A “REFORMA TRABALHISTA” E OS IMPACTOS NO COMBATE AO TRABALHO ANÁLOGO A DE ESCRAVO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2020v77p145
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (Online) |
Texto Completo: | https://www.direito.ufmg.br/revista/index.php/revista/article/view/2101 |
Resumo: | A Constituição de 1988 prevê a redução dos riscos inerentes ao trabalho como direito fundamental dos trabalhadores. A “Reforma Trabalhista” trouxe profunda precarização do mercado de trabalho e não concretizou as promessas de criação de empregos e impulso da economia. O contexto político em que houve a aprovação da “Reforma Trabalhista” se demonstrou absolutamente oportunista e antidemocrático. A flexibilização de normastrabalhistas impacta diretamente no combate ao trabalho análogo a de escravo, face à naturalização das péssimas condições de trabalho, tornando vazios conceitos que integram o Art. 149 do Código Penal, que prevê o crime de manter trabalhadores em condições análogas à escravidão. O Poder Judiciário deve interpretar as alteraçõesna legislação trabalhista com base na Constituição e nas normas internacionais de proteção ao trabalho e aos direitos humanos dos trabalhadores. O Supremo Tribunal Federal tem adotado interpretação neoliberal e desconstrutiva da legislação protetiva, como no caso da terceirização sem limites. Os próprios cidadãos devem se apropriar do discurso constitucional como espaço de luta, de reafirmação do trabalho digno e de combate ao trabalho análogo a de escravo no Brasil. |
id |
UFMG-22_dc5e46a09fb7aeedbc8ca92dbe94336c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/2101 |
network_acronym_str |
UFMG-22 |
network_name_str |
Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
A “REFORMA TRABALHISTA” E OS IMPACTOS NO COMBATE AO TRABALHO ANÁLOGO A DE ESCRAVO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2020v77p145A Constituição de 1988 prevê a redução dos riscos inerentes ao trabalho como direito fundamental dos trabalhadores. A “Reforma Trabalhista” trouxe profunda precarização do mercado de trabalho e não concretizou as promessas de criação de empregos e impulso da economia. O contexto político em que houve a aprovação da “Reforma Trabalhista” se demonstrou absolutamente oportunista e antidemocrático. A flexibilização de normastrabalhistas impacta diretamente no combate ao trabalho análogo a de escravo, face à naturalização das péssimas condições de trabalho, tornando vazios conceitos que integram o Art. 149 do Código Penal, que prevê o crime de manter trabalhadores em condições análogas à escravidão. O Poder Judiciário deve interpretar as alteraçõesna legislação trabalhista com base na Constituição e nas normas internacionais de proteção ao trabalho e aos direitos humanos dos trabalhadores. O Supremo Tribunal Federal tem adotado interpretação neoliberal e desconstrutiva da legislação protetiva, como no caso da terceirização sem limites. Os próprios cidadãos devem se apropriar do discurso constitucional como espaço de luta, de reafirmação do trabalho digno e de combate ao trabalho análogo a de escravo no Brasil.UFMG2020-12-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.direito.ufmg.br/revista/index.php/revista/article/view/2101REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG; n. 77 (2020); 145-1661984-18410304-234010.12818/P.0304-2340.2020v77reponame:Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (Online)instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGporhttps://www.direito.ufmg.br/revista/index.php/revista/article/view/2101/1961Copyright (c) 2020 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMGinfo:eu-repo/semantics/openAccessPaula Conforti, Luciana2021-01-07T23:10:13Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/2101Revistahttps://www.direito.ufmg.br/revista/index.php/revistaPUBhttps://www.direito.ufmg.br/revista/index.php/revista/oairevista@direito.ufmg.br1984-18410304-2340opendoar:2021-01-07T23:10:13Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (Online) - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A “REFORMA TRABALHISTA” E OS IMPACTOS NO COMBATE AO TRABALHO ANÁLOGO A DE ESCRAVO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2020v77p145 |
title |
A “REFORMA TRABALHISTA” E OS IMPACTOS NO COMBATE AO TRABALHO ANÁLOGO A DE ESCRAVO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2020v77p145 |
spellingShingle |
A “REFORMA TRABALHISTA” E OS IMPACTOS NO COMBATE AO TRABALHO ANÁLOGO A DE ESCRAVO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2020v77p145 Paula Conforti, Luciana |
title_short |
A “REFORMA TRABALHISTA” E OS IMPACTOS NO COMBATE AO TRABALHO ANÁLOGO A DE ESCRAVO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2020v77p145 |
title_full |
A “REFORMA TRABALHISTA” E OS IMPACTOS NO COMBATE AO TRABALHO ANÁLOGO A DE ESCRAVO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2020v77p145 |
title_fullStr |
A “REFORMA TRABALHISTA” E OS IMPACTOS NO COMBATE AO TRABALHO ANÁLOGO A DE ESCRAVO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2020v77p145 |
title_full_unstemmed |
A “REFORMA TRABALHISTA” E OS IMPACTOS NO COMBATE AO TRABALHO ANÁLOGO A DE ESCRAVO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2020v77p145 |
title_sort |
A “REFORMA TRABALHISTA” E OS IMPACTOS NO COMBATE AO TRABALHO ANÁLOGO A DE ESCRAVO - DOI: 10.12818/P.0304-2340.2020v77p145 |
author |
Paula Conforti, Luciana |
author_facet |
Paula Conforti, Luciana |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Paula Conforti, Luciana |
description |
A Constituição de 1988 prevê a redução dos riscos inerentes ao trabalho como direito fundamental dos trabalhadores. A “Reforma Trabalhista” trouxe profunda precarização do mercado de trabalho e não concretizou as promessas de criação de empregos e impulso da economia. O contexto político em que houve a aprovação da “Reforma Trabalhista” se demonstrou absolutamente oportunista e antidemocrático. A flexibilização de normastrabalhistas impacta diretamente no combate ao trabalho análogo a de escravo, face à naturalização das péssimas condições de trabalho, tornando vazios conceitos que integram o Art. 149 do Código Penal, que prevê o crime de manter trabalhadores em condições análogas à escravidão. O Poder Judiciário deve interpretar as alteraçõesna legislação trabalhista com base na Constituição e nas normas internacionais de proteção ao trabalho e aos direitos humanos dos trabalhadores. O Supremo Tribunal Federal tem adotado interpretação neoliberal e desconstrutiva da legislação protetiva, como no caso da terceirização sem limites. Os próprios cidadãos devem se apropriar do discurso constitucional como espaço de luta, de reafirmação do trabalho digno e de combate ao trabalho análogo a de escravo no Brasil. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-12-30 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.direito.ufmg.br/revista/index.php/revista/article/view/2101 |
url |
https://www.direito.ufmg.br/revista/index.php/revista/article/view/2101 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.direito.ufmg.br/revista/index.php/revista/article/view/2101/1961 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2020 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2020 REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
UFMG |
dc.source.none.fl_str_mv |
REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DA UFMG; n. 77 (2020); 145-166 1984-1841 0304-2340 10.12818/P.0304-2340.2020v77 reponame:Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (Online) instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (Online) |
collection |
Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (Online) - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
revista@direito.ufmg.br |
_version_ |
1809102030066679808 |