DANIÈLE LINHART
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Trabalho & Educação (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/9200 |
Resumo: | Quais são, ao seu ver, as maiores transformações do trabalho contemporâneo? Um dos elementos fundamentais da evolução do trabalho é, incontestavelmente, a individualização do tratamento e da gestão dos assalariados; individualização que segue um isolamento geográfico dos postos de trabalho devido à difusão das novas tecnologias informáticas. A individualização é urna manobra gerencial deliberada que data, na realidade, do fim dos anos setenta. Em reação ao formidável questionamento do trabalho taylorista, que representou a explosão de Maio de 68, o patronato francês, enfim, considerou que era imperioso quebrar a lógica de massa que caracterizava a gestão e a mobilização da classe operária. Quebrar a massa para quebrar a capacidade de crítica e de contestação implica introduzir a individualização por todos os meios. E isto começará muito cedo, desde o início dos anos setenta, com a difusão dos horários variáveis e as gratificações individuais, a revisão das classificações para introduzir os elementos mais pessoais de avaliação e as tentativas participativas pelo viés dos círculos de qualidade. |
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