ensino de geografia
spellingShingle “Amamos Sabota’ e Milton Santos”: o Rap Geográfico e outras linguagens no ensino de geografia
Barroso, Vinícius Santos
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Hip hop
Geografia escolar
Linguagens
Ensino
Rap geográfico
School geography
Languages
Teaching
Geographic rap
title_short “Amamos Sabota’ e Milton Santos”: o Rap Geográfico e outras linguagens no ensino de geografia
title_full “Amamos Sabota’ e Milton Santos”: o Rap Geográfico e outras linguagens no ensino de geografia
title_fullStr “Amamos Sabota’ e Milton Santos”: o Rap Geográfico e outras linguagens no ensino de geografia
title_full_unstemmed “Amamos Sabota’ e Milton Santos”: o Rap Geográfico e outras linguagens no ensino de geografia
title_sort “Amamos Sabota’ e Milton Santos”: o Rap Geográfico e outras linguagens no ensino de geografia
author Barroso, Vinícius Santos
author_facet Barroso, Vinícius Santos
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Amorim, Cassiano Caon
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6238497607826554
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Lopes, Jader Janer Moreira
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4297078672618566
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Castelo Branco, Uyguaciara Veloso
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7940523057526487
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4107274334455687
dc.contributor.author.fl_str_mv Barroso, Vinícius Santos
contributor_str_mv Amorim, Cassiano Caon
Lopes, Jader Janer Moreira
Castelo Branco, Uyguaciara Veloso
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Hip hop
Geografia escolar
Linguagens
Ensino
Rap geográfico
School geography
Languages
Teaching
Geographic rap
dc.subject.por.fl_str_mv Hip hop
Geografia escolar
Linguagens
Ensino
Rap geográfico
School geography
Languages
Teaching
Geographic rap
description O movimento Hip Hop, originado nas periferias urbanas, surge da fusão entre entretenimento e a denúncia das injustiças sociais, incluindo o racismo estrutural, desemprego e desigualdade social. A estratificação e desigualdade racial presentes nas Américas, combustíveis para a estruturação do movimento cultural estudado nesta pesquisa, são parte da herança colonial, afetando cada país de maneira distinta. O surgimento do Hip Hop em Nova York está relacionado à reestruturação urbana após a desindustrialização da região. A diminuição da indústria resultou em menos recursos para políticas sociais, afetando a população carente, composta por trabalhadores de diversas origens étnicas, mas, sobretudo, afro-americanos e latino-americanos. O Rap, quando não cooptado pela ideologia burguesa e neoliberal, pode promover o pensamento decolonial necessário na América Latina, desafiando a episteme eurocêntrica que marginaliza as culturas do terceiro mundo. Isso requer autonomia para cada povo contar sua própria história. O Hip Hop, como movimento artístico, adapta-se regionalmente onde incorpora ritmos locais, como no Brasil com o samba, legitimando as experiências das periferias. O Hip Hop promove a paz, mesmo reconhecendo que a paz pode exigir conflito. No ensino de Geografia, o Rap pode ser empregado como linguagem, contribuindo para uma leitura da realidade social, permitindo aos alunos explorar práticas sociais por meio de oficinas e projetos culturais, incorporando os artistas à sala de aula, utilizando videoclipes, músicas e letras para abordar temas variados relacionados ao Hip Hop. Além disso, desenvolve habilidades de leitura espacial, promovendo a alfabetização crítica em Geografia. Nesse contexto, o Rap não é apenas um produto final avaliável, mas sim um meio para construir conhecimento geográfico. Esta dissertação apresenta como o “Rap Geográfico” pode ser utilizado no ensino, detalhando como os versos podem conter temas e conceitos geradores de diálogos, construções coletivas e possibilidades de aprendizado interdisciplinar. Para utilizar o Hip Hop na sala de aula de maneira eficaz, os professores devem pesquisar profundamente sua cultura e potencial emocional, evitando a apropriação cultural e respeitando suas raízes
publishDate 2023
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-11-22
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2024-01-26T14:57:37Z
dc.date.available.fl_str_mv 2024-01-26
2024-01-26T14:57:37Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16563
url https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16563
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-graduação em Educação
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFJF
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Faculdade de Educação
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFJF
instname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron:UFJF
instname_str Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
instacron_str UFJF
institution UFJF
reponame_str Repositório Institucional da UFJF
collection Repositório Institucional da UFJF
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16563/1/viniciussantosbarroso.pdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16563/2/license_rdf
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16563/3/license.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16563/4/viniciussantosbarroso.pdf.txt
https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/16563/5/viniciussantosbarroso.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 834643dc45f8db0a00058f8e41aed5b0
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
ffbb04eaab5e689eb178ff1cf915d0d1
7893bc0debbb2eb26fb42e9b152ab62c
5fc6205ab49e250e7596a5f3a9a4dcc7
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801661391780708352