As identidades negras da EJA em diálogo com a (re)educação das relações étnico-raciais

• Autor(a) principal: Ferreira, Luís Carlos
• Data de Publicação: 2021
• Outros Autores: Malú, Euclides André Musdna
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Educação e Emancipação
• Texto Completo: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/reducacaoemancipacao/article/view/18172
• topic: Relações Étnico-Raciais; Identidades africanas e afro-brasileiras; Educação de Jovens e Adultos

O propósito do texto é discutir o processo de reeducação das relações étnico-raciais na educação de jovens e adultos, a partir das identidades negras no cotidiano escolar da EJA. É um estudo de abordagem qualitativa em que recorremos à pesquisa bibliográfica, cujos referenciais estão pautados em documentos legais como a Lei 10.639/2003, Diretrizes Curriculares Nacionais das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Censo Educacional de 2019; além do aporte teórico em Falola (2020), Oyêwùmí (2018), Gomes (2005), Odé Inocêncio (2001), Schwarcz (2012), dentre outros que fundamentam a discussão. No primeiro momento, consideramos os dados oficiais de pardos e pretos informados nas matrículas da EJA, como resultado do Censo Educacional (2019) e seus efeitos na produção das identidades e reconhecimento das culturas africanas e afro-brasileiras. No segundo momento, problematizamos a questão da reeducação para as relações étnico-raciais reconhecendo que, passados dezessete anos de implementação da primeira versão da Lei 10.639/2003, não foram suficientes para a ressignificação dos conhecimentos potenciais de África e da diáspora. Por fim, é necessário continuarmos a discutir os aspectos ligados à dimensão da corporeidade, africana e afro-brasileira, tornada invisível e negada nas salas de aula da EJA; às múltiplas abordagens das religiosidades de matriz africana; às inúmeras manifestações e práticas culturais de raiz africana conectadas com as experiências de seus descendentes brasileiros, sem esgotarmos o debate.Palavras-chave: Relações Étnico-Raciais; Identidades africanas e afro-brasileiras; Educação de Jovens e Adultos.EJA’s black identities in dialogue with the (re)education of ethnic-racial relationsABSTRACT The purpose of the text is to discuss the process of re-education of ethnic-racial relations in the education of young people and adults, based on black identities in the daily life of EJA. It is a study with a qualitative approach in which we resorted to bibliographical research, whose references are based on legal documents such as Law 10.639/2003, National Curriculum Guidelines for Ethnic-Racial Relations and for the Teaching of Afro-Brazilian and African History and Culture, Census 2019 Educational; in addition to theoretical contributions in Falola (2020), Oyêwùmí (2018), Gomes (2005), Odé Inocêncio (2001), Schwarcz (2012), among others that support the discussion. At first, we considered the official data of browns and blacks informed in EJA enrollments, as a result of the Educational Census (2019) and its effects on the production of identities and recognition of African and Afro-Brazilian cultures. In the second moment, we problematize the issue of re-education for ethnic-racial relations, recognizing that, seventeen years after the implementation of the first version of Law 10.639/2003, it was not enough for the re-signification of the potential knowledge of Africa and the diaspora. Finally, it is necessary to continue to discuss aspects related to the dimension of corporeality, African and Afro-Brazilian, made invisible and denied in EJA classrooms; the multiple approaches to African-based religiosities; to the countless manifestations and cultural practices of African roots connected with the experiences of their Brazilian descendants, without exhausting the debate.Keywords: Ethnic-Racial Relations; African and Afro-Brazilian Identities; Youth and Adult Education. Las identidades negras de EJA en diálogo con la (re) educación de las relaciones étnico-raciales RESUMENEl propósito del texto es discutir el proceso de reeducación de las relaciones étnico-raciales en la educación de jóvenes y adultos, basado en las identidades negras en la vida cotidiana de EJA. Se trata de un estudio con enfoque cualitativo en el que se recurrió a la investigación bibliográfica, cuyas referencias se basan en documentos legales como la Ley 10.639 / 2003, Lineamientos Curriculares Nacionales para las Relaciones Étnico-Raciales y para la Enseñanza de la Historia Afrobrasileña y Africana y Cultura, Censo 2019 Educativo; además de aportes teóricos en Falola (2020), Oyêwùmí (2018), Gomes (2005), Odé Inocêncio (2001), Schwarcz (2012), entre otros que apoyan la discusión. En un primer momento, se consideraron los datos oficiales de pardos y negros informados en las inscripciones de EJA, como resultado del Censo Educativo (2019) y sus efectos en la producción de identidades y reconocimiento de las culturas africanas y afrobrasileñas. En un segundo momento, problematizamos el tema de la reeducación para las relaciones étnico-raciales, reconociendo que, diecisiete años después de la implementación de la primera versión de la Ley 10.639 / 2003, no fue suficiente para la resignificación del conocimiento potencial. de África y la diáspora. Finalmente, es necesario seguir discutiendo aspectos relacionados con la dimensión de la corporeidad, africana y afrobrasileña, invisibilizados y negados en las aulas de EJA; los múltiples enfoques de las religiosidades africanas; a las innumerables manifestaciones y prácticas culturales de raíces africanas conectadas con las vivencias de sus descendientes brasileños, sin agotar el debate.Palabras clave: Relaciones étnico-raciales; Identidades africanas y afrobrasileñas; Educación de jóvenes y adultos.