Morfologia e patogenicidade de Colletotrichum cocodes em frutos de tomate e plantas de batata

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Maria Helena Diógenes
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFLA
Texto Completo: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/2914
Resumo: Fitopatologia
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spelling Morfologia e patogenicidade de Colletotrichum cocodes em frutos de tomate e plantas de batataMorphology and pathogenicity of Colletotrichum coccodes in fruits of tomato and plants of potatoFitodoençaEpidemiologiaCaracterização morfológicaHortaliçasSeveridadePlant diseaseEpidemiologyMorfological characteizationHorticultureSeverityCNPQ_NÃO_INFORMADOFitopatologiaColletotrichum coccodes (Wallr.) S.J. Hughes é um patógeno de plantas da família Solanaceae. O patógeno é bem estudado em outros países, onde pode causar danos consideráveis nas plantações de tomate e batata. No Brasil, embora existam registros sobre sua ocorrência, não há informações sobre a biologia e distribuição do fungo. Neste trabalho foram conduzidos ensaios visando a caracterização morfológica e biológica, testes de patogenicidade em frutos destacados de tomate e um estudo do progresso temporal de "black dot" em plantas de batata. Os estudos foram realizados no Departamento de Fitopatologia da UFLA em Lavras, MG. Cinco isolados de C. coccodes, mais três isolados das espécies C. lindemuthianum, C. gloeosporioides e C. acutatum foram usados para o estudo morfológico. No bioensaio, apenas os isolados de C. coccodes foram usados. Isolados de C. coccodes apresentaram morfologia uniforme e crescimento ótimo entre 20 e 21 °C. Diferenciaram-se das demais espécies estudadas pela produção abundante de esclerócios, formato e dimensões dos conídios e aspecto visual das colônias. Os isolados apresentaram esporulação que variava entre 1 x 105 e 1 x 106 conídios/mL. Na germinação de conídios, os isolados CML 69, CML 71 e CML 302 apresentaram maiores índices. No teste de patogenicidade, todos os isolados comportaram-se da forma similar. Os isolados CML 69, CML 71 e CML 302, foram os selecionados para os demais estudos. Testes de patogenicidade foram feitos com frutos de tomate maduros, nas temperaturas de 10, 15, 20, 25 e 30 °C. Estruturas do patógeno foram depositadas sobre a superfície dos frutos, feridos ou não. A temperatura influenciou significativamente (P=0,05) no desenvolvimento de lesões em frutos de tomate. Os isolados apresentaram diferentes pontos de máximo desenvolvimento da doença variando entre 21,4 e 30 °C. Frutos inoculados, porém não feridos, não desenvolveram a doença, mostrando que o fungo necessita de uma injúria para que possa penetrar e causar danos. Para o progresso temporal do "black dot" em plantas de batata, mudas com 20 dias de idade tiveram suas raízes imersas em uma suspensão de 1 x 106 conídios/mL, por 20 segundos. Vasos foram acondicionados em casa de vegetação e avaliações feitas semanalmente a partir do sétimo dia, medindo a altura da planta, o comprimento de raiz e de tubérculo e observando o aparecimento de sintomas. O patógeno foi re-isolado das partes avaliadas a cada avaliação, por 12 semanas. Os sinais do patógeno e o re-isolamento dos isolados foram possíveis a partir dos 14 dias. As plantas testemunhas não apresentaram sinais ou sintomas da doença em nenhuma das avaliações. Os tubérculos apresentaram redução da qualidade visual e redução de peso. As raízes foram as primeiras a manifestar sintomas da doença. Plantas testemunhas diferiram dos demais tratamentos a partir da quarta semana. A reprodução de sinais e sintomas em frutos de tomate e de "black dot" em plantas de batata mostra que C. coccodes pode infectar e causar danos nessas culturas sob condições brasileiras.Colletotrichum coccodes (Wallr.) S.J. Hugher is a pathogen of the family Solanaceae. This pathogen is well known in other countries where it can cause considerable losses in plantations of tomato and potato. In Brazil, where reports of outbreaks caused by this fungal species can be found in literature, there is almost no information available on the biology and distribution of this pathogen. In this study we conducted a morphological and biological characterization of C. coccodes, pathogenicity assays on detached tomato fruits and a study on the temporal progress of black dot in potato plants. Five isolates of C. coccodes, and one isolate of each of the species C. lindemuthianum, C. gloeosporioides and C. acutatum were included in the morphological characterization. In the bioassay, only isolates of C. coccodes were used. Isolates of C. coccodes presented uniform morphology and best growth rates at 20 and 21 C. The species can easily be separated from the other based on the abundant production of sclerotial bodies, shape and dimensions of conidia and visual aspect of colonies. The spore production varied from 105 to 106 conidia mL-1. Isolates CML 69, CML 71 and CML 302 presented the best germination rates of conidia and were therefore selected to be used in the subsequent trials. Pathogenicity assays were made by using ripe tomato fruits that after inoculation were incubated at 10, 15, 20, 25 and 30 C. Structures of the pathogen were deposited on the surface of the fruits, both with and without wounding. The temperature significantly (P0.05) influenced the development of lesions on tomato fruits. The maximum lesion development varied among isolates in the range of 21.4 to 30 C. No lesion was observed on inoculated but unwounded fruits, showing that the fungus do not penetrate the intact cuticle. In the assays on temporal progress of black dot in potato plants, 20 day old plantlets had their roots dipped in a spore suspension, 106 conidia . mL-1, during 20 seconds and were then placed in a greenhouse. Evaluations were made weekly, starting from the seventh day after inoculation regarding plant height, root and tuber length, as well as typical disease symptom development. The pathogen was re-isolated from the plant sites evaluated during the entire assessment period of 12 weeks, with typical C. coccodes colonies starting to appear from plant tissues re-isolated 14 days after the inoculation of the fungus. No symptoms have been observed in control plants during the evaluation period. The tubers of inoculated plants had their size reduced and a bad visual quality. Roots evidenced disease symptoms first. Control plants began to present significant statistical differences for the variables analyzed, when compared with the inoculated plants, after the fourth week of evaluation. The reproduction of symptoms of anthracnose and black dot in tomatos and potato plants, respectively, under controlled conditions shows that C. coccodes has the potential to infect and to cause losses in field conditions of Brazil.UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRASDFP - Programa de Pós-graduaçãoUFLABRASILPfenning, Ludwig HeinrichPozza, Edson AmpélioMachado, José da CruzMassola Junior, Nelson SidneiCosta, Maria Helena Diógenes2014-08-18T19:35:01Z2014-08-18T19:35:01Z2014-08-182006-01-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfCOSTA, M. H. D. Morfologia e patogenicidade de Colletotrichum coccodes em frutos de tomate e plantas de batata. 2006. 84 p. Dissertação (Mestrado em Agronomia)-Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2006.http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/2914info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFLAinstname:Universidade Federal de Lavras (UFLA)instacron:UFLA2023-05-11T19:32:19Zoai:localhost:1/2914Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufla.br/oai/requestnivaldo@ufla.br || repositorio.biblioteca@ufla.bropendoar:2023-05-11T19:32:19Repositório Institucional da UFLA - Universidade Federal de Lavras (UFLA)false
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