COLONIALIDADE DO PODER E SUBALTERNIDADE: os sindicatos das trabalhadoras domésticas no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Joaze Bernardino
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Título da fonte: Revista Brasileira do Caribe (Online)
Texto Completo: http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/2447
Resumo: Partindo do pressuposto de que o projeto de descolonização é ainda um projeto inacabado, este texto procura caracterizar a luta dos sindicatos das trabalhadoras domésticas como uma luta pelo fim de hierarquias coloniais presentes na sociedade brasileira. Para caracterizar a luta das trabalhadoras domésticas como uma luta descolonial, utilizamos os conceitos de colonialidade do poder (Quijano), diferença colonial e pensamento fronteiriço (Mignolo), assim como as contribuições da filosofia da libertação (Dussel). O texto demonstra que ao longo da histórica luta das trabalhadoras domésticas, iniciada em 1936, as hierarquias coloniais, baseadas em raça, classe e gênero, foram utilizadas, por estas mulheres, para explicar a opressão, dominação e exploração às quais elas se encontram submetidas. Por outro lado, estas categorias têm sido utilizadas pelas trabalhadoras domésticas na luta política contra a colonialidade do poder. O artigo baseia-se em entrevistas junto a trabalhadoras domésticas sindicalizadas e em documentos de alguns sindicatos da categoria.Palavras-chave: Colonialidade do poder. Trabalhadoras domésticasResumenEl artículo parte del presupuesto de que la descolonización es un proyecto inacabado, caracterizando la lucha de las trabajadoras domésticas como una lucha por el fin de las jerarquías coloniales presentes en la sociedad brasileña. Para definir esta lucha como descolonial, utilizamos los conceptos de colonialismo del poder (Quijano) diferencia colonial y pensamiento fronterizo (Mignolo), así como las contribuciones de la filosofía de la liberación (Dussel). el texto muestra que La lucha de las trabajadoras domésticas, iniciado en 1936, las jerarquías coloniales basadas en la raza, la clase, y el género han sido utilizadas por estas mujeres para explicar la opresión, la dominación y la exploración a las cuales han sido sometidas. Por otro lado, estas categorías también han sido utilizadas por las trabajadoras domésticas en la lucha política contra la colonialidad del poder. El artículo se apoya en entrevistas y documentos de algunos sindicatos de la categoría.Palabras claves: Colonialidad del poder. Trabajadoras domésticasAbstractAssuming that the project of decolonization is still unfinished, this paper attempts to explore the female domestic worker’s trade union movements as a struggle to end with colonial hierarchies in Brazilian society. To define this battle as decolonizing, I will use the concepts of colonialism of power (Quijano), Colonial difference and border thinking (Mignolo), as well as the contribution of philosophy of liberation (Dussel). This paper shows that during female domestic worker’s struggle, initiated in 1936, the colonial hierarchies (based on race, class and gender) were used to convey the oppression, domination and exploitation that subjugated them. On the other hand, the categories of race, class and gender have been used by female domestic workers to fight against colonial powers. The arguments of this article are further supported by interviews with female unionized domestic workers and on documents from some trade unions.Keywords: Coloniality of power. Female domestic workers
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