"Novos Brasis" em África: desenvolvimento e colonialismo português tardio
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Varia História (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752014000200009 |
Resumo: | Este artigo analisa a evolução das ideias e das práticas do Estado colonial português no que toca ao desenvolvimento da "África portuguesa", entre os anos 1930 e 1974. Até aos anos 1960, o esforço modernizador de Portugal nas colónias privilegiou a construção e o melhoramento de infraestruturas. O modelo de desenvolvimento assentava na exploração económica dos recursos naturais e no trabalho forçado dos indígenas, em benefício dos interesses metropolitanos e dos colonos brancos. Depois do início da guerra colonial (1961), o discurso e a prática política mudaram, privilegiando a criação de "sociedades multirraciais", através do incremento do povoamento branco. O desenvolvimento social (educação, saúde pública, programas de desenvolvimento comunitário etc.) e o bem-estar das populações africanas foram uma preocupação muito tardia do Governo português, se comparada com o que se passou nos impérios inglês ou francês. Esta mudança foi determinada pelo contexto internacional, pelas recomendações da cooperação técnico-científica internacional e por alguns estudos de pesquisadores sociais e agrónomos portugueses. |
id |
UFMG-6_0ba81a8a7850385ba8b0cdfd4fd8d32f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0104-87752014000200009 |
network_acronym_str |
UFMG-6 |
network_name_str |
Varia História (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
"Novos Brasis" em África: desenvolvimento e colonialismo português tardiodesenvolvimento colonialcolonialismo português tardioAngolaMoçambiqueEste artigo analisa a evolução das ideias e das práticas do Estado colonial português no que toca ao desenvolvimento da "África portuguesa", entre os anos 1930 e 1974. Até aos anos 1960, o esforço modernizador de Portugal nas colónias privilegiou a construção e o melhoramento de infraestruturas. O modelo de desenvolvimento assentava na exploração económica dos recursos naturais e no trabalho forçado dos indígenas, em benefício dos interesses metropolitanos e dos colonos brancos. Depois do início da guerra colonial (1961), o discurso e a prática política mudaram, privilegiando a criação de "sociedades multirraciais", através do incremento do povoamento branco. O desenvolvimento social (educação, saúde pública, programas de desenvolvimento comunitário etc.) e o bem-estar das populações africanas foram uma preocupação muito tardia do Governo português, se comparada com o que se passou nos impérios inglês ou francês. Esta mudança foi determinada pelo contexto internacional, pelas recomendações da cooperação técnico-científica internacional e por alguns estudos de pesquisadores sociais e agrónomos portugueses.Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais2014-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752014000200009Varia Historia v.30 n.53 2014reponame:Varia História (Online)instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMG10.1590/S0104-87752014000200009info:eu-repo/semantics/openAccessCastelo,Cláudiapor2014-09-01T00:00:00Zoai:scielo:S0104-87752014000200009Revistahttp://www.variahistoria.org/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpvaria@fafich.ufmg.br1982-43430104-8775opendoar:2014-09-01T00:00Varia História (Online) - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
"Novos Brasis" em África: desenvolvimento e colonialismo português tardio |
title |
"Novos Brasis" em África: desenvolvimento e colonialismo português tardio |
spellingShingle |
"Novos Brasis" em África: desenvolvimento e colonialismo português tardio Castelo,Cláudia desenvolvimento colonial colonialismo português tardio Angola Moçambique |
title_short |
"Novos Brasis" em África: desenvolvimento e colonialismo português tardio |
title_full |
"Novos Brasis" em África: desenvolvimento e colonialismo português tardio |
title_fullStr |
"Novos Brasis" em África: desenvolvimento e colonialismo português tardio |
title_full_unstemmed |
"Novos Brasis" em África: desenvolvimento e colonialismo português tardio |
title_sort |
"Novos Brasis" em África: desenvolvimento e colonialismo português tardio |
author |
Castelo,Cláudia |
author_facet |
Castelo,Cláudia |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Castelo,Cláudia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
desenvolvimento colonial colonialismo português tardio Angola Moçambique |
topic |
desenvolvimento colonial colonialismo português tardio Angola Moçambique |
description |
Este artigo analisa a evolução das ideias e das práticas do Estado colonial português no que toca ao desenvolvimento da "África portuguesa", entre os anos 1930 e 1974. Até aos anos 1960, o esforço modernizador de Portugal nas colónias privilegiou a construção e o melhoramento de infraestruturas. O modelo de desenvolvimento assentava na exploração económica dos recursos naturais e no trabalho forçado dos indígenas, em benefício dos interesses metropolitanos e dos colonos brancos. Depois do início da guerra colonial (1961), o discurso e a prática política mudaram, privilegiando a criação de "sociedades multirraciais", através do incremento do povoamento branco. O desenvolvimento social (educação, saúde pública, programas de desenvolvimento comunitário etc.) e o bem-estar das populações africanas foram uma preocupação muito tardia do Governo português, se comparada com o que se passou nos impérios inglês ou francês. Esta mudança foi determinada pelo contexto internacional, pelas recomendações da cooperação técnico-científica internacional e por alguns estudos de pesquisadores sociais e agrónomos portugueses. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-08-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752014000200009 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-87752014000200009 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0104-87752014000200009 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais |
publisher.none.fl_str_mv |
Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
Varia Historia v.30 n.53 2014 reponame:Varia História (Online) instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Varia História (Online) |
collection |
Varia História (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Varia História (Online) - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
varia@fafich.ufmg.br |
_version_ |
1750220929624965120 |