PLANILHA COMPUTACIONAL PARA O MANEJO DA IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO CONVENCIONAL DE CULTURAS AGRÍCOLAS

• Autor(a) principal: Jessica Ellen Lima Dias
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFLA
• Texto Completo: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/44450; http://sip.prg.ufla.br/arquivos/php/bibliotecas/repositorio/download_documento/20192_201710074

Para o processo de irrigação, a disponibilidade de recurso hídrico é um fator limitante e deve ser observada. Com isso, para determinar o volume de água a ser aplicado nas culturas o objetivo do manejo deve ser a obtenção da máxima produção por unidade de água. Cerca de 54 de toda a água captada anualmente no Brasil destina-se ao cultivo de culturas irrigadas. Desse quantitativo apenas 40 do volume de água atinge as reais necessidades hídricas das culturas. Os 60 restantes se perdem em problemas dos sistemas, e especialmente no manejo inadequado da irrigação, quando se aplicam lâminas superestimadas. Essa ineficiência gera um desperdício de aproximadamente 16.500 milhões de m³ de água anualmente. Dos problemas encontrados no processo de aplicação da água nas culturas nota-se que existe uma lacuna na compreensão sobre a quantidade e a periodicidade de irrigação. E ainda que os equipamentos utilizados para o controle exato do fornecimento de água às culturas são onerosos diante dos custos de produção, principalmente para médios e pequenos produtores. Portanto, este trabalho se balizou na criação de uma plataforma computacional que diante da alimentação de dados fornece a quantidade e o momento de aplicação da irrigação. Utilizou-se o ambiente Excel® e a linguagem de programação VBA (Visual Basic for Applications) para criar a plataforma. De posse dos elementos meteorológicos, é calculada a evapotranspiração de referência (ET0) adotando a metodologia de Penman-Monteith-FAO. Em seguida estima-se a evapotranspiração da cultura (ETc) aplicando o coeficiente da cultura (Kc) variando por interpolação de acordo com a fase fenológica. Diante da demanda hídrica (ETc) e dos parâmetros físico-hídricos do solo é possível estabelecer a quantidade e o momento adequado da irrigação de forma prática e eficiente durante todo o ciclo da cultura. Pela planilha de cálculos, executado o balanço hídrico, levando em consideração as chuvas ocorrentes, efetua-se a proposta do manejo da irrigação bem como o tempo de funcionamento dos emissores do sistema de aspersão convencional. Este procedimento auxilia o irrigante em sua tomada de decisão quanto à quantidade e ao turno de rega a ser adotado, evitando a falta ou excesso de água às culturas.