ROBERTO FERNANDEZ RETAMAR EM CARTAS: (des) encantos da revolução cubana

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Medeiros, Olivia Macedo Miranda de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira do Caribe (Online)
Texto Completo: http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/16809
Resumo: Resumo:A Revolução Cubana (1959) foi recebida com entusiasmo por intelectuais na América Latina. O projeto de construir uma arte que se insurgisse contra as opressões capitalistas e promovesse um diálogo mais próximo com a sociedade e com as demandas da classe trabalhadora surgiu como um caminho promissor. Roberto Fernandez Retamar (1930- 2019), um dos principais ideólogos culturais da revolução, trabalhou com afinco pela consolidação desse projeto. Contudo, logo se verá, especialmente a partir de 1968, um endurecimento na política cultural cubana, o que se efetivará por meio do controle e da censura de ideias, obras, premiações, artistas e escritores que, eventualmente, fossem críticos ao ideário castrista. Considerando esse contexto, nesse artigo discutimos a presença, em algumas das cartas escritas, endereçadas ou que se referem a Roberto Fernandez Retamar, de uma atmosfera crítica e tensa que expressa questões polêmicas relativas à Revolução Cubana e ao regime castrista, a exemplo do “Caso Padilla”, buscando compreender como essa atmosfera reverbera discussões sobre os sentidos da cultura e da arte em suas inúmeras expressões. Concluímos, por meio da análise de diversos textos epistolares, que desde o princípio a Revolução Cubana, na dimensão de sua política cultural, configurou-se a partir do debate sobre o papel da cultura, intelectual e do artista na revolução. Vencendo, sobretudo a partir de 1971, a perspectiva que compreendia a cultura como instrumento da revolução, o que provocou o desencanto de muitos intelectuais latino-americanos, mas não arrefeceu as convicções de Roberto Retamar acerca do regime.Palavras-chave: Revolução cubana. Roberto Retamar. (des)encanto.Resumen:La Revolución Cubana (1959) fue recibida con entusiasmo por los intelectuales de América Latina. El proyecto de construir un arte que se levante contra la opresión capitalista y promueva un diálogo más estrecho con la sociedad y con las demandas de la clase obrera aparece como un camino prometedor. Roberto Fernández Retamar (1930-2019), uno de los principales ideólogos culturales de la revolución, trabaja arduamente para consolidar este proyecto. Sin embargo, poco después, especialmente a partir de 1968, se producirá un endurecimiento de la política cultural cubana, que se producirá mediante el control y censurade ideas, obras, premios, artistas y escritores que, eventualmente, fueron críticos con las ideas de Castro. Teniendo en cuenta este contexto, en este artículo discutimos la presencia, en algunas de las cartas escritas, dirigidas o referidas a Roberto Fernandez Retamar, de un clima crítico y tenso que expresa temas controvertidos relacionados con la Revolución Cubana y el régimen de Castro, como el “Caso Padilla”, buscando comprender cómo este ambiente repercute en las discusiones sobre los significados de la cultura y el arte en susmúltiples expresiones. Concluimos, mediante el análisis de varios textos epistolares, que desde sus inicios la Revolución Cubana, en la dimensión de su política cultural, se configuró a partir del debate sobre el papel de la cultura, intelectual y artista en la revolución. Superar, especialmente a partir de 1971, la perspectiva que entendía la cultura como un instrumento de revolución, que provocó el desencanto de muchos intelectuales latinoamericanos, pero que no enfrió las convicciones de Roberto Retamar sobre el régimen castrista.Palabras clave: Revolución cubana; Roberto Fernandez Retamar; (des)encanto.Abstract:The Cuban Revolution (1959) was enthusiastically received by intellectuals in Latin America. The project of building an Art that would rise up against capitalist oppression in order to promote a closer dialogue with society and with the demands of the working class appears as a promising path. Roberto Fernandez Retamar (1930-2019), one of the main cultural ideologues of the revolution, works hard to consolidate this project. However, soon afterwards, especially from 1968, there will be a hardening of Cuban cultural politics, which will take place through the control and censorship of ideas, works, awards, artists and writers who, eventually, were critical of Castro’s ideas. Considering this context, in this article we discuss the presence, in some of the letters written, addressed or referring to Roberto Fernández Retamar, of a critical and tense atmosphere that expresses controversial issues related to the Cuban Revolution and the Castro regime, such as the “Padilla Case”, seeking to understand how this atmosphere reverberates discussions about the meanings of culture and art in its different expressions. We conclude, through the analysis of several epistolary texts, that since the beginning the Cuban Revolution, in the dimension of its cultural policy, was configured from the debate about the role of culture, intellectual and artist role in the revolution. Overcoming, especially from 1971onwards, the perspective that understood culture as an instrument of revolution, which caused the disenchantment of many Latin American intellectuals, but did not shake down Roberto Retamar’s convictions about the Castro regime.Keywords: Cuban Revolution. Roberto Retamar. (des) enchantment
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Teniendo en cuenta este contexto, en este artículo discutimos la presencia, en algunas de las cartas escritas, dirigidas o referidas a Roberto Fernandez Retamar, de un clima crítico y tenso que expresa temas controvertidos relacionados con la Revolución Cubana y el régimen de Castro, como el “Caso Padilla”, buscando comprender cómo este ambiente repercute en las discusiones sobre los significados de la cultura y el arte en susmúltiples expresiones. Concluimos, mediante el análisis de varios textos epistolares, que desde sus inicios la Revolución Cubana, en la dimensión de su política cultural, se configuró a partir del debate sobre el papel de la cultura, intelectual y artista en la revolución. 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