Uma questão de revisão de conceitos: Romanização - Ultramontanismo - Reforma
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Temporalidades |
Texto Completo: | https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/5387 |
Resumo: | Este artigo pretende chamar a atenção sobre a necessidade de uma revisão do conceito de Romanização, considerado, atualmente, como "consolidado" na historiografia sobre a Igreja Católica no Brasil, no período que vai, aproximativamente, entre a metade do século XIX e a terceira década do século XX. Tal conceito diz respeito a um movimento que foi realizado por católicos de tendência ultramontana, encontrando como adversários: o clericalismo liberal, o regalismo imperial (até 1889) e o liberalismo político. Este movimento reformador buscou demarcar a própria identidade e autoconsciência dos católicos, neste sentido atingiu também as práticas religiosas populares herdadas da tradição lusitana, quando buscou integrá-las às diretrizes dos Concílios de Trento e Vaticano I. Pretende-se chamar a atenção dos pesquisadores sobre os limites do referido conceito de romanização e convidá-los a uma séria reavaliação do mesmo, sugerindo a procura de outros conceitos que sejam mais abrangentes e englobem toda a complexidade do período histórico e dos seus agentes, como por exemplo o de Reforma Católica.Abstract:This article approaches the necessity of a revision about the concept of Romanization, considered today as a "consolidated" concept in the historiography of the Catholic Church in Brazil during the mid-nineteenth and early twentieth centuries. Such a movement was undertaken by catholics of the ultramontana tendency, facing adversaries such as the liberal clericalism, imperial regalism (until 1889) and political liberalism. This reform movement aimed to demarcate catholics identity itself, affecting also popular religious practices, inherited from the Lusitan tradition, in an effort to integrate them in the directives of the concilia of Trento and Vatican I. The intention is to call the attention of researchers to the limits of the concept of Romanization and also to invite them to a serious re-evaluation of this concept, in a search for others that may be broader in scope, covering the entire complexity of the historical period and of its agents, such as, for example, the concept of Catholic Reformation.Palavras chave: ROMANIZAÇÃO, ULTRAMONTANISMO, REFORMA CATÓLICA.Keywords: ROMANIZATION, ULTRAMONTANISM, CATHOLIC REFORM. |
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Uma questão de revisão de conceitos: Romanização - Ultramontanismo - ReformaEste artigo pretende chamar a atenção sobre a necessidade de uma revisão do conceito de Romanização, considerado, atualmente, como "consolidado" na historiografia sobre a Igreja Católica no Brasil, no período que vai, aproximativamente, entre a metade do século XIX e a terceira década do século XX. Tal conceito diz respeito a um movimento que foi realizado por católicos de tendência ultramontana, encontrando como adversários: o clericalismo liberal, o regalismo imperial (até 1889) e o liberalismo político. Este movimento reformador buscou demarcar a própria identidade e autoconsciência dos católicos, neste sentido atingiu também as práticas religiosas populares herdadas da tradição lusitana, quando buscou integrá-las às diretrizes dos Concílios de Trento e Vaticano I. Pretende-se chamar a atenção dos pesquisadores sobre os limites do referido conceito de romanização e convidá-los a uma séria reavaliação do mesmo, sugerindo a procura de outros conceitos que sejam mais abrangentes e englobem toda a complexidade do período histórico e dos seus agentes, como por exemplo o de Reforma Católica.Abstract:This article approaches the necessity of a revision about the concept of Romanization, considered today as a "consolidated" concept in the historiography of the Catholic Church in Brazil during the mid-nineteenth and early twentieth centuries. Such a movement was undertaken by catholics of the ultramontana tendency, facing adversaries such as the liberal clericalism, imperial regalism (until 1889) and political liberalism. This reform movement aimed to demarcate catholics identity itself, affecting also popular religious practices, inherited from the Lusitan tradition, in an effort to integrate them in the directives of the concilia of Trento and Vatican I. The intention is to call the attention of researchers to the limits of the concept of Romanization and also to invite them to a serious re-evaluation of this concept, in a search for others that may be broader in scope, covering the entire complexity of the historical period and of its agents, such as, for example, the concept of Catholic Reformation.Palavras chave: ROMANIZAÇÃO, ULTRAMONTANISMO, REFORMA CATÓLICA.Keywords: ROMANIZATION, ULTRAMONTANISM, CATHOLIC REFORM.Programa de Pós Graduação em História - UFMG2010-12-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/5387Temporalidades; Vol. 2 No. 2 (2010): Edição 04 - Temporalidades, Belo Horizonte, Vol. 2, n. 2 (ago./dez. 2010); 24-33Temporalidades; v. 2 n. 2 (2010): Edição 04 - Temporalidades, Belo Horizonte, Vol. 2, n. 2 (ago./dez. 2010); 24-331984-6150reponame:Temporalidadesinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGporhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/5387/pdfCopyright (c) 2010 Ítalo Domingos Santirocchiinfo:eu-repo/semantics/openAccessSantirocchi, Ítalo Domingos2019-02-01T19:43:11Zoai:periodicos.ufmg.br:article/5387Revistahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidadesPUBhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/oai||temporalidades@gmail.com1984-61501984-6150opendoar:2019-02-01T19:43:11Temporalidades - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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