BRASIL E CUBA: Sociedade, História na interseção do Gênero, Raça e Classe social
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Título da fonte: | Revista Brasileira do Caribe (Online) |
Texto Completo: | http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/2149 |
Resumo: | A história de duas mulheres negras, uma, Reyita, da província de Oriente, Cuba, e a outra, Sebastiana, de Goiás, Brasil, numa perspectiva comparativa, revela as relações de gênero criadas no Novo Mundo, nos períodos escravistas e pós escravistas que ganharam amplitude e permanência. Porém, as relações raciais embasadas na hierarquia branca culminaram em formas diferentes de se manifestar a discriminação racial e de gênero tanto em Cuba como no Brasil. Sebastiana e Reyita assumiram ambas o modelo de família nuclear e patriarcal como o mais positivo para driblar a discriminação, ainda que ambas foram, de fato, o esteio da família, ambas viram na educação um meio de ganhar status social, ambas lecionaram para grupos sociais marginalizados e outros, não como profissionais ainda que a primeira tenha se formado como normalista. Sebastiana, no entanto, não alude à raça nem a classe social, ela é a própria representação da naturalização da discriminação, já Reyita identifica-se como mulher negra e vai ao confronto, resistindo à dominação da “branquitude” tanto no espaço familiar quanto no social, integrando os movimentos panafricanos e partidos políticos para lutar pela igualdade racial. Palavras- chave: Brasil. Cuba. Mulheres negras. Resistência A história de duas mulheres negras, uma, Reyita, da província de Oriente, Cuba, e a outra, Sebastiana, de Goiás, Brasil, numa perspectiva comparativa, revela as relações de gênero criadas no Novo Mundo, nos períodos escravistas e pós escravistas que ganharam amplitude e permanência. Porém, as relações raciais embasadas na hierarquia branca culminaram em formas diferentes de se manifestar a discriminação racial e de gênero tanto em Cuba como no Brasil. Sebastiana e Reyita assumiram ambas o modelo de família nuclear e patriarcal como o mais positivo para driblar a discriminação, ainda que ambas foram, de fato, o esteio da família, ambas viram na educação um meio de ganhar status social, ambas lecionaram para grupos sociais marginalizados e outros, não como profissionais ainda que a primeira tenha se formado como normalista. Sebastiana, no entanto, não alude à raça nem a classe social, ela é a própria representação da naturalização da discriminação, já Reyita identifica-se como mulher negra e vai ao confronto, resistindo à dominação da “branquitude” tanto no espaço familiar quanto no social, integrando os movimentos panafricanos e partidos políticos para lutar pela igualdade racial. Palavras- chave: Brasil, Cuba, Mulheres negras, Resistência . |
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