“O PAPEL É MAIS PACIENTE DO QUE OS HOMENS”: as narrativas de testemunho de Erich Remarque (1929) e Anne Frank (1947)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Davi Silva
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Santos, Luísa
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online)
Texto Completo: http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/4686
Resumo: Dentro do campo da literatura a experiência do campo de batalha prova-se benéfica para que muitos escritores passem a questionar a lógica basilar da guerra. Escrito pouco após o término da Primeira Grande Guerra e em vias do início da segunda, Nada de novo no front (REMARQUE, 1929) foi um texto capaz de trazer à tona sentimentos amplamente sufocados no que concerne aos soldados nela inseridos. O livro O diário de Anne Frank (1947), escrito durante a Segunda Guerra Mundial, conta a estória de uma criança judia que de repente se vê escondida com a família das tropas nazistas. Através da análise literária dos objetos de pesquisa aqui propostos, nossa proposta é identificar se e de que forma as narrativas de testemunho de Remarque (1929) e Frank (1947) estão ligadas às suas respectivas ressignificações enquanto sujeitos. Dentre as ferramentas analíticas selecionadas para o escrutínio das obras utilizamos os textos de Kristeva (1974) e de Barthes (2004) – em função principalmente das reflexões que a primeira faz acerca do caráter intertextual da literatura e que faz o segundo acerca de seu caráter contestatório. Nossos resultados demonstram como tal ressignificação promove uma tessitura de sentidos que acaba por entrar em conflito com o discurso hegemônico acerca da experiência da guerra.Palavras-chave: Literatura; Psicologia; Narrativa de testemunho.
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