O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fleck, Amaro de Oliveira
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFLA
Texto Completo: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/11888
Resumo: In this paper, I try to offer an interpretative analysis of the concept of fetishism (of commodity, of money and of capital) in Marx’s work. To this end, I outline the historical genesis of the words fetish and fetishism (I), in order to show, in the sequence, that Marx reverses the use of these concepts, so that he doesn’t refer to the “other”, but, on the contrary, in order to designate something essential to capitalist modernity (II). I examine, furthermore, the appearance of this concept both before and in Capital (III), with the aim to show that the concept of fetishism in Marx’s work is always bound with the phenomenon of transubstantiation (of work always present in the commodity) and that the object fetish distinguishes itself from others because it always has a “double existence”. In the sequence, I analyze the resemblance of the capitalism to religion as forms of social “opacity”, as ways of enchantment of the world, an enchantment that prevents the creation of a just and rational situation (IV). I conclude my article with a succinct analysis of how it would be possible, according to Marx, to overcome the fetishism, i.e., in an analysis of what a non-fetishist society would be.
id UFLA_77023857befae91fa2a9183cd4dc9b86
oai_identifier_str oai:localhost:1/11888
network_acronym_str UFLA
network_name_str Repositório Institucional da UFLA
repository_id_str
spelling O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretaçãoThe concept of fetishism in marxian’s work: an attempt to interpretationFetichismoCapitalismo – CríticaFetishismCapitalism – CriticismMarx, Karl, 1818-1883. O CapitalIn this paper, I try to offer an interpretative analysis of the concept of fetishism (of commodity, of money and of capital) in Marx’s work. To this end, I outline the historical genesis of the words fetish and fetishism (I), in order to show, in the sequence, that Marx reverses the use of these concepts, so that he doesn’t refer to the “other”, but, on the contrary, in order to designate something essential to capitalist modernity (II). I examine, furthermore, the appearance of this concept both before and in Capital (III), with the aim to show that the concept of fetishism in Marx’s work is always bound with the phenomenon of transubstantiation (of work always present in the commodity) and that the object fetish distinguishes itself from others because it always has a “double existence”. In the sequence, I analyze the resemblance of the capitalism to religion as forms of social “opacity”, as ways of enchantment of the world, an enchantment that prevents the creation of a just and rational situation (IV). I conclude my article with a succinct analysis of how it would be possible, according to Marx, to overcome the fetishism, i.e., in an analysis of what a non-fetishist society would be.No presente artigo busco oferecer uma análise interpretativa do conceito de fetichismo (da mercadoria, do dinheiro e do capital) na obra marxiana. Para tanto, delineio, sucintamente, a gênese histórica dos termos fetiche e fetichismo (I), para, em seguida, demonstrar que Marx inverte o uso deste conceito, de tal maneira que ele não mais se refere ao “outro”, mas, ao contrário, designa algo da própria modernidade capitalista com este conceito (II). Analiso, posteriormente, as aparições do termo nas obras anteriores a O Capital e em O Capital (III), visando mostrar que o conceito de fetichismo, em Marx, está sempre ligado a um fenômeno de transubstanciação (do trabalho já realizado na mercadoria) e que os objetos fetiche diferenciam-se dos demais por sempre possuírem uma “dupla existência”. A seguir, examino a semelhança do capitalismo com as religiões como formas de “opacidade” social, como formas de encantamento do mundo, encantamento este que impede a criação de uma situação racional e justa (IV). Concluo o artigo com uma breve análise de como seria possível superar, segundo Marx, o fetichismo, isto é, dizer no que consistiria uma sociedade não fetichista.Universidade Federal de Santa Catarina2016-10-06T20:14:30Z2016-10-06T20:14:30Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfFLECK, A. de O. O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretação. Ethica, Florianópolis, v. 11, n. 1, p. 141-158, jun. 2012.http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/11888Ethicareponame:Repositório Institucional da UFLAinstname:Universidade Federal de Lavras (UFLA)instacron:UFLAFleck, Amaro de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-04-25T17:28:20Zoai:localhost:1/11888Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufla.br/oai/requestnivaldo@ufla.br || repositorio.biblioteca@ufla.bropendoar:2023-04-25T17:28:20Repositório Institucional da UFLA - Universidade Federal de Lavras (UFLA)false
dc.title.none.fl_str_mv O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretação
The concept of fetishism in marxian’s work: an attempt to interpretation
title O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretação
spellingShingle O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretação
Fleck, Amaro de Oliveira
Fetichismo
Capitalismo – Crítica
Fetishism
Capitalism – Criticism
Marx, Karl, 1818-1883. O Capital
title_short O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretação
title_full O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretação
title_fullStr O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretação
title_full_unstemmed O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretação
title_sort O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretação
author Fleck, Amaro de Oliveira
author_facet Fleck, Amaro de Oliveira
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Fleck, Amaro de Oliveira
dc.subject.por.fl_str_mv Fetichismo
Capitalismo – Crítica
Fetishism
Capitalism – Criticism
Marx, Karl, 1818-1883. O Capital
topic Fetichismo
Capitalismo – Crítica
Fetishism
Capitalism – Criticism
Marx, Karl, 1818-1883. O Capital
description In this paper, I try to offer an interpretative analysis of the concept of fetishism (of commodity, of money and of capital) in Marx’s work. To this end, I outline the historical genesis of the words fetish and fetishism (I), in order to show, in the sequence, that Marx reverses the use of these concepts, so that he doesn’t refer to the “other”, but, on the contrary, in order to designate something essential to capitalist modernity (II). I examine, furthermore, the appearance of this concept both before and in Capital (III), with the aim to show that the concept of fetishism in Marx’s work is always bound with the phenomenon of transubstantiation (of work always present in the commodity) and that the object fetish distinguishes itself from others because it always has a “double existence”. In the sequence, I analyze the resemblance of the capitalism to religion as forms of social “opacity”, as ways of enchantment of the world, an enchantment that prevents the creation of a just and rational situation (IV). I conclude my article with a succinct analysis of how it would be possible, according to Marx, to overcome the fetishism, i.e., in an analysis of what a non-fetishist society would be.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012
2016-10-06T20:14:30Z
2016-10-06T20:14:30Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv FLECK, A. de O. O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretação. Ethica, Florianópolis, v. 11, n. 1, p. 141-158, jun. 2012.
http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/11888
identifier_str_mv FLECK, A. de O. O conceito de fetichismo na obra marxiana: uma tentativa de interpretação. Ethica, Florianópolis, v. 11, n. 1, p. 141-158, jun. 2012.
url http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/11888
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Santa Catarina
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Santa Catarina
dc.source.none.fl_str_mv Ethica
reponame:Repositório Institucional da UFLA
instname:Universidade Federal de Lavras (UFLA)
instacron:UFLA
instname_str Universidade Federal de Lavras (UFLA)
instacron_str UFLA
institution UFLA
reponame_str Repositório Institucional da UFLA
collection Repositório Institucional da UFLA
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFLA - Universidade Federal de Lavras (UFLA)
repository.mail.fl_str_mv nivaldo@ufla.br || repositorio.biblioteca@ufla.br
_version_ 1815439310896234496