O debate desenvolvimentista no Brasil no limiar do século XXI: uma análise das políticas econômicas e sociais dos governos Lula e Dilma
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFJF |
Texto Completo: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13845 |
Resumo: | A compreensão do desenvolvimento socioeconômico sempre mobilizou debates a respeito das estratégias de superação do subdesenvolvimento e da dinamização das economias nacionais. A longa tradição de pensamento que enxergava como caminho do desenvolvimento a modernização das forças produtivas, por meio da industrialização, teve seu pioneirismo no continente europeu, mas foi a tentativa de explicar o subdesenvolvimento latino-americano a partir das relações assimétricas entre países centrais e periféricos que fez este pensamento ganhar força na América Latina. Os longos anos de discussão trouxeram a oportunidade de atualização das ideias, partindo do resgate de um pensamento original do passado e respondendo aos desafios da atualidade. Os novos desafios enfrentados pela economia brasileira exigem uma retomada das discussões a respeito do desenvolvimento do país. Tendo isso como base, o objetivo deste trabalho é analisar se as políticas econômicas e sociais dos períodos dos governos Lula e Dilma podem ser caracterizadas como desenvolvimentistas. A hipótese é de que apesar dos esforços para construção de um projeto desenvolvimentista, não é possível classificar esses governos como tal. Para tanto, foram retomadas as ideias do velho desenvolvimentismo e dos novos desenvolvimentismos, bem como os principais eixos da política econômica dos governos do Partido dos Trabalhadores. A metodologia utilizada foi uma revisão de literatura a respeito do pensamento sobre desenvolvimento econômico do Brasil desde meados do século XX, além da análise de estudos sobre o desempenho da política econômica nos governos Lula e Dilma. A análise descritiva das políticas implementadas entre 2003-2014 mostrou que não é possível observar a partir da totalidade dessas medidas que se trataram de governos desenvolvimentistas, dada a convivência de políticas pró-emprego e pró- investimento com medidas ortodoxas. |
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Os longos anos de discussão trouxeram a oportunidade de atualização das ideias, partindo do resgate de um pensamento original do passado e respondendo aos desafios da atualidade. Os novos desafios enfrentados pela economia brasileira exigem uma retomada das discussões a respeito do desenvolvimento do país. Tendo isso como base, o objetivo deste trabalho é analisar se as políticas econômicas e sociais dos períodos dos governos Lula e Dilma podem ser caracterizadas como desenvolvimentistas. A hipótese é de que apesar dos esforços para construção de um projeto desenvolvimentista, não é possível classificar esses governos como tal. Para tanto, foram retomadas as ideias do velho desenvolvimentismo e dos novos desenvolvimentismos, bem como os principais eixos da política econômica dos governos do Partido dos Trabalhadores. A metodologia utilizada foi uma revisão de literatura a respeito do pensamento sobre desenvolvimento econômico do Brasil desde meados do século XX, além da análise de estudos sobre o desempenho da política econômica nos governos Lula e Dilma. A análise descritiva das políticas implementadas entre 2003-2014 mostrou que não é possível observar a partir da totalidade dessas medidas que se trataram de governos desenvolvimentistas, dada a convivência de políticas pró-emprego e pró- investimento com medidas ortodoxas.Understanding the socioeconomic development has always mobilized debates about strategies for overcoming underdevelopment and dynamizing national economies. The long tradition of thought that saw the modernization of productive forces through industrialization as a path to development had its pioneering spirit on the European continent. However, it was the attempt to explain Latin American underdevelopment from the point of view of asymmetric relations between central and peripheral countries that made this thought gain strength in Latin America. The long years of discussion brought the opportunity to update ideas, starting from the rescue of an original thought of the past and responding to the challenges of today. Based on this, the objective of this work is to analyze whether the economic and social policies of the Lula and Dilma government periods can be characterized as developmental. The hypothesis is that despite efforts to build a developmental project, it is not possible to classify these governments as such. For that, the ideas of the old developmentalism and the new developmentalisms were taken up, as well as the main axes of the economic policy of the Workers’ Party governments. The methodology used was a review of the literature on thinking about economic development in Brazil since the mid-twentieth century, in addition to the analysis of studies on the performance of economic policy in the Lula and Dilma governments. The descriptive analysis of the policies implemented between 2003-2014 showed that it is not possible to observe from all these measures that they were developmentalist governments, given the coexistence of pro- employment and pro-investment policies with orthodox measures.porUniversidade Federal de Juiz de Fora - Campus Avançado de Governador ValadaresUFJF/GVBrasilICSA - Instituto Ciências Sociais AplicadasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIADesenvolvimentoSocial-DesenvolvimentismoNeodesenvolvimentismoBrasilDevelopmentSocial-developmentalismNew-developmentalismBrazilO debate desenvolvimentista no Brasil no limiar do século XXI: uma análise das políticas econômicas e sociais dos governos Lula e Dilmainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisreponame:Repositório Institucional da UFJFinstname:Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)instacron:UFJFORIGINALgabrielamarinhosaraiva.pdfgabrielamarinhosaraiva.pdfapplication/pdf1163030https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13845/1/gabrielamarinhosaraiva.pdfd76d081ebc218630a2b9b62d0024b5beMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13845/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13845/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTgabrielamarinhosaraiva.pdf.txtgabrielamarinhosaraiva.pdf.txtExtracted texttext/plain110482https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13845/4/gabrielamarinhosaraiva.pdf.txt32d83c4405cd619f82b70c7e7222b004MD54THUMBNAILgabrielamarinhosaraiva.pdf.jpggabrielamarinhosaraiva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1174https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13845/5/gabrielamarinhosaraiva.pdf.jpge51af4d36df6bd217668410bdea3ea9eMD55ufjf/138452022-03-05 03:08:39.214oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/13845Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufjf.br/oai/requestopendoar:2022-03-05T06:08:39Repositório Institucional da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)false |
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