ASSISTENCIALISMO E EMPREENDIMENTOS POPULARES DE TRABALHO: RELAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Gestão e sociedade |
Texto Completo: | https://ges.face.ufmg.br/index.php/gestaoesociedade/article/view/1578 |
Resumo: | Trabalhadores da superpopulação estagnada buscam em empreendimentos populares de trabalho formas de amenizar o processo de pauperização em que se encontram, bem como também objetivam superar a condição de público de ações assistencialistas. Contudo, na efetivação das experiências fomentadas por políticas públicas, observa-se que o trabalho efetivamente não liberta esta população do assistencialismo. Assim, o objetivo deste texto é analisar a situação paradoxal dos envolvidos nessas experiências, defendendo o argumento de que, sob uma análise acurada, o paradoxo se dissolve. A concomitância entre o esforço laborativo dos considerados carentes e o assistencialismo decorre, na verdade, do movimento de acumulação do capital e de sua manifestação particular na disputa pela aplicação do fundo público em países cujo desenvolvimento econômico passa pela superexploração da força de trabalho. A experiência dos catadores de materiais recicláveis organizados em associações na região de Curitiba no estado do Paraná e a prática dos trabalhadores desempregados organizados em um movimento social no estado do Rio Grande do Sul constituem o objeto empírico da análise realizada. A observação sistemática e a participante permitiram o acesso a dados que, ao serem analisados, demonstraram os limites das políticas públicas de geração de trabalho e renda que têm como público alvo a superpopulação consolidada. Os resultados indicam que, nos termos em que está sendo posto pelas políticas públicas, essa população demanda a permanência do assistencialismo, e por consequência, dos desdobramentos dessa necessária relação, corroborando o argumento central do texto. |
id |
UFMG-19_2e3e4898ee77c3467bc589bce461c988 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1578 |
network_acronym_str |
UFMG-19 |
network_name_str |
Gestão e sociedade |
repository_id_str |
|
spelling |
ASSISTENCIALISMO E EMPREENDIMENTOS POPULARES DE TRABALHO: RELAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA?Distribuição de rendaDesenvolvimento socialProcesso de pauperizaçãoAutogestão.Trabalhadores da superpopulação estagnada buscam em empreendimentos populares de trabalho formas de amenizar o processo de pauperização em que se encontram, bem como também objetivam superar a condição de público de ações assistencialistas. Contudo, na efetivação das experiências fomentadas por políticas públicas, observa-se que o trabalho efetivamente não liberta esta população do assistencialismo. Assim, o objetivo deste texto é analisar a situação paradoxal dos envolvidos nessas experiências, defendendo o argumento de que, sob uma análise acurada, o paradoxo se dissolve. A concomitância entre o esforço laborativo dos considerados carentes e o assistencialismo decorre, na verdade, do movimento de acumulação do capital e de sua manifestação particular na disputa pela aplicação do fundo público em países cujo desenvolvimento econômico passa pela superexploração da força de trabalho. A experiência dos catadores de materiais recicláveis organizados em associações na região de Curitiba no estado do Paraná e a prática dos trabalhadores desempregados organizados em um movimento social no estado do Rio Grande do Sul constituem o objeto empírico da análise realizada. A observação sistemática e a participante permitiram o acesso a dados que, ao serem analisados, demonstraram os limites das políticas públicas de geração de trabalho e renda que têm como público alvo a superpopulação consolidada. Os resultados indicam que, nos termos em que está sendo posto pelas políticas públicas, essa população demanda a permanência do assistencialismo, e por consequência, dos desdobramentos dessa necessária relação, corroborando o argumento central do texto.CEPEAD/FACE - UFMG2013-08-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://ges.face.ufmg.br/index.php/gestaoesociedade/article/view/157810.21171/ges.v7i17.1578Management & Society Electronic Journal; Vol. 7 No. 17 (2013): maio/agosto; 186-219Gestão e Sociedade; v. 7 n. 17 (2013): maio/agosto; 186-2191980-575610.21171/ges.v7i17reponame:Gestão e sociedadeinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGporhttps://ges.face.ufmg.br/index.php/gestaoesociedade/article/view/1578/1042Copyright (c) 2014 Gestão e Sociedadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessFerraz, Deise Luiza da SilvaMueller, Rafael Rodrigo2016-12-28T16:12:42Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1578Revistahttps://www.gestaoesociedade.org/gestaoesociedadePUBhttps://www.gestaoesociedade.org/gestaoesociedade/oaiges@face.ufmg.br||ricardo.ges.ufmg@gmail.com||1980-57561980-5756opendoar:2016-12-28T16:12:42Gestão e sociedade - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
