QUEM QUER SER TOUSSAINT LOUVERTURE? BANALIZAÇÃO E SILENCIAMENTO NA PRODUÇÃO DE NARRATIVAS OFICIAIS SOBRE A HISTÓRIA HAITIANA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Pâmela Marconatto
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Anjos, José Carlos Gomes dos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira do Caribe (Online)
Texto Completo: http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/4497
Resumo: O presente artigo propõe uma perspectiva crítica frente às distintas narrativas formuladas sobre o Haiti, desde o país (por pensadores haitianos) e desde o exterior. Algumas delas tornaram-se hegemônicas e inspiraram desde as políticas adotadas pelos governos nacionais até os discursos e práticas de organizações multilaterais e da imprensa internacional, que encontra no país uma fonte contínua de catástrofes  a serem relatadas. Outras, ainda que reconhecidas entre os intelectuais haitianos – e defendidas por alguns – seguem silenciadas fora dos limites nacionais. Os eventos tratados serão aqueles que mais frequentemente aparecem nas narrativas sobre o país: a Revolução de 1804 e o período imediatamente posterior, a ocupação americana em 1915, a ditadura Duvalier, a eleição de Jean Bertrand Aristide e, mais recentemente,     a ocupação do país pelas Nações Unidas na forma de uma Missão     de Estabilização (MINUSTAH). Mais do que eventos, entretanto, interessam-nos os significados atribuídos aos mesmos e o modo como impactam a visão que se tem sobre o Haiti, atravessando a compreensão de seu passado, seu presente e seu destino. Palavras-Chave: Haiti. Narrativas da nação. Colonialismo. Resumen El presente artículo propone una perspectiva crítica frente a las distintas narrativas formuladas sobre Haití por pensadores haitianos desde dentro y fuera del país. Algunas de ellas configuran el país como fuente de  catástrofes  y  se  han  tornado  hegemónicas,  inspirando  políticas adoptadas por los gobiernos nacionales así como discursos y prácticas de organizaciones multilaterales y de la prensa internacional. Otras, aunque reconocidas entre los intelectuales haitianos se mantienen silenciadas fuera de los limites nacionales. Los eventos tratados serán aquellos que más frecuentemente aparecen en las narrativas sobre el país: la Revolución de 1804 y el período inmediatamente posterior,  la ocupación americana en 1915, la dictadura Duvalier, la elección    de Jean Bertrand Aristide y, más recientemente, la ocupación del país por las Naciones Unidas en la forma de una Misión de Estabilización (MINUSTAH). Mientras tanto, más que los eventos, van a interesarnos los significados atribuidos a los mismos, cómo éstos impactan la visión que se tiene sobre Haití y, sobre todo, su pasado, presente y su destino en el futuro. Palabras claves: Haiti. Narrativas de la nación. Colonialismo Abstract This essay proposes a critical perspective towards the distinct narratives formulated about Haiti since the country (for Haitian thinkers) and from the outside. Some of them have become hegemonic and inspired both policies adopted by national governments and the discourses and practices of multilateral organizations and the international press that finds in the country a continuous source of disaster to be reported. Others, albeit recognized among Haitian intellectuals - and defended by some of them - remain silenced outside national boundaries. The events covered are those that most frequently appear in the narratives about the country: the Revolution of 1804 and the period immediately after, the American occupation in 1915, the Duvalier dictatorship, the election of Jean Bertrand Aristide and, more recently, the occupation of the country by United Nations as a Stabilization Mission (MINUSTAH). More than events, however, we are interested in the meanings attributed to them and how they impact the vision we have of Haiti, through understanding its past, its present and its destination. Keywords: Haiti. Nation and narrations. Colonialism
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