A multidão contra o Estado: rumo a uma comunidade inapropriável - DOI: 10.9732/P.0034-7191.2014v108p145

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Soares de Moura Costa Matos, Andityas
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Estudos Políticos (Online)
Texto Completo: https://pos.direito.ufmg.br/rbep/index.php/rbep/article/view/P.0034-7191.2014v108p145
Resumo: O presente artigo dialoga com uma proposta de Giorgio Agamben contida na obra A Comunidade Que Vem, consistente num convite para se pensar uma comunidade inapropriável, ou seja, uma comunidade integrada por indivíduos ontologicamente indeterminados e que por isso mesmo não podem ser apropriados pelos aparatos de poder. Nesse sentido, o texto tenta demonstrar de que maneira essa formação social ideada por Agamben pode dialogar com as tradições da multidão (Michael Hardt e Antonio Negri) e dos povos sem Estado (Pierre Clastres). Para tanto, na primeira seção são traçadas as semelhanças entre comunidade e multidão. Na segunda seção se discute o papel individualizante do direito e da política ocidentais, entendidos enquanto mecanismos hierárquicos cuja função é exatamente impedir o surgimento da multidão. Por fim, na terceira seção são apresentadas algumas estruturas societárias radicalmente diferentes do Estado, apontando não para uma antipolítica, mas para uma despotencialização da política opressiva que caracteriza as sociedades atuais.
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