A antropologia paulino-agostiniana: a criação do paradigma da ambivalência do eu-moral e a interpretação do binômio saúde-doença

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Cláudio Ivan de
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Pires, Anderson Clayton, Macedo, Raquel Ghetti, Siqueira, Ana Tereza Elias
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Memorandum (Belo Horizonte)
Texto Completo: https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6728
Resumo: Este trabalho apresenta o paradigma antropológico paulino-agostiniano da ambivalência do eu-moral, cuja importância histórica foi revolucionar a antropologia intelectualista grega e introduzir uma nova interpretação do binômio saúde e doença. A antropologia paulino-agostiniana compreendeu a ambivalência do eu-moral como doença estrutural do homem, condição conflitante que clama por solução. A cura foi interpretada como superação da ambivalência do eu-moral, que ocorre mediante o encontro com o transcendente. Argumenta-se aqui que este paradigma antropológico deve ser considerado nas investigações sobre a história da psicologia, dado ser uma poderosa influência sobre a interpretação da temática da saúde e da doença. Uma breve exposição da moral autônoma em Jean Piaget, bem como da idéia de ambivalência na psicanálise são apresentadas. Essa exposição tem objetivo de mostrar que a antropologia paulino-agostiniana possui repercussão na tradição interpretativa acerca do homem na psicologia moderna, apesar de ser antagonizada pela antropologia Iluminista.
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