Em cena: empoderamento de mulheres diretoras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Educação e Emancipação |
Texto Completo: | http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/reducacaoemancipacao/article/view/3024 |
Resumo: | A pesquisa situa-se entre os estudos feministas e a história da educação. A questão inicial trata de: como se constitui a mulher diretora que se empodera? A partir dessa questão, analisa-se este processo, em que se conhece o cotidiano destas pessoas e identifica-se a relação entre seus saberes e poderes, para, em seguida, compreender o entrelaçamento entre a territorialidade e o empoderamento político, social e psicológico das diretoras. A pesquisa abrangeu o período de 2007/2009, em seis escolas da Rede Municipal de Paço do Lumiar, localidade distante 28 quilômetros de São Luís, capital do Estado do Maranhão. Esta Rede possui quarenta e sete escolas, das quais quarenta e quatro são dirigidas por mulheres, sete destas foram nossas informantes, tendo uma sido exonerada e reconduzida ao cargo. Assim, questiona-se como alguns sujeitos percebem o poder e o trabalho das diretoras. Para tanto, realizou-se entrevista com o secretário adjunto de educação deste município e colheu-se quatorze depoimentos de sujeitos das escolas que acompanharam o trabalho das informantes mencionadas, o que possibilitou ampliar a compreensão acerca do objeto de estudo. O caminho para entender o processo de empoderamento é a trajetória profissional destas mulheres, utilizando entrevistas semiestruturadas, instrumento pertinente à metodologia da História Oral, cujo enfoque tem possibilitado dar voz, sobretudo, às minorias culturais e discriminadas como as mulheres. A pesquisa traz contribuições teóricas internacionais de Bourdieu (1996, 1997, 2004, 2005, 2006), Perrot (1998), Deere e León (2002); contribuições nacionais de Costa (1998), Freire (1987, 1992, 1996), Haesbaert (2005, 2006, 2007), por fim, as locais de Ferreira (2007), Motta (2003), Trovão (1994). Com isso, entende-se que o empoderamento implica abandonar as imagens de mulheres como eternas vítimas que impregnam nossa memória ou como supermulheres, que não dão boas manchetes. Ao falar de mulheres que fazem caminho em territórios, eminentemente, masculinos, confunde a ideologia dominante, preferindo ignorá-las ou reservar a atenção para o tema da eterna opressão masculina. Portanto, discute-se sobre o empoderamento de diretoras escolares, temática, até então, pouco trabalhada no espaço acadêmico. Enfoca-se os papéis das diretoras, o acesso a esta posição; porque permanecem no cargo; a participação delas nas questões de ensino-aprendizagem e nas instâncias deliberativas da escola; relação delas com a família de alunos (as) e a consciência de sua condição e posição no território escolar. |
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