PERFIL DO CONSUMO DE ADOÇANTES E CONHECIMENTOS SOBRE AÇÚCARES POR DIABÉTICOS

• Autor(a) principal: Fernanda Mendonça Terra
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFLA
• Texto Completo: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/43757; http://sip.prg.ufla.br/arquivos/php/bibliotecas/repositorio/download_documento/20191_201520175

Nos últimos anos, houve uma mudança no perfil da mortalidade da população brasileira, diminuindo os óbitos por doenças infectocontagiosas e aumentando as mortes decorrentes de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), das quais, a hipertensão arterial e o Diabetes mellitus (DM) são as mais comuns. Alguns alimentos, como o açúcar, quando consumidos em excesso podem trazer consequências danosas para a saúde, especialmente para os indivíduos portadores de DM. Neste sentido, este trabalho objetivou investigar o consumo de alimentos dietéticos e de adoçantes por estudantes de uma universidade pública da cidade de Lavras-MG e por frequentadores de uma Estratégia Saúde da Família (ESF) de um bairro da mesma cidade, bem como avaliar o conhecimento dos mesmos sobre os tipos de açúcares existentes. Foi utilizada uma amostra não probabilística por conveniência de 30 voluntários portadores de DM (tipo 1 ou tipo 2) com idade entre 18 e 73 anos. O estudo consistiu em uma entrevista empregando um questionário semiestruturado e na avaliação do estado nutricional com base no Índice de Massa Corporal. Observou-se que 80 dos universitários são eutróficos e 80 dos usuários da ESF estão acima do peso. A maior parte dos entrevistados faz uso de adoçantes, sendo 86,7 dos universitários e 66,7 dos usuários da ESF. Dos universitários, 73,4 acreditam que o uso do adoçante ajuda a conviver melhor com o DM e 46,6 dos usuários da ESF têm a mesma visão. Grande parte dos voluntários faz consumo diário de alimentos adicionados de adoçantes, sendo o café o mais consumido entre 53,3 dos universitários de duas a três vezes ao dia. Sobre alimentos diet e light, 46,7 dos universitários classificam como diet alimentos para diabéticos e 40 acreditam que alimentos light são para emagrecer. Os usuários da ESF, 33,3 classificam como diet alimentos para diabéticos e 33,3 classificam alimentos light como aqueles com menos gordura. Sobre os açúcares, notou-se que 86,6 dos universitários e 73,4 dos usuários da ESF reconheceram mais de 50 dos alimentos que possuem açúcares na sua composição e 13,3 dos universitários e 20 dos usuários da ESF não souberam identificar ingredientes que são açúcares. Portanto, pode-se concluir com o presente estudo, que a maioria dos diabéticos entrevistados faz uso de adoçantes, porém não tem um conhecimento amplo sobre alimentos dietéticos e nem mesmo sobre os tipos de açúcares existentes. Aqueles que possuem menor escolaridade e menor classificação socioeconômica demonstraram ter menor conhecimento e possuir menos informações, e um portador de DM mal orientado ou sem instruções especializadas, pode ter o prognóstico e controle da doença comprometido. Para mudar essa realidade os diabéticos devem se informar e se interessar mais sobre os assuntos relacionados ao DM. Quanto aos profissionais, esses devem saber instruir, orientar e passar informações especializadas para os seus pacientes para que saibam conviver melhor com a doença.