Libertas quae sera tamen: a memória desdobrada da infância mineira em Menino antigo, de Carlos Drummond de Andrade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carmo, Mirella Carvalho do
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Portolomeos, Andréa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFLA
Texto Completo: http://repositorio.ufla.br/jspui/handle/1/56764
Resumo: Neste artigo, pretendemos refletir acerca dos desdobramentos das memórias da infância mineira que constituem a obra Menino Antigo (1973), de Drummond. Para tanto, trabalharemos com a ideia de um “sujeito lírico fora de si” (COLLOT, 2004) – que se distancia da concepção defendida pela tradição da lírica moderna (FRIEDRICH, 1978) –, discutindo uma reconfiguração da categoria do sujeito lírico na pós-modernidade. Nesse sentido, investigaremos a “liberdade, ainda que tardia” do eu cartesiano que, pela poesia contemporânea, consegue expandir-se e reconhecer-se nos outros e como um outro, isto é, como um sujeito atravessado por identidades múltiplas. Assim, temos as rememorações do eu lírico drummondiano dando existência ao mundo de Minas no século XX (CANDIDO, 2000) e também um mundo mineiro cantado por um poeta aberto à alteridade, o que problematiza a concepção tradicional de “mineiridade”. Nesse viés, analisaremos poemas da obra Menino Antigo para percebermos a representação da(s) infância(s) mineira(s) nessa lírica. Ademais, discutiremos as memórias plurais de uma Minas também plural, pois que enunciada por um poeta multíplice, que retoma o seu passado e o de seu grupo social no presente da enunciação poética, reelaborando-o e fazendo-o ecoar pela voz de um eu que já é um outro.
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