ASSISTENCIALISMO E EMPREENDIMENTOS POPULARES DE TRABALHO: RELAÇÕES NECESSÁRIAS PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferraz, Deise Luiza da Silva
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Mueller, Rafael Rodrigo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Gestão e sociedade
Texto Completo: https://ges.face.ufmg.br/index.php/gestaoesociedade/article/view/1578
Resumo: Trabalhadores da superpopulação estagnada buscam em empreendimentos populares de trabalho formas de amenizar o processo de pauperização em que se encontram, bem como também objetivam superar a condição de público de ações assistencialistas. Contudo, na efetivação das experiências fomentadas por políticas públicas, observa-se que o trabalho efetivamente não liberta esta população do assistencialismo. Assim, o objetivo deste texto é analisar a situação paradoxal dos envolvidos nessas experiências, defendendo o argumento de que, sob uma análise acurada, o paradoxo se dissolve.  A concomitância entre o esforço laborativo dos considerados carentes e o assistencialismo decorre, na verdade, do movimento de acumulação do capital e de sua manifestação particular na disputa pela aplicação do fundo público em países cujo desenvolvimento econômico passa pela superexploração da força de trabalho. A experiência dos catadores de materiais recicláveis organizados em associações na região de Curitiba no estado do Paraná e a prática dos trabalhadores desempregados organizados em um movimento social no estado do Rio Grande do Sul constituem o objeto empírico da análise realizada. A observação sistemática e a participante permitiram o acesso a dados que, ao serem analisados, demonstraram os limites das políticas públicas de geração de trabalho e renda que têm como público alvo a superpopulação consolidada. Os resultados indicam que, nos termos em que está sendo posto pelas políticas públicas, essa população demanda a permanência do assistencialismo, e por consequência, dos desdobramentos dessa necessária relação, corroborando o argumento central do texto.
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