ASSISTENCIALISMO E EMPREENDIMENTOS POPULARES DE TRABALHO: RELAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA? |
title |
ASSISTENCIALISMO E EMPREENDIMENTOS POPULARES DE TRABALHO: RELAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA? |
spellingShingle |
ASSISTENCIALISMO E EMPREENDIMENTOS POPULARES DE TRABALHO: RELAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA? Ferraz, Deise Luiza da Silva Distribuição de renda Desenvolvimento social Processo de pauperização Autogestão. |
title_short |
ASSISTENCIALISMO E EMPREENDIMENTOS POPULARES DE TRABALHO: RELAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA? |
title_full |
ASSISTENCIALISMO E EMPREENDIMENTOS POPULARES DE TRABALHO: RELAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA? |
title_fullStr |
ASSISTENCIALISMO E EMPREENDIMENTOS POPULARES DE TRABALHO: RELAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA? |
title_full_unstemmed |
ASSISTENCIALISMO E EMPREENDIMENTOS POPULARES DE TRABALHO: RELAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA? |
title_sort |
ASSISTENCIALISMO E EMPREENDIMENTOS POPULARES DE TRABALHO: RELAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA? |
author |
Ferraz, Deise Luiza da Silva |
author_facet |
Ferraz, Deise Luiza da Silva Mueller, Rafael Rodrigo |
author_role |
author |
author2 |
Mueller, Rafael Rodrigo |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ferraz, Deise Luiza da Silva Mueller, Rafael Rodrigo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Distribuição de renda Desenvolvimento social Processo de pauperização Autogestão. |
topic |
Distribuição de renda Desenvolvimento social Processo de pauperização Autogestão. |
description |
Trabalhadores da superpopulação estagnada buscam em empreendimentos populares de trabalho formas de amenizar o processo de pauperização em que se encontram, bem como também objetivam superar a condição de público de ações assistencialistas. Contudo, na efetivação das experiências fomentadas por políticas públicas, observa-se que o trabalho efetivamente não liberta esta população do assistencialismo. Assim, o objetivo deste texto é analisar a situação paradoxal dos envolvidos nessas experiências, defendendo o argumento de que, sob uma análise acurada, o paradoxo se dissolve. A concomitância entre o esforço laborativo dos considerados carentes e o assistencialismo decorre, na verdade, do movimento de acumulação do capital e de sua manifestação particular na disputa pela aplicação do fundo público em países cujo desenvolvimento econômico passa pela superexploração da força de trabalho. A experiência dos catadores de materiais recicláveis organizados em associações na região de Curitiba no estado do Paraná e a prática dos trabalhadores desempregados organizados em um movimento social no estado do Rio Grande do Sul constituem o objeto empírico da análise realizada. A observação sistemática e a participante permitiram o acesso a dados que, ao serem analisados, demonstraram os limites das políticas públicas de geração de trabalho e renda que têm como público alvo a superpopulação consolidada. Os resultados indicam que, nos termos em que está sendo posto pelas políticas públicas, essa população demanda a permanência do assistencialismo, e por consequência, dos desdobramentos dessa necessária relação, corroborando o argumento central do texto. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-08-31 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://ges.face.ufmg.br/index.php/gestaoesociedade/article/view/1578 10.21171/ges.v7i17.1578 |
url |
https://ges.face.ufmg.br/index.php/gestaoesociedade/article/view/1578 |
identifier_str_mv |
10.21171/ges.v7i17.1578 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://ges.face.ufmg.br/index.php/gestaoesociedade/article/view/1578/1042 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2014 Gestão e Sociedade info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2014 Gestão e Sociedade |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
CEPEAD/FACE - UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
CEPEAD/FACE - UFMG |
dc.source.none.fl_str_mv |
Management & Society Electronic Journal; Vol. 7 No. 17 (2013): maio/agosto; 186-219 Gestão e Sociedade; v. 7 n. 17 (2013): maio/agosto; 186-219 1980-5756 10.21171/ges.v7i17 reponame:Gestão e sociedade instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Gestão e sociedade |
collection |
Gestão e sociedade |
repository.name.fl_str_mv |
Gestão e sociedade - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
ges@face.ufmg.br||ricardo.ges.ufmg@gmail.com|| |
_version_ |
1797067419021213696 |