Lei e ordem na Capital da República: as tensões institucionais provocadas pela gestão infanto-juvenil na Primeira República (1910-1920)
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
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Texto Completo: | https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/6037 |
Resumo: | Este artigo avalia determinadas alternativas de gestão da infância pobre por duas instâncias – a Polícia do Distrito Federal e os juízes da Câmara de Apelação – entre 1910 e 1920. Para tal, analisaremos as solicitações de habeas corpus enviadas pelos menores detidos na Colônia Correcional dos Dois Rios à Corte de Apelação do Distrito Federal. O envio de menores e adultos para a Colônia sem processo foi uma prática corrente durante a Primeira República. Isso porque uma série de leis promulgadas no início do século XX garantiu à Polícia atribuições judiciária, assegurando-a ampla autonomia para levar a efeito seus projetos ordenadores. Enquanto o propósito da polícia consistia em prender e isolar os indivíduos potencialmente perigosos na Colônia, a Justiça frequentemente anulou processos e promoveu absolvições em massa, que invalidavam o esforço policial em garantir a paz social. Tal desencontro provocou conflitos entre os agentes públicos do Estado. Neste sentido, ao recorrerem à Justiça, os menores encontraram uma via possível de interromper o ciclo de detenção. Buscamos relacionar os dados presentes nas fontes às pesquisas atuais que abordam a problemática relacionada à gestão infanto-juvenil na Primeira República. Palavras- chave: Justiça, polícia, infância abandonada. |
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Lei e ordem na Capital da República: as tensões institucionais provocadas pela gestão infanto-juvenil na Primeira República (1910-1920)Justiçapolíciainfância abandonada.Este artigo avalia determinadas alternativas de gestão da infância pobre por duas instâncias – a Polícia do Distrito Federal e os juízes da Câmara de Apelação – entre 1910 e 1920. Para tal, analisaremos as solicitações de habeas corpus enviadas pelos menores detidos na Colônia Correcional dos Dois Rios à Corte de Apelação do Distrito Federal. O envio de menores e adultos para a Colônia sem processo foi uma prática corrente durante a Primeira República. Isso porque uma série de leis promulgadas no início do século XX garantiu à Polícia atribuições judiciária, assegurando-a ampla autonomia para levar a efeito seus projetos ordenadores. Enquanto o propósito da polícia consistia em prender e isolar os indivíduos potencialmente perigosos na Colônia, a Justiça frequentemente anulou processos e promoveu absolvições em massa, que invalidavam o esforço policial em garantir a paz social. Tal desencontro provocou conflitos entre os agentes públicos do Estado. Neste sentido, ao recorrerem à Justiça, os menores encontraram uma via possível de interromper o ciclo de detenção. Buscamos relacionar os dados presentes nas fontes às pesquisas atuais que abordam a problemática relacionada à gestão infanto-juvenil na Primeira República. Palavras- chave: Justiça, polícia, infância abandonada. Programa de Pós Graduação em História - UFMG2018-09-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/mswordapplication/mswordhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/6037Temporalidades; Vol. 10 No. 2 (2018): Edição 27 - Temporalidades, Belo Horizonte, Vol. 10, n.2 (mai./ago. 2018); 294-319Temporalidades; v. 10 n. 2 (2018): Edição 27 - Temporalidades, Belo Horizonte, Vol. 10, n.2 (mai./ago. 2018); 294-3191984-6150reponame:Temporalidadesinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGporhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/6037/pdfhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/6037/9581https://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/article/view/6037/9582Copyright (c) 2018 Lívia Freitas Pinto Silva Soaresinfo:eu-repo/semantics/openAccessSoares, Lívia Freitas Pinto Silva2019-02-01T19:45:10Zoai:periodicos.ufmg.br:article/6037Revistahttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidadesPUBhttps://periodicos.ufmg.br/index.php/temporalidades/oai||temporalidades@gmail.com1984-61501984-6150opendoar:2019-02-01T19:45:10Temporalidades - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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