Desempenho de híbridos de linhagens parcialmente endogâmicas de milho em regiões dos estados de Roraima e Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho,Agnaldo Donizete Ferreira de
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Souza,João Cândido de, Ribeiro,Pedro Hélio Estevam
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Ciência e Agrotecnologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-70542003000500003
Resumo: Entre as alternativas de tipos de híbridos de milho (Zea mays L.), os que envolvem linhagens parcialmente endogâmicas (LPE) S2 possuem a vantagem de maior rapidez na obtenção, se comparados com linhagens de endogamia completa. Essas LPE S2 podem ser obtidas a partir de qualquer tipo de população, porém, uma boa opção seria aquelas derivadas de híbridos simples comerciais, que associam produtividade e grande proporção de locos segregantes. Com esse intuito, o presente trabalho foi conduzido visando à avaliação de híbridos de LPE S2 derivados de três híbridos simples comerciais. Para obtenção dos híbridos, foram selecionados 30 LPE S2 de três populações distintas das cultivares híbridas comerciais: AG-9012, C-333B e Z-8392. Os cruzamentos foram realizados em esquema de dialelo circulante, em que cada LPE S2 de uma população foi cruzada com outras três LPE S2 de outra população. Para os cruzamentos, as LPE S2 foram semeadas em linha com dez metros cada uma. No aparecimento das primeiras espigas, as mesmas foram protegidas e, por ocasião da polinização, uma mistura de pólen de cada LPE S2 foi utilizada para polinizar pelo menos dez plantas de uma outra população LPE S2. Os híbridos obtidos foram avaliados em Boa Vista, Roraima e em Lavras, Minas Gerais, utilizando-se o delineamento látice simples 12x12, envolvendo os 135 híbridos LPE S2 obtidos e mais nove testemunhas, sendo elas as gerações F1 dos híbridos simples AG-9012, C-333B e Z-8392, um híbrido duplo (C 435) e cinco outros híbridos intervarietais. A parcela experimental foi constituída por uma linha de três metros de comprimento, espaçada de 90 cm entre linhas e permanecendo um total de cinco plantas por metro linear após o desbaste. As seguintes variáveis foram avaliadas: peso de espiga despalhada (PESP), altura de planta (ALTP) e altura de espiga (ALTE). Para a PESP, 81% dos híbridos S2 foram superiores às médias das testemunhas. Observou-se que 17% dos híbridos de LPE S2 tiveram desempenho superior ao híbrido simples C-333B C (10,76 t/ha) e 46% apresentaram desempenho superior à testemunha C-435 (9,56 t/ha), um híbrido duplo amplamente utilizado nos dois estados. Para ALTP e ALTE, os resultados foram semelhantes a PESP, salientado que o contraste H vs T foi não-significativo, inferindo-se que os híbridos S2 e as testemunhas apresentaram, em média, as mesmas ALTP e ALTE. Com esse fato, evidencia-se que os híbridos LPE S2 são semelhantes aos híbridos comerciais e mostra o potencial da utilização desse tipo de híbridos no Brasil, que pode substituir com vantagens alguns híbridos comerciais disponíveis no mercado.
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