Recordações d’uma colonial: autobiografia credível ou sátira racista?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/9581 |
Resumo: | As memórias ficcionais da cabo-verdiana Fernanda do Vale, figura bem conhecida da boémia lisboetado início do século XX, chegaram a público pela pena de dois autores obscuros, A. Totta e F.Machado. Será esta uma autobiografia autêntica ou um mero ato de ventriloquismo? Defendo que oretrato caricatural de Fernanda é, na verdade, um relato ficcional pouco credível, e um exemplo doque Alexandra Ishfahani-Hammond chama de white negritude. Através de uma análise detalhada dasinconsistências do texto autobiográfico de Fernanda, e tendo por base algumas teorias de simulaçãolinguística (mock ebonics) enquanto instrumento de sátira e racismo, este artigo mostra como a linguagemé um poderoso mecanismo de demarcação social e racial: o discurso e ideologia colonialistassão projetados na voz de Fernanda, cujo corpo representa o território africano a ser dominado e cujaidentidade é transitória e flutuante. |
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Recordações d’uma colonial: autobiografia credível ou sátira racista?Autobiografia. Racismo. Colonialismo. Linguagem. Negritude.As memórias ficcionais da cabo-verdiana Fernanda do Vale, figura bem conhecida da boémia lisboetado início do século XX, chegaram a público pela pena de dois autores obscuros, A. Totta e F.Machado. Será esta uma autobiografia autêntica ou um mero ato de ventriloquismo? Defendo que oretrato caricatural de Fernanda é, na verdade, um relato ficcional pouco credível, e um exemplo doque Alexandra Ishfahani-Hammond chama de white negritude. Através de uma análise detalhada dasinconsistências do texto autobiográfico de Fernanda, e tendo por base algumas teorias de simulaçãolinguística (mock ebonics) enquanto instrumento de sátira e racismo, este artigo mostra como a linguagemé um poderoso mecanismo de demarcação social e racial: o discurso e ideologia colonialistassão projetados na voz de Fernanda, cujo corpo representa o território africano a ser dominado e cujaidentidade é transitória e flutuante.Universidade Federal do Maranhão2018-08-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/9581Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade; v. 4, n. especial, jan./jun. 2018; 97-1102447-64982594-4231reponame:Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online)instname:Universidade Federal do Maranhão (UFMA)instacron:UFMAporhttp://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/9581/5581Copyright (c) 2018 Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessSimões, Diana Gomes2019-01-06T13:45:44Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/9581Revistahttps://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/PUBhttps://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/oairics.pgcult@ufma.br || rics.pgcult@gmail.com2447-64982447-6498opendoar:2019-01-06T13:45:44Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade (Online) - Universidade Federal do Maranhão (UFMA)false |
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