A ATUALIDADE DA OBRA DO PROFESSOR WASHINGTON ALBINO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2013vWAp301
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (Online) |
Texto Completo: | https://www.direito.ufmg.br/revista/index.php/revista/article/view/P.0304-2340.2013vWAp301 |
Resumo: | Vivemos um tempo de grandes transformações. Nos aproximamos de uma mudança de época. Uma real ruptura paradigmática se aproxima. Não, não se trata de um artigo profético, não estamos analisando os textos maias ou qualquer profecia celestina.Ao contrário de mitos, profecias e crenças, alimentadas pelo medo, pelo desconhecimento, o ponto final que se aproxima não se fundamenta em nenhuma fé irracional. O ponto final que se aproxima se justifica e explica justamente pela fé irracional em "mercados livres" que encobrem "gozos" ilimitados de poder, prazer e dinheiro. Lembrando o filósofo esloveno Slavoj Zizek, não se trata, hoje, de exigir o impossível, como pintavam nas parede de Paris estudantes e trabalhadores em Maio de 1968. O impossível, representado na época, pela busca de uma sociedade para todos se apresenta hoje de outra forma: o impossível é justamente manter esta sociedade de competição permanente, fundada no egoísmo e materialismo; no consumo ilimitado; na compreensão de desenvolvimento como crescimento ilimitado de ofertas de bens de consumo; de desigualdade crescente e de um vazio de sentido insuportável, que eleva o consumo de drogas e a violência a níveis ainda não conhecidos. Impossível é a sociedade de consumo capitalista como ela se apresenta no final do século XX e neste conturbado inicio de século XXI.Neste contexto lembramos uma pessoa especial: o professor Washington Albino. Um pessoa diferente do que já se apresentava no final do século XX como padrão. Solidário no lugar de egoísta e competitivo. Um bom mineiro, disposto a enfrentar qualquer batalha pelos seu conterrâneos e pelos valores desta terra. Professor e pai, que ao mesmo tempo que protegia seus alunos os desafiava a enfrentar o mundo e transformá-lo. Sim, aí está o grande desafio marxista de uma ciência engajada, transformadora. Se não for para transformar, para fazer de nossa cidade, nosso estado, nosso país e nosso mundo um lugar melhor para todos, qual o sentido¿. Sim, todos, cada um, cada outro, todos. Assim era o mestre Washington: pessoa idealista, pai e professor, protetor e desafiador, revolucionário, transformador. |
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