Quando eu pulei o muro: travestilidades em corpos-existências apesar dos silêncios da escola

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Marlyson Junio Alvarenga
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFLA
Texto Completo: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/4976
Resumo: Dissertação apresentada à Universidade Federal de Lavras, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em Educação - Mestrado Profissional, área de concentração em Formação de Professores, para a obtenção do título de Mestre.
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However, in order to make themselves, to develop as of leaving the cocoon and transform, they will use many techniques and strategies in what I called bodies-existence, for they build their bodies and invent an eternal future. Therefore, their existence undergo the construction of these bodies and are made exactly in this construction. The passage from the effeminate boy to transvestite is a process, most of the time, painful, since one of its techniques is the use of industrial silicone, which is injected by an older transvestite, thus revealing the abjection of this process. The transformation is a passage ritual, a second birth. Thus, I weaved the mesh that is problematizing their speeches, articulating them with the theory. Bring their life narratives and go along with the post-structuralism writings, thinking this society, this school in which the transvestites are immersed or not, and try to rethink this norm, or even this heteronorm, as being the only form of expressing desires and sexualities. All the abjection their bodies suffer for not complying with a standard, a linearity of the sex-gender-desire is problematized. And say that their bodies invent a new aesthetic of existence. Their creative resistances become strategic when facing the bio-power. However, it was to rethink the discrimination and the prejudice; to rethink the abjection, the violence and the reaffirmation of the norm by school that this work was conducted. I addressed the lives that dare to face heteronormativity, that dare to live their desires inside all the difficulties and adversities. The narrators were brought as passengers of existence, as new builders of self, considering a phallocentric, white and of middle class standard and a school that is still silent in the midst of so many injustice and violence suffered by the called “strange”.No presente trabalho problematizam-se narrativas de travestis sobre suas vidas e sobre o período que passaram na escola. São suas lembranças que evoquei aqui. Histórias de tristezas, de dores e de alegrias, de discriminação e preconceito. Vidas que ousaram se construir em contradição com a norma estabelecida. No entanto, para se fazerem, para desabrocharem como que saindo do casulo e se transformarem, essas usarão de muitas técnicas e estratégias no que chamei de corpos-existência, pois essas constroem seus corpos e se inventam em um eterno devir. Portanto, suas existências passam pela construção desses corpos e se fazem justamente nessa construção. A passagem do menino afeminado à travesti é um processo muitas vezes dolorido, pois uma de suas técnicas é o uso do silicone industrial, o qual é injetado por outra travesti mais velha, revelando, assim, a abjeção desse processo. A transformação é um rito de passagem, é um segundo nascimento. E, assim, fui tecendo a malha que é problematizar suas falas, articulando-as à teoria. Trazer suas narrativas de vida e ir juntamente aos escritos do pós-estruturalismo, pensando essa sociedade, essa escola em que as travestis estão imersas, ou não e tentar repensar essa norma, ou ainda essa heteronorma, como sendo a única forma de expressar desejos e sexualidades. É problematizada toda a abjeção que seus corpos sofrem por descumprirem um padrão, uma linearidade do sexo-gênero-desejo. E dizer que seus corpos inventam uma nova estética do existir. Suas resistências criativas tornam-se estratégicas frente ao biopoder. Portanto, foi para repensar a discriminação e o preconceito; para repensar a abjeção, as violências e a reafirmação da norma pela escola que este trabalho foi feito. Tratei de vidas que ousam enfrentar a heteronormatividade, que ousam viver seus desejos em meio a tantos percalços e intempéries. As narradoras são trazidas como atravessantes da existência, como novas construtoras de si perante um padrão falocêntrico, branco e de classe média e uma escola que ainda se cala em meio a tantas injustiças e violências sofridas pelas/os chamadas/os “estranhos”.UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRASDED - Departamento de EducaçãoUFLABRASILRibeiro, Cláudia MariaFerrari, AndersonReis, Fábio Pinto Gonçalves dosPereira, Marlyson Junio Alvarenga2015-01-29T19:42:06Z2015-01-29T19:42:06Z2015-01-292014-11-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfPEREIRA, M. J. A. Quando eu pulei o muro: travestilidades em corpos-existências apesar dos silêncios da escola. 2014. 99 p. Dissertação (Mestrado Profissional em Educação) - Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2014.http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/4976info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFLAinstname:Universidade Federal de Lavras (UFLA)instacron:UFLA2023-05-08T12:14:38Zoai:localhost:1/4976Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufla.br/oai/requestnivaldo@ufla.br || repositorio.biblioteca@ufla.bropendoar:2023-05-08T12:14:38Repositório Institucional da UFLA - Universidade Federal de Lavras (UFLA)false
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