A relação da produção artesanal com as histórias de vida das mulheres que bordam em São João dos Patos – MA
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/10503 |
Resumo: | Com o passar dos tempos, as condições de trabalho e o exercício da profissão de bordar, mudou.Antes, o bordar acontecia nos espaços familiares ou em pequenas associações, transmitidos informalmenteaos familiares e interessados. Hoje, a presença de designers atuando no meio deles, possibilitauma mediação no processo de produção. O presente estudo tem como objetivo verificar como asmulheres que bordam em São João dos Patos – MA relacionam o artesanato, o trabalho e a qualidade,tanto de vida como de seus produtos. Informamos que o presente artigo apresenta resultados da dissertaçãointitulada O avesso: limites e alcances da consultoria em design na Associação de Mulheresda agulha criativa – AMAC, no município de SJP, do mesmo autor, no âmbito do PPGDg-UFMA.Mills (2009) nos ajuda a pensar a relação do artesão e seu trabalho, à medida que confere ao trabalho aqualidade de sua própria mente e habilidade, assim, está também desenvolvendo sua própria natureza.Essas reflexões teóricas são necessárias para evidenciar que o trabalho artesão não é definido apenascomo um trabalho manual, mas pela capacidade e habilidade da criação do artesão e na sua identificaçãocom o objeto a ser criado por ele. No trabalho artesanal, além dos aspectos culturais, tambémsão transmitidos aspectos identitários de cada artesão, logo, aspectos pessoais subjetivos do produtortambém estão inseridos na produção. As ferramentas metodológicas utilizadas para este artigo foramentrevistas e a grupo focal tanto com as artesãs e consultores de design que atuaram na AMAC, maisespecificamente no Projeto “Marcando Bordado em Cores”, que de certa forma, ressignificou a arte,a tecnologia e conhecimentos no modo de bordar daquelas mulheres. Concluímos entendendo que asbordadeiras de SJP ao relacionarem a produção artesanal, com suas histórias, alimentam o bem viver,no intuito de se sentirem mais valorizada em vários aspectos, inclusive no quesito auto estima, pois seconsideram literalmente mulheres da agulha criativa, portanto, encontramos aqui, além de qualidade,conhecimento e aprendizado. |
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A relação da produção artesanal com as histórias de vida das mulheres que bordam em São João dos Patos – MASaberes tradicionais. Design. Trabalho. Arte de bordar.Com o passar dos tempos, as condições de trabalho e o exercício da profissão de bordar, mudou.Antes, o bordar acontecia nos espaços familiares ou em pequenas associações, transmitidos informalmenteaos familiares e interessados. Hoje, a presença de designers atuando no meio deles, possibilitauma mediação no processo de produção. O presente estudo tem como objetivo verificar como asmulheres que bordam em São João dos Patos – MA relacionam o artesanato, o trabalho e a qualidade,tanto de vida como de seus produtos. Informamos que o presente artigo apresenta resultados da dissertaçãointitulada O avesso: limites e alcances da consultoria em design na Associação de Mulheresda agulha criativa – AMAC, no município de SJP, do mesmo autor, no âmbito do PPGDg-UFMA.Mills (2009) nos ajuda a pensar a relação do artesão e seu trabalho, à medida que confere ao trabalho aqualidade de sua própria mente e habilidade, assim, está também desenvolvendo sua própria natureza.Essas reflexões teóricas são necessárias para evidenciar que o trabalho artesão não é definido apenascomo um trabalho manual, mas pela capacidade e habilidade da criação do artesão e na sua identificaçãocom o objeto a ser criado por ele. No trabalho artesanal, além dos aspectos culturais, tambémsão transmitidos aspectos identitários de cada artesão, logo, aspectos pessoais subjetivos do produtortambém estão inseridos na produção. As ferramentas metodológicas utilizadas para este artigo foramentrevistas e a grupo focal tanto com as artesãs e consultores de design que atuaram na AMAC, maisespecificamente no Projeto “Marcando Bordado em Cores”, que de certa forma, ressignificou a arte,a tecnologia e conhecimentos no modo de bordar daquelas mulheres. Concluímos entendendo que asbordadeiras de SJP ao relacionarem a produção artesanal, com suas histórias, alimentam o bem viver,no intuito de se sentirem mais valorizada em vários aspectos, inclusive no quesito auto estima, pois seconsideram literalmente mulheres da agulha criativa, portanto, encontramos aqui, além de qualidade,conhecimento e aprendizado.Universidade Federal do Maranhão2019-01-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/10503Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade; v. 4, n. especial, jul./dez. 2018; 75-922447-64982594-4231reponame:Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online)instname:Universidade Federal do Maranhão (UFMA)instacron:UFMAporhttp://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/10503/6109Copyright (c) 2019 Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessLima, Márcio SoaresNoronha, Raquel Gomes2019-01-06T00:38:25Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/10503Revistahttps://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/PUBhttps://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/oairics.pgcult@ufma.br || rics.pgcult@gmail.com2447-64982447-6498opendoar:2019-01-06T00:38:25Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online) - Universidade Federal do Maranhão (UFMA)false |
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