A nomeação de militares na América portuguesa Tendências de um império negociado
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Varia História (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752015000300673 |
Resumo: | RESUMOA integração de súbditos ultramarinos nos dispositivos governativos dos impérios atlânticos esteve longe de reunir consenso nas cortes europeias. Madrid e Londres, por exemplo, mostraram-se frequentemente mais favoráveis à cooptação daqueles que tinham nascido na Europa para o serviço nas praças ultramarinas. Provocavam, dessa forma, o descontentamento dos elementos mais destacados das sociedades coloniais, que reclamavam os postos e os ofícios do império. O mesmo terá acontecido no Brasil, onde, apesar das ambiguidades identitárias, a naturalidade ou a identificação mais geral com a colónia não deixaram de fazer parte do discurso de cronistas, administradores e súbditos de ambos os lados do Atlântico. Neste artigo discute-se o protagonismo assumido pela proveniência geográfica na escolha dos homens incumbidos de proteger o Atlântico português, procurando entender se ela constituía matéria de discriminação ou se era diluída na lógica administrativa do império ou em considerações de outra natureza (v.g. condição social, experiência e serviço à monarquia). Identificam-se os fatores que ditavam a lógica do recrutamento no quadro do que era um império essencialmente negociado. Mas procura-se também sondar a evolução da composição identitária de alguns contingentes militares da América portuguesa, comparando-a, sempre que possível, com os exemplos britânico e espanhol. |
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